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Formação de professores de matematica

Por:   •  15/12/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.390 Palavras (26 Páginas)  •  144 Visualizações

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COMO OS FUTUROS PROFESSORES DE MATEMÁTICA PODEM MINIMIZAR A FALTA DE CREDIBILIDADE AO CURSO DE MATEMÁTICA EAD

Sirlene Brito Justino  de Lima

FAMEC – Graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão de Escolas e Empresas

RESUMO

É comum na maioria dos cursos de licenciatura exigir uma postura ética dos professores. No curso de matemática não é muito diferente. O nosso desafio aqui é apontar as lacunas que existem na formação desses futuros docententes de matemática principalmente no que se refere a ead. Umas das razoes que justifica esse trabalho é a deficiência do ensino da matemática, a qual nem sempre esta ligada diretamente ao aluno, pois se pode relacionar esse desempenho negativo também a atuação do professor. É preciso garantir que os professores saibam de seu real papel de mediador, em sala de aula, para assim traçar uma estratégia mais eficaz para sanar algumas deficiências na aprendizagem da matemática. Comparando a matemática na educação de hoje com a visão da matemática segundo Piaget e Vygstky .

Palavra chave: professores conscientes. Educaçao-qualidade

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Visão histórica do ensino da matemática no Brasil

A Matemática por ser uma grande aventura idearia, sua história reflete alguns dos mais nobres pensamentos de inúmeras gerações.

Nos últimos séculos o ensino em geral – e o ensino da Matemática em particular – sofreu muitas mudanças significativas. Pode basicamente dizer-se que a política antes vigente, que consistia em selecionar os estudantes a partir de uma minoria favorecida, deu lugar, pelo menos em teoria, a uma visão mais democrática de abrir as oportunidades educacionais a estudantes vindos dos mais diversos níveis da sociedade.

A partir do século XVIII, começaram a surgir discussões mais pontuais sobre a formação do professor em geral. O Iluminismo foi responsável pela produção de novas teorias pedagógicas, e surgiram grandes nomes, como Rousseau, Vico, Kant, entre outros. Especificamente em relação à formação do professor de Matemática, foi fundada, no final do século XVIII, uma das primeiras faculdades na Europa, destinada exclusivamente para o ensino da Matemática – Faculdade de Matemática da Universidade de Coimbra. Em seus estatutos, estabeleceu a “profissão de matemático”. Um dos objetivos dos estudos na faculdade era “perpetuar o ensino público” (Silva, 1994, p.93).

No Brasil, em 1835, foi criada a primeira Escola Normal em Niterói e, em 1842, a segunda na Bahia que se dedicavam ao ensino primário. Porém não houve qualquer tentativa de criação de escola para a preparação de professores para o ensino secundário. Os professores de Matemática que atuavam nas escolas secundárias obtiveram sua formação nas escolas politécnicas, escolas militares ou similares ou eram simplesmente leigos. Assim, no século XIX, não foi oferecida, no Brasil, nenhuma possibilidade de preparação de professores de Matemática, como ocorreu em Portugal ou em outros países europeus.

Foi através da criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL), em 1934, e da Faculdade Nacional de Filosofia integrante da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro (FNFi), em 1939, que surgiram cursos específicos visando à formação de professores secundários. Porém, desde o início da criação dos cursos de bacharelado e licenciatura, houve uma nítida separação entre conteúdo específico e formação pedagógica. Na FFCL o objetivo era formar “cientistas”, ficando a cargo do Instituto de Educação a formação do professor. Entretanto, as reportagens de jornais da época procuravam evidenciar que a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo tinha como principal objetivo a formação e aperfeiçoamento de professores do ensino secundário e superior do País (O Estado de São Paulo, 3-6-1934). Do aluno brasileiro no exterior trabalhando diretamente com o matemático. Na forma indireta, pelos escritos de matemáticos, tanto daqueles que estiveram no Brasil, quanto daqueles que aqui não estiveram, mas cujos conhecimentos foram transmitidos pelos professores brasileiros em aulas regulares. Esses escritos podem ser artigos publicados em periódicos, livros especializados ou livros didáticos, na língua original ou traduzidos.

A necessidade de ingressar na moderna pesquisa científica, de criar recursos humanos próprios para vencer os desafios do novo século e entrar na área da industrialização tornara-se, para vários países da América Latina, uma necessidade. No caso da Matemática, pode-se afirmar que a grande influência que os docentes estrangeiros exerceram nos alunos brasileiros foi decisiva na sua formação e foi o contato direto com o professor-pesquisador.

Quando Fantappiè (1901-1956) chegou ao Brasil, já com uma respeitável carreira acadêmica, membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Palermo e da Academia de Ciências de Bolonha e considerado o criador da teoria dos funcionais analíticos. No Brasil, tornou-se também membro da Academia Brasileira de Ciências.

Fantappiè empenhou-se em duas grandes tarefas: obter livros para montar uma biblioteca especializada em Matemática e conseguir bolsas para os estudantes brasileiros irem estudar na Itália, permanecendo no Brasil até 1939.

Albanese, por sua vez, nasceu em 11 de julho de 1890, em Geraci Siculo, próximo a Palermo, na Itália. Graduou-se em 1903, no Instituto de Física de Palermo e doutorou-se na Escola Normal Superior, em 1913, recebendo o prêmio Ulisse Dini por sua tese de doutorado. Foi professor em Pisa, entre 1913 e 1920. Combateu na Primeira. Guerra Mundial de 1917 a 1918. Entre outubro e dezembro de 1920, foi assistente do matemático Severi na Real Universidade de Pádua. Após foi nomeado professor extraordinário de Análise Algébrica na Academia Naval de Livorno. Em 1923, foi à Universidade de Catania e lá ficou por quatro anos, retornando a Palermo. Entre 1929 e 1936, ensinou em Pisa.

Em 1936, a convite de Fantappiè, veio para a Universidade de São Paulo, residindo no Brasil até o ano de sua morte (1948). Na USP, ele montou uma biblioteca Matemática, rica em livros de Geometria Algébrica. Usufruíram dessa biblioteca os matemáticos franceses que começaram a chegar ao Brasil, a partir de 1945, entre eles André Weil e Jean Dieudonné (1906-1992).

As pesquisas de Albanese foram principalmente a Geometria Algébrica. Um de seus discípulos brasileiros foi Benedito Castrucci, que se tornou um destacado professor da USP. Albanese viveu dez anos no Brasil e faleceu em São Paulo.

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