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Fundamentos de Manutenção de Aeronaves

Por:   •  17/6/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.452 Palavras (6 Páginas)  •  726 Visualizações

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INSTITUTO DE LOGÍSTICA DA AERONÁUTICA[pic 2][pic 3]

DIVISÃO DE ENSINO

::: SEÇÃO DE AVALIAÇÃO :::

TRABALHO AVALIADO INDIVIDUAL

2º Sgt ANTONIO ZANATTA NETO – AFA

CIMA-2/2016

Fundamentos em Manutenção de Aeronaves

GUARULHOS, 2016

                Com o advento da Revolução Industrial, as máquinas passaram a ganhar cada vez mais expressão no dia-a-dia da humanidade.

                Atualmente é praticamente impossível encontrar um indivíduo inserido no contexto social e profissional que jamais tenha feito contato com algum tipo de equipamento mecanizado.

                Entretanto, toda máquina está sujeita à deterioração decorrente de seu uso, sendo necessária a realização atividades de manutenção com o intuito de preservar a mesma dentro de níveis aceitáveis de desgaste que permitam seu funcionamento com determinada eficiência.

                Quando tratamos da aviação, observamos analogamente um aumento cada vez maior da necessidade de sua aplicação na vida das pessoas, resultando constante busca de conceitos que visem otimizar os procedimentos de manutenção e, assim, de reduzir o tempo de indisponibilidade decorrente dos processos de manutenção, maximizando os lucros e permitindo uma maior disponibilidade.

                Deste modo, em meio a pesquisas técnicas e profundos estudos surgiram diversas metodologias de trabalho aplicadas à aviação, dentre as quais se destaca o Maintenance Steering Group ou MSG que, com a evolução dos equipamentos e meios, acabou sendo atualizada resultando nos MSG 2 e 3, que hoje figuram como sendo as mais modernas.

                Embora ambas sejam marcadas pela evolução a partir de um ponto comum, por se tratar de uma evolução natural dos processos, o MSG-3 apresenta uma abordagem focada, principalmente na falha dos componentes e sistemas e suas consequências para a segurança de voo, buscando, assim, desenvolver rotinas de manutenção que possam reduzir a incidência dessas ocorrências..

                Já o MSG-2 tem seu programa de manutenção focado na identificação de componentes suscetíveis a ocorrência de falhas, criando processos de manutenção que visem evitar que essas falhas aconteçam. Embora seja muito eficiente, esse sistema de manutenção torna-se extremamente oneroso, uma vez que as aeronaves modernas apresentam uma quantidade enorme de itens que necessitam de ciclos de manutenção próprios de acordo com o percentual e o tempo que demoram para apresentar as falhas, sendo que, muitas vezes os equipamentos acabam passando por processos de manutenção obrigatórios apresentando condições que não exigiam a manutenção realizada.

                Enquanto isso o MSG-3, visa a criação de tarefas de manutenção que monitorem periodicamente as condições dos itens, sistemas e componentes, cuja periodicidade varia de acordo com o impacto que estes podem gerar na segurança de voo em caso de pane que o torne total ou parcialmente inoperante.

                Assim, um item que não gere um risco eminente à segurança de voo não necessita ser inspecionado com periodicidade tão alta como um item que acarrete uma condição menos insegura em caso de pane.

                Diante da realidade proposta pela metodologia MSG-2, a qual classifica os itens sujeitos à falhas em três categorias: Hard Time, On-Condition e Condition Monitoring, pode-se questionar a respeito da possibilidade de um item cuja falha afete diretamente a segurança de voo ser classificado com  Condition Monitoring.

                Numa análise inicial, pode-se concluir que não, uma vez que os itens assim classificados apresentam dificuldades na verificação de sua condição impedindo que a falha seja identificada até que a mesma ocorra. Entretanto, com os avanços tecnológicos observados na aviação e a aplicação de conceitos como Modularização e Redundância, os riscos decorrentes do mau funcionamento do item foram muito reduzidos. Assim tornou-se plenamente possível que um item essencial para o funcionamento seguro da aeronave possa ser classificado com Condition Monitoring.

                Um exemplo disso é o ADAHRS (Air Data and Heading Reference System) da aeronave C-95M, responsável pela interpretação de todos os dados anemométricos colhidos pela aeronave, além das proas magnéticas e envio das informações para a indicação de velocidade, altitude e razão de subida nos PFD (Pilot Flight Displays). Esses componentes são fundamentais para o correto funcionamento dos diversos sistemas da aeronave C-95 mas não requerem nenhum tipo de manutenção até que apresentem algum tipo de falha que exija sua substituição.

                Isso se deve, ao fato de existirem 2 ADAHRS na aeronave e em caso de falha de um deles, o outro conseguirá suprir de dados os sistemas, reduzindo, assim, consideravelmente os riscos à segurança de voo.

                Tal fato é ratificado pela MEL da aeronave C-95 que prevê o funcionamento de 1 de 2 ADAHRS para o despacho da aeronave.

                Ainda tratando de C-95, diversos são os itens que apresentam ciclo de manutenção associados. Dentre eles um dos mais importantes é o Motor Pratt & Whitney PT6A-34, que equipa a aeronave.

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