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Gestao Ambinetal

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Por:   •  29/8/2014  •  2.911 Palavras (12 Páginas)  •  152 Visualizações

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RESIDUOS SÓLIDOS: A RECICLAGEM DE PILHAS E

BATERIAS NO BRASIL

Eliane Wolff

Mestranda em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos - UFMG. Departamento de Engenharia

Sanitária e Ambiental - DESA/UFMG – Av. do contorno 7 andar. Belo Horizonte. wolff@cce.ufmg.br

Samuel Vieira Conceição

Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Minas Gerais.

Caixa Postal 209. CEP 30161-970 –Belo Horizonte-MG. svieira@dep.ufmg.br

Abstract

Brazil is the first country in South America to implementing a legislation to cope with the

health and environmental problems caused by the batteries.

This article points out the reasons why batteries, tiny little devices, may cause

environmental and human health impacts. Also we discuss the public authority concerns

about this fact. Besides that, we present an outline about the Brazilian legislation that

rules such issues as well as the reasons why the legislation can fail in protecting the

environment.

Key words: batteries, recycling, environement.

1- Introdução

No Brasil, as pilhas e baterias têm recebido especial atenção nos últimos anos dados os

impactos que acarretam ao meio ambiente e à saúde humana (BRENNIMAN, 1994;

FISHBEIN, 1998; MCMICHAEL&HENDERSON, 1998). Em sua constituição, elas

guardam elementos tóxicos, chamados metais pesados, que podem ser repassados, quando

descartados de forma inadequada, não só ao solo, como também à água, à atmosfera e

conseqüentemente, através da cadeia trófica, aos usuários desses meios.

Anualmente, no Brasil, são produzidas cerca de 800 milhões de pilhas por ano

(GRIMBERG & BLAUTH, 1998). Estima-se que 80% da produção sejam de pilhas do

tipo zinco-carbono e as restantes alcalinas de manganês (RODRIGUES, 1999). De acordo

com os técnicos do Ministério do Meio Ambiente – MMA, nos últimos quatro anos cerca

de 11 toneladas de baterias de telefone celular foram descartadas no lixo doméstico. 1997.

Como não existe ainda no Brasil um programa de coleta e reciclagem de pilhas e baterias,

esses produtos são lançados no meio ambiente causando sérios danos ambientais e à

população.

12. Definição de Pilhas e baterias

A pilha é uma mini-usina portátil que transforma energia química em elétrica (IPT, 1995),

composta de eletrodos, eletrólitos e outros materiais que são adicionados para controlar ou

conter as reações químicas dentro dela (RUSSEL, 1981; BRENNIMAN, 1994; LYZNICKI

et al. 1994). Os eletrólitos podem ser ácidos ou básicos, de acordo com o tipo de pilha. Já

os eletrodos são constituídos de uma variedade de metais, potencialmente perigosos,

que são os metais pesados (chumbo, níquel, cádmio, mercúrio, cobre, zinco, manganês e

prata), responsáveis pelos danos causados ao meio ambiente e à saúde humana.

Existem duas grandes categorias de pilhas e baterias: úmidas (wet cell battery) e secas (dry

cell battery). As baterias de chumbo-ácido são as baterias úmidas mais comuns e eram

inicialmente usadas somente em automóveis. Nelas o eletrólito é um líquido. As baterias

ou pilhas domésticas − ou não-automotivas − são as pilhas e baterias secas (FISHBEIN,

1998). O eletrólito, nesse tipo de dispositivo, apresenta-se na forma de pasta, gel ou outra

matriz sólida (LYZNICKI et al. 1990; MENDES & SILVA, 1994).

Há dois tipos básicos de pilhas secas: as primárias e as secundárias. As pilhas primárias são

aquelas que devem ser descartadas, uma vez descarregadas. Nesse tipo de pilhas as reações

químicas são irreversíveis. Nas pilhas secundárias, as reações químicas são reversíveis,

possibilitando o seu recarregamento (BRENNIMAN, 1994, FISHBEIN, 1998). Uma fonte

de energia externa deve ser repetidamente empregada para recarregar a pilha. Inicialmente,

as baterias recarregáveis são mais caras que as primárias e requerem a compra de um

carregador. Entretanto, cada bateria recarregável substitui centenas de baterias primárias,

levando a um custo final menor (FISHBEIN, 1998).

A distinção técnica entre pilhas e baterias reside no fato de a pilha representar a unidade

mais simples, ou seja, unidade mínima. Ela é constituída de um ânodo (polo negativo) e

um cátodo (polo positivo), mergulhados no eletrólito que facilita a reação química entre os

dois eletrodos (BRENNIMAN, 1994; RUSSEL, 1981; SLABAUGH & PARSONS, 1983).

Várias pilhas ligadas em série, ou seja, o conjunto de células forma uma bateria

(EVEREADY, 1999; NBR 9514/86).

A pilha zinco-carbono, categorizada – juntamente com as pilhas alcalinas de manganês –

como aquela que se destina a uso geral, é empregada em uma gama

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