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Habeas Corpus De Jesus Cristo

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Por:   •  24/11/2012  •  1.584 Palavras (7 Páginas)  •  1.846 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DE JERUSALÉM.

FILIPE DA SILVA LIMA, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/RJ 12144, com escritório na Rua Edmundo Bittencourt, 80, nesta cidade, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência para, nos termos do art. 5º, LXVIII da Constituição Federal de 1988 e arts. 647 e s. do Código de Processo Penal, impetrar ORDEM DE “HABEAS CORPUS” em favor de JESUS DE NAZARÉ, Judeu, solteiro, carpinteiro, residente na rua A, Alta Nazaré, pelos motivos seguintes:

No dia, 07 de abril de 0030, por volta das 01 hora, o paciente se encontrava no monte da oliveira com três amigos entre outros, orando, sem portar algum documento de identificação.

Quando essa companhia de soldados e de guardas armados, levando tochas e lanternas, aproximaram do jardim; Judas amigo de Jesus adiantou-se e colocou-se à frente de todos a fim de imediatamente identificar Jesus, de modo que os captores pudessem com facilidade colocar as mãos nele antes que os seus companheiros e amigos conseguissem acorrer em sua defesa. E havia ainda outra razão para que Judas escolhesse estar à frente dos inimigos do Mestre: pensou que poderia deixar transparecer que ele houvesse chegado ao local antes dos soldados, de modo que os apóstolos, e todos os outros que se reuniam em torno de Jesus, não fossem ligá-lo diretamente à presença dos guardas armados que seguiam tão de perto os seus passos. Judas chegara mesmo a pensar em posar como tendo apressado-se para avisá-los da aproximação dos captores; esse plano, contudo, foi frustrado pela saudação sombria de Jesus ao traidor. Embora o Mestre haja usado de amabilidade para falar a Judas, ele saudou-o como a um traidor.

Pedro, Tiago e João seus companheiros de acampamento tão logo viram a companhia armada e com tochas contornando o topo das colinas, logo souberam que esses soldados vinham para prender Jesus; e todos eles correram para baixo até perto da prensa de olivas onde o Mestre estava sentado em solidão, sob a luz da lua. À medida que a companhia aproximava-se de um lado, os três apóstolos e os seus companheiros vinham do outro lado. E, enquanto Judas adiantava-se a passos largos para abordar o Mestre, os dois grupos lá ficaram imóveis, com o Mestre entre eles e Judas preparando-se para estampar o beijo traidor na fronte de Jesus.

A esperança do amigo traidor era de que pudesse, após conduzir os guardas ao Getsêmani, simplesmente apontar Jesus para os soldados, ou no máximo cumprir a promessa de saudá-lo com um beijo, e então rapidamente retirar-se do local. Judas temia sobremodo que todos os apóstolos estivessem presentes e que concentrassem os seus ataques sobre ele, em castigo pelo seu atrevimento de trair ao seu amado instrutor. Mas, quando o Mestre saudou-o como a um traidor, ele ficou tão confuso que não fez nenhuma tentativa de fugir.

Jesus empreendeu um último esforço para poupar Judas de traí-lo de fato; e assim, antes que o traidor pudesse alcançá-lo, ele andou para o lado e, dirigindo- se ao soldado mais próximo à esquerda, o capitão dos romanos, disse: “A quem buscais?” O capitão respondeu: “Jesus de Nazaré”. Então Jesus adiantou-se imediatamente à frente do oficial e permaneceu calmamente ali, na posição, e disse: “Sou eu”. Muitos dessa companhia armada haviam ouvido Jesus ensinar no templo; outros haviam ouvido falar sobre as suas obras poderosas e, quando o escutaram assim corajosamente anunciar a sua identidade, aqueles que estavam nas fileiras da frente recuaram subitamente. Eles haviam sido tomados de surpresa com o anúncio calmo e majestático da sua própria identidade. E não havia, portanto, nenhuma necessidade de que Judas continuasse com o seu plano de traição.

Com ousadia, o Mestre havia revelado-se aos seus inimigos, que o poderiam ter prendido sem a ajuda de Judas. Mas o traidor precisava fazer algo para justificar a sua presença junto a esses homens armados e, além disso, queria demonstrar que cumpria a sua parte na barganha da traição para com os dirigentes dos judeus, e se fazer merecedor da grande recompensa e das honras que se acumulariam, esperava ele, sobre si, em recompensa pela sua promessa de entregar Jesus nas mãos deles.

Enquanto os guardas refaziam-se da sua primeira vacilação ao verem Jesus, e com o som da voz inusitada dele, e enquanto os apóstolos e discípulos aproximavam- se, Judas foi até Jesus e, aplicando um beijo na sua fronte, disse: “Salve, Mestre e Instrutor”. E quando Judas abraçou assim o seu Mestre, Jesus disse: “Amigo, não te bastava fazer isso! Tinhas, ainda, com um beijo, que trair o Filho do Homem?”

Os apóstolos e discípulos ficaram literalmente atônitos com o que viram. Por um momento ninguém se moveu. Então Jesus, desembaraçando-se do abraço traidor de Judas, caminhou até os guardas e soldados e de novo perguntou: “A quem procurais?” E de novo o capitão disse: “Jesus de Nazaré”. E de novo Jesus respondeu: “Eu te disse que sou eu. Se, pois, buscas a mim, deixa os outros irem em paz. Estou pronto para ir contigo”.

Jesus estava pronto para ir de volta a Jerusalém com os guardas, e o capitão dos soldados também estava disposto a permitir que os três apóstolos e os seus companheiros tomassem seu caminho em paz. Mas, antes que fossem capazes de sair do lugar, e como Jesus permanecia lá, aguardando as ordens do capitão, uma pessoa camada de Malco, o guarda-costas sírio do sumo sacerdote, andou até Jesus e preparou-se para atar suas mãos nas costas, embora o capitão romano não tivesse ordenado que Jesus devesse ser amarrado assim. Quando Pedro e os seus amigos viram o seu Mestre sendo submetido a essa indignidade, não mais foram capazes de controlar-se. Pedro sacou da sua espada e, com os outros, avançou para golpear Malco. No entanto, antes que os soldados pudessem vir em defesa do serviçal do sumo sacerdote,

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