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História e desenvolvimento da ergonomia, a importância da ergonomia agora e no futuro

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Por:   •  11/3/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.192 Palavras (9 Páginas)  •  377 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

As mudanças tecnológicas e as novas técnicas de gestão dos negócios, tem causado várias alterações nos métodos e processos de produção. Para acompanhar estas mudanças, é necessário proporcionar aos funcionários/colaboradores condições adequadas para que estes possam exercer suas tarefas e atividades com conforto e segurança. Desta forma, é necessário projetar o posto de trabalho e, organizar o sistema de produção com concepção ergonômica.

Tendo como premissa que a conquista da qualidade dos produtos ou serviços e, o aumento produtividade, só será possível com a qualidade de vida no trabalho, o projeto ergonômico do posto de trabalho e do sistema de produção não é mais apenas uma necessidade de conforto e segurança, e sim, uma estratégia para a empresa sobreviver no mundo globalizado.

Os profissionais de Segurança e Medicina do Trabalho, (engenheiros de segurança do trabalho, médicos do trabalho, técnicos de segurança, enfermeiros do trabalho e higienistas ocupacionais ), devem estar plenamente conscientes, capacitados e habilitados para utilizarem a Tecnologia Ergonômica em toda a sua plenitude ( multidisciplinaridade e abrangência ), para proporcionar as organizações empresarias e governamentais, meios de adequar ergonomicamente as condições de trabalho, como forma de proporcionar qualidade de vida no trabalho tanto em ambientes industriais, quanto em ambientes administrativos.

Neste artigo procuramos mostrar a história e evolução da ergonomia, a importância da ergonomia nos dias atuais e no futuro, bem como, a evolução dos enfoques ergonômicos dos projetos de postos de trabalho, e também, a abrangência específica de cada projeto com seu respectivo enfoque.

2. Considerações Gerais

Tendo em vista o processo de desenvolvimento pelo qual passa os setores industrial e de serviços em nosso país com o processo de automação e informatização, a adequação ergonômica dos postos de trabalho e do sistema de produção são necessidades imediatas.

Com o processo de globalização que estamos vivenciando, a empresa para sobreviver precisa tornar-se competitiva, portanto é necessário que ela modernize seus recursos técnicos (máquinas, equipamentos, ferramentas métodos e processos de produção), qualifique e capacite seus recursos humanos ( funcionários / colaboradores) e proporcione boas condições de trabalho aos mesmos.

A produtividade e a qualidade do produto ou do serviço, está diretamente ligada ao posto de trabalho e ao sistema produtivo, e estes, deverão estar ergonomicamente adequados aos funcionários / colaboradores, para que estes possam realizar suas tarefas com conforto, eficiência e eficácia, sem causar danos a saúde física, psicológica e cognitiva.

Tendo como premissas que os profissioais da Segurança e Medicina do Trabalho, são os responsáveis pela pela gestão da qualidade de vida dos funcionários / colaboradores de uma empresa, portanto, devem interagir e integrar com os profissionais da gestão da produção e da gestão administrativa, para juntos vencerem os desafios do presente e planejar o futuro das organizações.

O futuro das organizações dependerá cada vez mais da criatividade e da participatividade dos funcionários/colaboradores na solução dos problemas e, isto só será possível, se o ambiente de trabalho estiver ergonomicamente adequado.

O que temos observado na maioria das empresas brasileiras, especialmente as empresas do setor industrial, é um total descaso para com as condições de trabalho e, consequentemente, com a qualidade de vida dos funcionários / colaboradores.

Somente em algumas empresas multinacionais ou transnacionais como estão sendo denominadas atualmente e, em algumas grandes empresas nacionais, a Ergonomia esta sendo utilizada como ferramenta para melhorar a eficiência e eficácia dos funcionários / colaboradores nos postos de trabalho.

Vale salientar que a questão ergonômica em uma empresa não se restringe a realizar a Análise Ergonômica para atender a NR-17 de Ergonomia do Ministério do Trabalho, como muitos profissionais da área de Segurança e Medicina do Trabalho acretidam e conhecem e, muito menos, restrita a prevenção das LER/DORT.

A percepção restritiva e obtusa em relação ao carater multidisciplinar da Ergonomia pode ter contribuido ( ou ainda estar contribuindo ) para que muitos profissionais de Segurança e Medicina do Trabalho tenham ficado relegados em segundo plano em suas empresas, para as quais, os SESMETS não passam de centros de despesas e custos, portanto, não recebem investimentos e inovações.

Em nossa opinião, os profissionais de Saúde e Segurança do Trabalho, necessitam conhecer melhor a ciência Ergonomia, e utilizar os recursos da Tecnologia Ergonômica em suas empresas, não só para proporcionar melhores condições de trabalho, mas também, contribuir para melhoria contínua dos novos métodos de gestão da produção e da gestão administrativa.

A Ergonomia deve estar presente nas mais diversas áreas da empresa, especialmente nos SESMETS e que deverá estar interagindo e se integrando na Gestão da Qualidade, pois a busca da Qualidade Total, passa necessariamente pela Qualidade de Vida no Trabalho.

3. Breve Histórico da Concepção Ergonômica de Posto de Trabalho

Historicamente o projeto do posto de trabalho surgiu antes da Ergonomia, ou seja, surgiu com o trabalho, e este, como sabemos, é tão antigo quanto a humanidade.

A Ergonomia como ciência teve suas origens em estudos e pesquisas na área da Fisiologia do Trabalho, mais especificamente na fadiga e no consumo energético provocado pelo trabalho. Estes estudos tiveram como objetivo diagnosticar os problemas que causavam a fadiga no trabalho e, consequentemente, procurar soluções que pudessem eliminar e / ou minimizar a fadiga no trabalho.

Na Inglaterra, durante a I Guerra Mundial ( 1914 à 1917), fisiologistas e psicólogos foram chamados para colaborar no setor industrial, como recurso para aumentar a produção de armamentos com a criação da Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, em 1915. Com o fim da guerra, esta comissão foi transformada no Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial, que, por sua vez, realizou diversas pesquisas sobre o problema da fadiga na indústria.

Em 1929, com a reformulação do Instituto de Pesquisa da Fadiga Industrial, que se passou a chamar Instituto de Pesquisa Sobre Saúde no Trabalho, o campo de atuação e abrangência

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