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INCLUSÃO E CULTURA MONETÁRIA: OBSERVÂNCIA DE QUESTÕES DE SEGURANÇA

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Por:   •  2/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.735 Palavras (19 Páginas)  •  384 Visualizações

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INCLUSÃO E CULTURA SURDA: OBSERVANDO QUESTÕES ACERCA DA SURDEZ

Resumo

Este artigo é um recorte da pesquisa de mestrado “Desenho infantil: entre a palavra e a imagem” que faz uma análise da produção gráfica de uma criança surda em paralelo a uma criança ouvinte. Assim, foi necessário conhecer e expor as questões que envolvem a surdez em toda sua complexidade, dando base a pesquisa. Num primeiro momento ressaltam-se alguns aspectos do processo de ensino e aprendizagem da educação especial introduzindo as questões concernentes a surdez e suas especificidades. Autores como Gonzalez (2007), Lucia Reily (2007), Vigotski (1997), Oliver Sacks (1998), Ronice de Quadros (1997) e Márcia Goldfeld dão base ao trabalho no tocante ao ensino especial bem como a cultura surda.

Palavras-chaves: educação especial, deficiência, surdez e cultura surda

Abstract

This article is part of a research Masters' Playground Design: between word and image "which analyzes the graphic production of a deaf child in parallel with a hearing child. It was therefore necessary to understand and explain the issues surrounding deafness in all its complexity, giving basic research. At first it is worth highlighting some aspects of the teaching and learning of special education by introducing the issues concerning deafness and its specificities. Authors such as Gonzalez (2007), Lucia Reily (2007), Vygotsky (1997), Oliver Sacks (1998), Ronice Frame (1997) and Marcia Goldfeld are the basis of work with regard to special education and deaf culture.

Keywords: special education, disability, deafness and deaf culture

Considerando os aspectos que envolvem a surdez no âmbito das necessidades especiais e culturais, este trabalho apresenta algumas questões e reflexões acerca do sujeito surdo. Num primeiro momento, será realizada uma pequena introdução ao contexto das necessidades especiais na contemporaneidade, permeando por alguns autores como Gonzalez (2007), Lucia Reily (2007) e Vigotski (1997) que tratam as necessidades especiais fora do ponto de vista da deficiência, encarando-a como uma diferença no processo de ensino e aprendizagens.

Num segundo momento do texto a surdez ganha evidência, salientando, suas características e a educação de surdos na atualidade, pontuando o Ensino das Artes Visuais.

Ainda é possível perceber na sociedade contemporânea um olhar indiferente para com as pessoas com deficiências, com necessidades especiais. Reily (2007) discorre acerca das barreiras atitudinais, caracterizadas pelos limites e preconceitos que a sociedade impõe as pessoas com algum tipo de necessidade específica. Desta forma, as consequências sociais da deficiência consolidam a condição de incapacidade.

Limites e preconceitos, impostos injustamente, sem o mínimo conhecimento e entendimento acerca do assunto, por parte destas pessoas. A autora argumenta sobre a necessidade de estudos referentes ao tema, a fim de desmistificar e esclarecer a sociedade com relação à deficiência:

Justifica-se o estudo das concepções sociais da diferença pela necessidade de melhor compreender como as representações da deficiência se constituem e se desenvolvem, como são reveladas e disseminadas, para que se possa encontrar modos de demonstrar mitos e estereótipos de deficiência que se cristalizaram ao longo do tempo, na perspectiva de trabalhar em prol da inclusão. (REILY, 2007, p. 221)

Considerando os procedimentos pedagógicos que implementam o ensino atualmente, é importante salientar que nem todos os alunos possuem o mesmo ritmo de aprendizagem, portanto, é necessário compreender estas diversidades de modo a atender este público. A Educação Especial destina-se ao atendimento de pessoas cegas, surdas, autistas, com déficit cognitiva ou deficiência múltipla, além de pessoas com altas habilidades, em instituições especializadas, atendendo específica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais de aprendizagem. Para isso, faz-se necessário a adaptação de metodologias já existentes para o processo de inclusão.

De acordo com González (2007) que, trás alguns conceitos e dados históricos acerca da experiência em atendimentos educacionais especiais na Espanha, alunos que necessitam de um atendimento específico não podem ser considerados incapacitados, considerando que sua dificuldade relaciona-se mais ao sistema social e cultural que os rodeiam do que na existência de uma disfunção neurológica. Assim, o autor define que pessoas que necessitam de um processo educacional específico são aquelas que:

(...) apresentam algum tipo de deficiência física, psíquica ou sensorial, ou que estão em situação de risco social ou de desvantagem por fatores de origem social, econômico ou cultural que os impedem de acompanhar o ritmo normal do processo de ensino-aprendizagem. Por meio desses atendimentos especiais pretende-se conseguir o máximo desenvolvimento das possibilidades e capacidades desses alunos, respeitando as diferenças individuais apresentadas ao longo desse processo. (GONZÁLEZ, 2007, p. 19)

Para tanto, é necessário que o processo de inclusão venha a quebrar as barreiras do preconceito, especificamente, sociais e culturais que compreendem as pessoas que necessitam de um processo de aprendizagem diferenciado ou adaptado como pessoas incapacitadas para o convívio social, relegando-as a marginalidade.

A colaboração de Vigotski (1997) neste assunto tem mostrado que suas reflexões atendem a demanda teórica sobre Educação Especial na atualidade. Este autor já apontava para uma visão social da deficiência em detrimento a patologia, ressaltando que o meio social deveria agir de modo que possibilitasse situações, provocadoras de reações que compensassem a condição de deficiente. Desta maneira, Vigotski acreditava que o olhar perante a deficiência deveria se concentrar nos processos compensatórios, desviando a atenção da deficiência ou patologia associada à incapacidade.

Já na época em que produziu seus estudos acerca das necessidades especiais acreditava que a escola especial deveria criar tarefas positivas gerando formas de trabalhos específicos que atendessem as peculiaridades de seus educandos, e não simplesmente aplicar um programa simplificado e facilitado da escola regular.

Desta forma, tem-se como objetivo na Educação Especial, portanto, possibilitar que este aluno, por meio de profissionais capacitados e recursos especializados, alcance o máximo de desenvolvimento pessoal e social, possibilitando uma melhor qualidade de vida “(...) nos âmbitos

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