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Inclusão de crianças com síndrome de Down na rede de educação pública

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Por:   •  23/6/2014  •  Monografia  •  1.078 Palavras (5 Páginas)  •  431 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Estudo aqui apresentado tratará sobre a Educação Inclusive mais especificamente direcionada a criança com síndrome de Down. Essa linha de pesquisa subsidiou a elaboração do projeto intitulado “A Inclusão de Crianças portadoras da Síndrome de Down na Rede Pública de Ensino”.

O interesse por esse estudo surgiu quando conheci uma criança que tem Síndrome de Down, ai me identificou muito por isso a minha linha de pesquisa versa sobre a Educação Especial e construção do conhecimento das crianças com síndrome de Down.

A partir do objetivo geral, vários objetivos específicos foi desenvolvidos gerando diversos subprojetos, o que possibilitou estudos mais aprofundados em torno dessa problemática, que vieram originar e subsidiar essa pesquisa sobre as representações sociais de mães e professoras sobre a aprendizagem e desenvolvimento de crianças com síndrome de Down inseridas em classe regular de ensino. A inclusão de crianças com síndrome de Down em escolas regulares tem sido tema de muitas outras pesquisas e os resultados têm apontado a existência de muitos estigmas e estereótipos sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento das mesmas. Esse fato vem gerando muita preocupação no meio científico e educacional, uma vez que essas crianças, assim como as demais, são detentoras de identidades tanto biológicas quanto sociais que precisam ser consideradas e valorizadas. Sobre isso Goffman (1988) explica que um indivíduo estigmatizado é considerado como tendo uma característica diferente daquela aceitável pela sociedade, ou seja, não se encaixa aos padrões de “perfectibilidade” e “normalidade” que existe enquanto regra numa sociedade de produção.

Assim, a pessoa estigmatizada é categorizada em tipos como “o diferente” (deficiente), ficando em desvantagem aos demais sujeitos, e por esse motivo é tratada de maneira diferente pela sua comunidade que a partir de conceitos equivocados, como por exemplo, acreditar que a deficiência primária é uma doença, age de forma preconceituosa1. Tais reações impedem que a sociedade acredite no desenvolvimento potencial e cognitivo desses sujeitos. Pois, o estigma ainda está presente na imagem que pais e professores constroem da criança com síndrome de Down e consequentemente, influencia no relacionamento estabelecido com ela, uma vez que a deficiência ainda é vista por muitos como uma marca fixada no sujeito e por esse motivo, passam a instituir comportamentos restritos e indiferentes com esses sujeitos, levando-os a segregação pedagógica e social. Entretanto, é importante esclarecer que a síndrome de Down caracteriza-se pela trissomia do cromossomo 21 e por esse motivo podem ocorrer variações físicas, clínicas e cognitivas. Porém, não há nada comprovado que essa alteração genética impeça essas crianças de se desenvolverem físico e cognitivamente.

Não se trata de negar que as crianças com síndrome de Down apresentem algumas dificuldades no decorrer do seu desenvolvimento, mas é imprescindível que se reconheça que os limites e possibilidades das mesmas não estão exclusivamente vinculados a sua trissomia, mas sim ao seu potencial cognitivo a desenvolver a partir da interação com o meio sócio cultural ao qual está inserida.

Pois, este trabalho parte do pressuposto sociocultural em que o ser humano é construtor e construído pelas suas interações sociais e culturais. Diante disso, este estudo tem enquanto relevância acadêmica e social, o intuito de desmistificar estigmas e estereótipos acerca das pessoas com síndrome de Down, sobretudo no que concerne ao seu aprendizado e desenvolvimento que historicamente vem sendo condenados a um determinismo biológico, que impede muitos de acreditarem no potencial que os mesmos têm a desenvolver. Por isso, ao delimitar o tema desse projeto de pesquisa, levou-se em consideração a grande relevância em compreender a representação social das pessoas que convivem diariamente com as crianças com síndrome de Down, para 1 Terminologia utilizada para indicar uma opinião ou um conceito formado

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