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Iniciação de monografia

Por:   •  19/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.178 Palavras (9 Páginas)  •  136 Visualizações

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Anteprojeto de Design de interiores para enfermarias do Setor de Clínica Médica de um Hospital Infantil Público.

Gislayne Moura de Arruda

Matrícula: 20121270178

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Orientador

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Examinadora

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Examinadora

Resumo:

Palavras Chave:

  1. Introdução

De acordo com o levantamento obtido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no ano de 2009, a Paraíba possui 1.825 Estabelecimentos de Saúde Públicos em atividade, onde 152 destes são localizados na cidade de João Pessoa, e apenas 12 têm suporte à internação de pacientes. Quando nos referimos à Estabelecimentos de Saúde que oferecem Atendimentos Pediátricos em Redes Públicas no Brasil, constatamos um total de 10.632 apresentados no Brasil, sendo 10 unidades em João Pessoa. (IBGE, 2009)

As unidades hospitalares que possuem um atendimento infantil dispõem um espaço designado ao tratamento de crianças, com objetivo de gerar diagnósticos e procedimentos necessários a estas. Tais ambientes têm transcorrido mudanças recentes devido à atenção ao conforto e benefícios dos pacientes, gerando ênfase nas boas condições do recinto hospitalar e atenuação de um aspecto possivelmente desagradável e convencional, predominante nestes lugares. Mas quais são estes aspectos supostamente dominantes nos hospitais e como podemos inferi-los?

Os ambientes hospitalares impecavelmente limpos, com cores claras, neutras e sóbrias, têm como características principais a frieza das paredes, a dor, a tristeza, as angústias e os medos, bem como as causas variadas das internações, os encaminhamentos médicos, as posologias dos medicamentos exalam medo e solidão. (PAULA et al, 2009, Apud. MARTINS, Vânia, 2004). As referidas sensações de limpeza e frieza nos hospitais estão diretamente ligadas à diminuição na contaminação de doenças e proliferação de bactérias condicionadas ao local. A coloração neutra e ponderada deve-se à fácil percepção para destaques de informação e manutenção, e também, relativa ao conforto visual. Quanto ao aspecto emocional, é notória a situação desconfortável e árdua para qualquer pessoa enferma, principalmente quando estamos nos referindo à criança, devido à sua fragilidade e inexperiência.

Logo, compreendendo que um ambiente hospitalar pode conter características adequadas e estimulantes que, se bem estudadas e empregadas, cada qual com suas devidas funções, podem trazer benefícios indiretos ao tratamento do enfermo, surgiu o interesse em elaborar um estudo de caso no Setor de Clínica Médica do Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, o qual recebe pacientes entre 0 a 15 anos de idade, atendendo proporções de 150 pacientes por mês no Setor de Clínica Médica, os quais, passam no mínimo 7 dias internos, podendo permanecer alguns meses. A pesquisa possui finalidade em influenciar beneficamente o funcionamento do ambiente e, principalmente, o possível desenvolvimento do quadro de recuperação terapêutica dos doentes, obedecendo assim, ao Regulamento Técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e utilizando o conceito da Psicologia das Cores.

  1. Tema

A área hospitalar é definida pelo Ministério da Saúde como um núcleo de ensino, enfermidade e hospitalização. Podemos observar a união de estados ou situações que, no mínimo, ameaçam ao emocional e psicológico da criança, podendo levá-lo a uma condição de estresse, existindo certas complexibilidades em descrever todos os possíveis fatores que afetam as reações e respostas da criança, pois são variedades individuais diante estes. Dentre outros: A estrutura psicoafetiva da criança no momento da manifestação da doença e da internação, a qualidade do relacionamento com a mãe e profissionais do ambiente (CHIATTONE, 1998), e a influência do projeto de interior na relação psicológica da criança (BORTOLOTE e BRÊTAS, 2007), que esta, será uma das vertentes tomadas neste trabalho.

Diante disto, surge uma questão de pesquisa que norteará esse TCC: Quais seriam, de fato, as diretrizes a serem aplicadas em um projeto de interiores de um ambiente hospitalar para um setor pediátrico?

A finalidade principal do Designer é aliar funcionalidade, ergonomia, segurança e estética na concepção do seu projeto, antevendo estes fatores no uso das crianças e demais usuários do meio, com ênfase nos aspectos ligados à psicologia ambiental e às repercussões terapêuticas do espaço edificado, ou seja, tais questões vinculadas na relação recíproca entre o comportamento humano e o ambiente físico, como também, no tratamento sucedido no recinto.

A criança ao ser deixada no leito de internação começa uma fase de exploração visual com relação ao espaço ao redor, sendo importante que esta tenha liberdade para visualizar e movimentar-se, se possível, a fim de perceber o meio que a envolve, devendo ser acomodada próxima a objetos. A criança possui capacidade de brincar e explorar a criatividade mesmo em um ambiente hospitalar, relatando assim, que o manuseio dos objetos e brinquedos é de grande significado à melhora da criança, pois abrangem papéis e importâncias de verdadeiros amigos que ajudam e participam na descoberta das mais variadas e alegres conquistas sensoriais e espaciais. (BORTOLOTE e BRÊTAS, 2007). Desta forma, a inserção de objetos e brinquedos será tomada como uma das diretrizes abordadas no projeto, com finalidade em prover possíveis benefícios ao desenvolvimento do paciente, como mencionado pelos autores.

O projeto do ambiente de um hospital infantil pode ser um instrumento de apoio ao tratamento terapêutico se colaborar com o aconchego, comodidade, tranqüilidade e contentamento do paciente, através da elaboração de espaços que desenvolvam essa melhoria, pois, o desconforto ambiental não pode avolumar as condições estressantes e, muitas vezes, desafortunadas destes usuários. Portanto, para agregar estes valores, um critério importante para a concepção da proposta de interiores no recinto, seria a inserção de característica que exprimam influências de um âmbito de vivência do usuário para o espaço hospitalar, no qual este será introduzido, isto é, a concepção do projeto deve refletir o meio em que a criança, de forma genérica, costuma vivenciar.

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