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Introdução a Geografia Urbana (Planejamento Urbano e Política Urbana) - David Clark

Por:   •  8/6/2021  •  Resenha  •  1.192 Palavras (5 Páginas)  •  355 Visualizações

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RESUMO: INTODUÇÃO A GEOGRAFIA URBANA (PLANEJAMENTO URBANO E POLÍTICA URBANA) – DAVID CLARK

  1. INTRODUÇÃO
  • O desenvolvimento urbano ocorreu de maneira descontrolada e irregular, se caracterizando pela superlotação, altos níveis de morbidade e mortalidade, carências crônicas e pobreza, mesmo que as cidades tenham surgido como centros de riqueza e prosperidade.
  • Os geógrafos devem se atentar aos efeitos do planejamento sobre os padrões e os problemas urbanos e não somente os processos econômicos, sociais e ambientais.
  • Para o planejamento urbano existir:
  • Deve haver consenso entre a população de um país afetado pelos problemas nas cidades, e a solução deve vir de intervenção governamental.
  • Mas é preciso ter boa vontade da população par reivindicar seus direitos de propriedade e desenvolvimento, e que o uso do solo deveria ser regulado/controlado pelo bem público.
  • Para o planejamento urbano ter êxito
  • É preciso que haja acordo entre seus objetivos e mecanismos
  • A necessidade do planejamento urbano surgiu nos fins do séc. XIX e início dos XX no Reino Unido, Europa e América do Norte, como uma resposta aos problemas percebidos na cidade industrial. Tal fato se deu pelo grupo de políticos, filósofos e idealistas de reformar a cidade, mas as respostas nacionais foram muito diferentes.
  • Por exemplo: os eleitores do Reino Unido pediram e aceitaram as implicações de um sistema de planejamento urbano. Já nos Estados Unidos houve apenas o zoneamento e controle mínimo do uso do solo.
  • Na virada do século, a atenção estava voltada para a superlotação e saúde, e os controles estavam voltados para a construção e uso do solo acreditando que essas questões melhorariam os problemas sociais nas cidades.
  • Dentro das últimas décadas os problemas urbanos, sociais e econômicos (áreas centrais) não serão solucionados apenas com controle do uso do solo.
  • A cidade é vista como um produto de muitos processos individuais podendo ser avaliados, regulados e monitorados para alcançar os objetivos gerais urbanos.

  1. AS ORIGENS DO PLANEJAMENTO URBANO
  • O planejamento urbano surgiu no fim do século passado como uma resposta aos problemas das metrópoles industriais. Se as condições e vida eram piores nas cidades do séc. XIX do que as que existiam na zona rural antes da industrialização fez com que essas condições fossem definidas como um problema básico para a sociedade.
  • Dois tipos de reações perante essa situação foram apresentados:
  • Marx e Engels: queriam a derrubada do sistema social e político que havia sido estabelecido por Disraeli, o das “duas nações”, de ricos e pobres;
  • A alternativa envolvia a aceitação do sistema urbano-industrial, mas com o uso de intervenção do Estado para melhorias.
  • Foi articulada no Reino Unido por reformuladores das condições industriais e sanitárias e reforçada pelos sucessos dos primeiros planos habitacionais e das novas pequenas cidades, favorecendo o surgimento de um moderno planejamento urbano;
  • Esse planejamento ofereceu meios de escapar aos problemas das cidades do séc. XIX
  • A New view of society (1813) – Robert Owen; propôs a criação de vilas agrícolas com população entre 800 a 1200 pessoas, oferecendo a todas as necessidades sociais, educacionais e de emprego da comunidade. Seu plano dizia a respeito a residências para os membros dessas comunidades situadas perto de seus lugares de emprego, vida comunal para a juventude, calefação central, casas individuais só para famílias com crianças com idade inferior a 3 anos e uma agricultura básica, mas com algumas indústrias próximas.
  • O autor cita algumas dessas comunidades utópicas, as quais ofereciam boas condições de vida e trabalho.
  • Após o término do século três comunidades foram criadas, juntas demonstram que as principais melhorias das condições sociais para as classes trabalhadoras poderiam ser conseguidas pelo realojamento em comunidades estruturadas e planejadas.
  • Movimento Urbano Reforma Sanitária
  • A saúde da população urbana era uma preocupação, visto que muitas epidemias estavam acontecendo em meados do século XIX, afetando as áreas mais populosas (cólera – ingestão de água contaminada).
  • Por conta das reclamações voltados para higiene sanitária e saúde pública, foi posto em vigor a Lei da Saúde Pública.
  • Lei da Saúde Pública (1875):  consolidou as medidas prévias e introduziu um conjunto de códigos a respeito de diversos fatores relacionados as habitações e as ruas. Essas medidas reduziram os níveis de morbidade e mortalidade infantil na cidade, mas não promoveram a equidade ou aumentaram as oportunidades sociais.
  •  O idealismo dos socialistas utópicos foi espelhado pelas ideias de Howard. Para ele os males da sociedade eram o despovoamento do campo (habitat natural do homem) e a superpopulação das cidades industriais. Cidade e campo são ímãs que tentavam atrair a população, chamando elas de cidade-campo. Howard desenvolveu proposições para as comunidades do tipo cidades-jardins, elas deveriam ser autossuficientes em empregos, possuir suas próprias indústrias, comércio, lojas e produção agrícola.
  • Exemplos: Letchworth (1901) e Welwyn (1920).
  • Movimento Futurista Italiano (Marinetti, 1909)
  • A Cidade Nova foi um dos principais elementos desse movimento e foi considerada como símbolo de um novo mundo. As ideias foram apresentadas por arquitetos numa série de esquemas urbanos futurísticos, a ênfase nesses esquemas foi colocada no zoneamento e na separação física das áreas industriais, comerciais, residenciais e recreativas.
  • Towards a New Architecture (1925) – Le Corbusier: na sua City of Tomorrow, planejada para 3 milhões de habitantes, existiriam metrôs, um sistema de transportes, grandes centros comerciais e de entretenimento. Circundado por blocos residenciais e subúrbios-jardins separados.
  • Apesar das aparências muito diferentes, a crença de que as condições sociais fossem um produto do meio ambiente físico foi comum a vários desses movimentos sociais e intelectuais. Foi porque as pessoas estavam forçadas a viver em condições de pobreza e superlotação que as cidades se caracterizaram pelas doenças, criminalidades e carências. A resposta foi acabar com as cidades do passado e substituí-las por novas comunidades planejadas. Levando a visualizar uma sociedade utópica caracterizada pela estabilidade, saúde e abundância. As proposições de planejamento surgiram no pós-guerra as quais estavam inclinadas para o design físico. O destaque se deu pelo controle do uso do solo como um meio para conseguir um conjunto livremente definido e objetivos sociais altamente idealistas.

  1. Planejamento urbano no Reino Unido: o sistema de planejamento de 1947
  • Embora o planejamento urbano no Reino Unido fosse inspirado por reformistas com respeito à cidade do século XIX e com as soluções físicas que se seguiram a elas, sua causa foi desenvolvida na década de 30 pelo foco crescente de atenção dirigido à distribuição da população e aos problemas do uso do solo. Como Londres e algumas cidades continuaram crescendo, os diversos censos sucessivos apontavam uma crescente concentração da população num estreito cinturão axial que se estendia diagonalmente através da Inglaterra. Políticos e acadêmicos expressaram interesse em conhece as implicações a longo prazo para o balanço de oportunidade regional, especialmente no que se referia às áreas externas a esse cinturão, que eram caracterizadas pelas altas taxas de desemprego e pelo declínio geral da indústria. Um fator adicional na distribuição da população era a expansão da área construída.

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