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LEVANTAMENTO DE LITERATURA E CARACTERIZAÇÃO SOBRE OS IMPACTOS CAUSADOS POR MONOCULTURAS DE CANA-DE-AÇUCAR, COM FOCO NA CIDADE DE MIRADOR NA REGIÃO SUL DO MARANHÃO NA AGROSERRA

Trabalho Escolar: LEVANTAMENTO DE LITERATURA E CARACTERIZAÇÃO SOBRE OS IMPACTOS CAUSADOS POR MONOCULTURAS DE CANA-DE-AÇUCAR, COM FOCO NA CIDADE DE MIRADOR NA REGIÃO SUL DO MARANHÃO NA AGROSERRA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2013  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  845 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A introdução da produção de cana de açúcar no Brasil data do século XIV, inícioperíodo colonial. Já em meados do século XVII, o Brasil tornou-se o maior produtor de açúcar de cana do mundo, na época destinado ao abastecimento da Europa, num ciclo que durou 150 anos (ORTIZ 2006).

Vivemos num período marcado por preocupações ambientais, que derivam das transformações que o ser humano tem provocado no meio ambiente; onde as tais transformações podem ser observados através das alterações ambientais em todo o planeta.

É sabido que muitas das mudanças ocorridas na configuração da paisagem do Maranhão, do Brasil e do mundo, como um todo, decorrem de práticas ‘despreocupadas’ das pessoas no trato com os elementos que compõem o meio em que vive e nas formas ainda convencionais na monocultura de cana-de-açucar.

Nesse sentido, dentre as demais preocupações com o meio ambiente, o álcool surgiu como uma alternativa de combustível, de certa forma mais ‘limpo’ em meio ao cenário de crise ambiental observado no mundo.

Além das situações mencionadas, deve-se levar em conta também, a questão do uso de agrotóxicos para o cultivo; o que consequentemente exige um manejo extremamente monitorado para não provocar prejuízos para o solo, e poluição das águas à medida em que resíduos destes agrotóxicos sejam carreados para dentro dos cursos d’água e percolados no solo.

A sustentabilidade requer maior responsabilidade nos padrões mundiais de consumo e uso da energia, cuja demanda tem contribuído para a especialização do uso da terra e para a disponibilização de recursos naturais ao mercado global, fatores que podem colocar em risco a sustentabilidade das populações e do ambiente nos países produtores. É preciso que os diversos atores deste mercado, notadamente a sociedade civil, façam uso deste momento de forte discussão sobre as vantagens e problemas da adoção de biocombustíveis para pressionar por mudanças nos padrões de produção e consumo de energia (ORTIZ 2007).

Além do clima, o solo também é um fator muito significativo, pois necessita ser um solo profundo, pesado, bem estruturado, fértil e com uma boa capacidade de retenção, embora a cana-de-açúcar apresente resultados satisfatórios em solos com uma fertilidade menor, como os solos do cerrado (AGROBYTE, 2006).

A produção e processamento de cana-de-açúcar estão exclusivamente nas mãos do setor privado. No Brasil o setor canavieiro alcança os menores custos de produção do mundo, tanto de açúcar, como de álcool, despontando como altamente competitivo no mercado internacional (GONÇALVES, 2005).

Com isso, o presente trabalho tem como principal objetivo identificar na monocultura de cana de açúcar, no empreendimento denominado Agroserra na região Sul do maranhão, situado no município de São Raimundo das Mangabeiras, os impactos gerados ao meio ambiente, oriundo de uma monocultura de cana-de-açucar, ressaltando aquelas modificações que tal cultivo trouxe para a região em termos de modificações ambientais.

2. METODOLOGIA

Para a realização do presente trabalho foi realizado um levantamento de literatura em artigos científicos relacionados à monocultura de cana-de-açúcar. Buscou-se em documentos, sites, conceitos, visando um melhor embasamento a cerca dos impactos gerados por esse tipo de empreendimento, com foco principal na industria sucroalcooleira.

3. CARACTERIZAÇÃO DA MICROREGIÃO DE SÃO RAIMUNDO DAS MANGUABEIRAS-MA

O empreendimento denominado Agroserra é localizado no Município de São Raimundo das mangabeiras ficando distante, aproximadamente 700km da capital São Luis. Sua capacidade de produção é de aproximadamente 27 mil hectare de cana; 80 toneladas de cana por hectare. Possui 150 funcionários na fábrica e aproximadamente 1000 funcionários temporários e terceirizados. A fábrica de capacidade de produção de 5 (cinco) mil litros por dia de álcool. O anexo 01, mostra algumas imagens da área utilizada pelo empreendimento em Mirador.

Foto 01. Área de Usina de Álcool da Agroserra, destinada a Produção do combustível.

Fonte: RIBEIRO, Genilson, Pesquisa de Campo 2012.

3.1 CLIMA

Segundo Tchaicka (2007), a região que corresponde ao Parque Estadual do Mirador, onde está situado o município de São Raimundo das Mangabeiras, cidade onde ocupa a área de plantio da Agroserra, é caracterizada por um clima Tropical úmido, com temperaturas altas durante o ano todo.

Possui duas estações bem definidas: verão seco, que vai de maio a outubro e o inverno chuvoso, que vai de novembro a abril, aproximadamente. Sendo os meses de julho, agosto e setembro os mais críticos em relação à seca e aos focos de incêndio. Os totais pluviométricos anuais ficam entre 1.250 e 1.500 mm.

A temperatura média anual dessa região é de cerca de 26,1°C, com mínimas variando de 25,2°C em janeiro a 27,8°C em setembro. As máximas giram em torno dos 36°C nos meses de julho e agosto (TCHAICKA, 2007).

3.2 HIDROLOGIA E RELEVO

Essa microrregião é dotada de uma rede hidrográfica muito rica. O parque protege inúmeras nascentes e cursos d'água de diversos rios, tais como o rio Farinha (com suas inúmeras quedas d'água), Itapecuru e rio Alpecartas.

Um levantamento preliminar realizado pela equipe da UC através de sobrevoos e análises de imagem de satélite, apontou cerca de 400 nascente em sua proximidades (TCHAICKA, 2007)

Ainda segundo a autora supra citada, o relevo daquela região é predominantemente plano-ondulado. A maior parte da área é composta por um trecho de relevo de chapada, com altitude basal de 250m, caracterizada pela presença de morros de arenito elevados, cujas formas são esculpidas pela ação dos ventos e chuvas ao longo do tempo. As altitudes variam de 250m nos vales e chapadas até 524m.

Devido ao processo erosivo dos arenitos, forma-se várias áreas de deposição de solos arenosos, cuja coloração varia de acordo com a rocha de origem. A formação Sambaíba é a que predomina dentro dos limites do Parque, mas existem também a Formação Mosquito e Formação Mutuca.

3.3 VEGETAÇÃO

O parque é composto por uma vegetação típica do bioma Cerrado, caracterizado por distribuição

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