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Por:   •  22/3/2015  •  2.328 Palavras (10 Páginas)  •  303 Visualizações

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Durante as pesquisas coletamos informações sobre a história dos surdos desde a Antiguidade, onde eram sacrificados em função do ideal grego de beleza e perfeição. Durante os séculos os surdos foram discriminados e excluídos da população, tratados como seres não pensantes e defeituosos. Sua inserção educacional iniciou com o monge beneditino Pedro Ponde de Léon.

Durante a leitura nos deparamos com uma questão: Qual a evolução da educação e inclusão dos surdos durante os séculos? Com certeza ouve uma crescente, mas estamos muito aquém do ideal. A sociedade não está preparada para aceitar e acolher um surdo.

Falta planejamento nas escolas, com planos de aula dedicados a eles, professores especializados e comprometidos em educa-los, famílias preparadas para receber, acolher e lidar com a surdez dos filhos. Essa preparação, principalmente dos pais, é fundamental para a apresentação, sem medo e sem culpa, dos surdos que são a minoria perante os ouvintes que são maioria.

É necessário um esforço por parte da população e governantes, uma mobilização nacional. Necessitamos de uma programação na televisão toda em Libras, sem esquecer os cinemas, teatro e de toda comunicação que se possa imaginar, adaptada a linguagem surda. Acreditamos que desta forma, conseguiremos incluir o surdo à sociedade, pois está mais do que provado que são pessoas inteligentes, capazes e merecem as mesmas oportunidades que o restante da população.

Surdez em seu aspecto médico

A audição é o sentido responsável por captar as informações sonoras que nos rodeiam, sejam elas sons de palavras ou não.

A surdez, também chamada de deficiência auditiva, pode ser congênita ou adquirida. Na surdez congênita (também chama da de surdez de percepção ou neurosensorial) a criança adquire a deficiência durante a gestação. A aquisição da surdez pelo bebê pode se dar por medicamentos tomados pela gestante, doenças adquiridas durante a gestação, como sífilis e toxoplasmose, ou por causa hereditária. A exposição da mãe a radiações e problemas no parto também podem causar surdez na criança. O fato de a criança nascer antes ou depois do tempo, infecções hospitalares, o uso de fórceps para retirar a criança ou a falta de oxigenação pode levar o bebê a ter problemas de surdez.

Nesse tipo de surdez ocorre lesão nas células nervosas e sensoriais que levam o estímulo do som da cóclea até o cérebro. As doenças que atingem a cóclea e o nervo auditivo raramente têm tratamento.

Quando dizemos que a perda auditiva é por condução (que é a menos comum), isso quer dizer que há algo bloqueando a passagem do som da orelha externa até a orelha interna, afeta o ouvido externo ou médio e acontece quando as ondas sonoras não são bem conduzidas para o ouvido interno Ela pode ocorrer pelo rompimento do tímpano, excesso de cera que se acumula no canal auditivo, introdução de algum material no canal auditivo. Normalmente com tratamento é possível retorno parcial ou total da audição.

Surdez em seu aspecto cultural e social

Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdes não é apenas ter "ouvidos doentes". Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. Neste sentido, a surdez é única entre os tipos de deficiência. O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal. É este vínculo linguístico, talvez mais do que outros fatores, que liga os membros desta comunidade. Existe um forte sentimento de orgulho existe um sentimento de orgulho entre os surdos, e eles gozam do estatuto de minoria cultural e linguística. Surdez é muito mais do que um fenômeno fisiológico. É um modo de vida. Nas últimas décadas, a linguagem tem desempenhado um papel cada vez mais centralizador na unificação cultural da comunidade surda.

Libras e a Cultura Surda

Sabemos que, na Antiguidade, ocorria o sacrifício de surdos em função do ideal grego de beleza e perfeição, deixando os surdos totalmente sem direitos até o século VI. O nascimento de uma pessoa narrada como "deficiente" era concebido como um castigo dos deuses, o que justificava a sua eliminação. O Código Justiniano, do Imperador Bizantino Justiniano I (527-565), influenciou as novas nações latinas, negando os direitos civis aos surdos congénitos, como o casamento, ter propriedades e herdar fortunas.

Na Idade Média o surdo não tem direito a educação, e na Idade Moderna surgem os primeiros educadores. O médico italiano Girolamo Cardano advoga a favor da capacidade de aprendizado dos sujeitos surdos. Entretanto, o monge beneditino Pedro Ponce de Léon (1520 – 1584) é o primeiro professor de surdos de que se tem registro histórico. Neste período foi introduzido o ensino individual para filhos de nobres e o alfabeto manual.

Na segunda metade do século XVIII, o abade de L'Epée (1712-1789) inicia um trabalho pedagógico relacionado à surdez ao deparar-se casualmente com duas irmãs surdas... Desenvolveu o método para a língua gestual, que serviu como base para a língua de sinais americana e outras línguas de sinais mundiais. Surgem as primeiras escolas para surdos, ensino individual passa a ser coletivo e público e alunos surdos se tornaram educadores.

Em 1857 é fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro, e o dia do surdo é comemorado no dia 26 de setembro, homenagem à inauguração da primeira escola de surdos do Brasil o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).Após o Congresso de Milão em 1880 onde educadores se reuniram (exceto surdos) ,votaram e elegeram o método oral de ensino, com demissão de professores surdos e perda no desenvolvimento educacional dos surdos, o país passou a adotar também o método de educação através da oralidade, e não mais o método visual. Mas em 1980 seguindo as tendências mundiais na d foi inserida a Comunicação Total que é uso simultâneo de sinais, fala, leitura labial e treino auditivo. Hoje é usado o Bilinguismo, onde a língua de sinais passa a ser a primeira língua e o português a segunda, isso torna o surdo um sujeito bilíngue.

A língua de sinais LIBRAS faz com que a inclusão seja muito mais fácil, criando uma identidade surda, fazendo com grupos possam se identificar.

Inclusão de Alunos Surdos nas Salas de Aula de Alunos Regulares Ouvintes

Analisando a literatura/bibliográfica de Eduardo José Manzini e Debora Deliberato, com as pesquisas lidas anteriormente vemos que há muito o que

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