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MERCANTILISMO

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Por:   •  2/6/2014  •  Seminário  •  2.680 Palavras (11 Páginas)  •  279 Visualizações

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- MERCANTILISMO

Doutrina do pensamento econômico que prevaleceu na Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII; pregava, basicamente, que o Estado deve exercer controle rigoroso sobre as atividades industriais e comerciais e criar formas para aumentar o poder econômico (e político) da nação no plano internacional, especificamente impondo normas que fariam ultrapassar o volume das exportações dos produtos sobre o valor importações. Criavam pesados impostos e barreiras (sanitárias, econômicas, etc.) às importações de produtos que já eram fabricados no país. O Estado concedia monopólios aos comerciantes e manufatureiros, restringia o comércio colonial a um grupo limitado de comerciantes e por essas concessões recebia somas em metais amoedáveis (ouro e prata). É possível distinguir três modelos principais: bullionismo (ou metalismo), colbertismo ou balança comercial favorável e mercantilismo comercial e marítimo. O mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava passando por uma grave escassez de ouro e prata, não tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio Os privilégios criados pelo Estado às camadas produtivas do país resultaram na organização dos profissionais de diferentes classes em corporações laborais e colaborou para o surgimento de surtos de nacionalismo extremo, provocando importantes mudanças políticas e sociais. Nos tempos das práticas mercantilistas, o poder econômico de uma nação era calculado sobre o estoque em metais amoedáveis disponíveis no tesouro nacional. Daí a preocupação em maximizar as exportações (vender o máximo) e importar somente o absolutamente necessário para suprir as necessidades internas ou para re-exportar produtos adquiridos para cumprir tratados comerciais e diplomáticos firmados nas relações internacionais. Outra estratégia dos Estados com a finalidade de acumular metais amoedáveis era estimular o crescimento industrial com a concessão de empréstimos subsidiados e doação de terrenos e estruturas produtivas aos "amigos da corte", e a utilização das colônias como fornecedoras de matérias-primas (minerais, vegetais, etc.), e a exclusão da concorrência estrangeira, nas possessões coloniais, visando o exclusivismo do mercado consumidor ali existente. A utilização das colônias como fornecedores de recursos e sua exclusão do circuito comercial resultou, entre outras coisas, nas guerras de Independência, porque os colonos queriam a sua própria liberdade econômica. Na Inglaterra, o intelectual do pensamento mercantilista mais importante foi Gerard de Malynes e França foi Colbert, que foi ministro das finanças de Luís XIV. A política mercantilista adotada pelos monarcas absolutistas não tinha como objetivo o enriquecimento da burguesia, e sim o fortalecimento de um Estado forte frente aos outros Estados rivais na arena internacional.

- FISIOCRACIA.

A concepção mercantilista de riqueza foi, entretanto, contestada em meados do século XVIII; o francês François Quesnay afirmava que os mercantilistas estavam errados em identificar a riqueza com a quantidade de metais preciosos, pois, para ele, a fonte da riqueza era a terra. Esse pensamento foi formulado de modo sistemático em sua obra O Quadro Econômico (1758).

Quesnay comparava a economia à circulação sanguínea. Segundo esse estudioso, assim como o corpo possui vários órgãos, cada qual com sua função, o "corpo social" poderia ser dividido em três classes, a saber:

1ª classe: agricultores

2ª classe: proprietários de terras

3ª classe: artesãos e prestadores de serviços

Quesnay denominada a 2ª classe de "classe ociosa" e a 3ª classe de "classe estéril".

De acordo com essa concepção, os agricultores eram, por assim dizer, o coração do corpo social.

De acordo com essa extrema simplificação do quadro econômico elaborado por Quesnay, a classe dos agricultores seria a única que produz riqueza. A circulação da riqueza entre as classes obedeceria às mesmas leis da circulação sanguínea, isto é, leis naturais. Assim como qualquer intromissão na circulação sanguínea seria prejudicial ao corpo, Quesnay entendia que qualquer intervenção do Estado na economia prejudicaria a sociedade. Melhor seria deixar a economia às suas próprias leis: laissez-faire ("laissez faire, laissez aller, laissez passer", que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar") - ou a não-intervenção na economia, que eles acreditavam que resultaria naturalmente em um próspero e virtuoso mercado econômico de livre comércio.

Ao posicionar-se contra a intervenção do Estado na economia, a escola fisiocrática fundou o liberalismo econômico e deslocou o foco das atenções que passou da circulação para a produção. Ao mesmo tempo, levantou o questionamento sobre a noção de riqueza dos mercantilistas. Mas até que ponto Quesnay estava com a razão ao conceber a terra como fonte de toda a riqueza e a riqueza como produto que dela se extrai?

- UTILITARISMO

O Utilitarismo é uma escola filosófica que nasceu no século XVIII, na Inglaterra. Ela estabelece a prática das ações de acordo com sua utilidade, baseando-se para tal em preceitos éticos. Assim, uma atitude só deve ser concretizada se for para a tranqüilidade de um grande número de pessoas. Portanto, antes da efetivação de uma ação, ela deve ser avaliada sob o ponto de vista dos seus resultados práticos.

Esta expressão foi plasmada por Jeremy Bentham, na primeira metade do século XIX, em referência à essência desta doutrina. Mas ela foi usada originalmente por Stuart Mill, que estendeu o uso desta filosofia aos aspectos consistentes da sociedade, tais como sistema político, legislação, Justiça, política econômica, liberdade sexual, entre outros. Ele também idealizou a fundação de uma Sociedade Utilitarista.

Pode-se dizer que do ponto de vista filosófico o Utilitarismo visa alcançar o maior valor da existência humana, a felicidade, não no sentido meramente individual, mas no aspecto coletivo. Economicamente, é também a vantagem de todos que deve servir de parâmetro para se tomar ou não uma decisão, ciente de que ela é ou não correta. Assim, ele é oposto ao cultivo do egoísmo e à tomada de atitudes impulsivas, que não medem as conseqüências. Segundo esta doutrina, a ação não depende da motivação de quem a pratica,

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