TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

MODERNISMO

Seminário: MODERNISMO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/8/2014  •  Seminário  •  385 Palavras (2 Páginas)  •  184 Visualizações

Página 1 de 2

É uma das figuras mais importantes da poesia brasileira e um dos iniciadores do Modernismo. Do penumbrismo pós-simbolista de A Cinza das Horas às experiências concretas da década de 60 de Composições e Ponteios, a poesia de Bandeira destaca-se pela consciência técnica com que manipulou o verso livre. Participa indiretamente da SAM, quando Ronald de Carvalho declama seu poema Sapos.

Sempre pensando que morreria cedo (tuberculoso), acabou vivendo muito e marcando a literatura brasileira. Morte e infância são as molas propulsoras de sua obra. Ironizava o desânimo provocado pela doença, mas em Cinza das Horas apresenta melancolia e sofrimento por causa da “dama branca”. Além de ser um poeta fabuloso, também foi ensaísta, cronista e tradutor. O próprio autor define sua poesia como a do "gosto humilde da tristeza".

“Febre, hemoptise, dispnéia, e suores noturnos. / A vida inteira que podia ter sido e que não foi. / Tosse, tosse, tosse. / Mandou chamar o médico: / — Diga trinta e três. / — Trinta e três... trinta e três... trinta e três... / — Respire. (...) / — O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. / — Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? / — Não. A única coisa a fazer e tocar um tango argentino.”

--Pneumotórax

Ritmo Absoluto e Libertinagem são frutos de um processo de integração com o Rio. Sua poesia contagia-se de uma visão erótico-sentimental, resultante da forma de encarar o amor a partir da experiência do corpo. Libertinagem usa lirismo solto, repleto de cenas do cotidiano, com verdadeiras aulas de solidariedade e ternura.

“Irene preta / Irene boa / Irene sempre de bom humor. / Imagino Irene entrando no céu: / — Licença, meu branco! / E São Pedro bonachão: / — Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.”

--Irene no Céu, in Libertinagem

Em Estrela da Manhã, atinge a plenitude de seu lirismo libertário, mostrando que tudo pode ser matéria poética: um clássico esquecido, uma frase de criança, uma notícia de jornal, a casa em que morava e até mesmo uma propaganda de três sabonetes (Baladas das três mulheres do sabonete Araxá).

Obras principais:Poesia:

o A Cinza das Horas (1917)

o Carnaval (1919)

o O Ritmo Dissoluto (1924)

o Libertinagem (1930)

o Estrela da Manhã (1936)

o Lira dos Cinquent’Anos (1940)

o Belo, Belo (1948)

o Mafuá do Malungo (1948)

o Opus 10 (1952)

o Estrela da Tarde (1963)

o Estrela da Vida Inteira (1966)

...

Baixar como (para membros premium)  txt (2.5 Kb)  
Continuar por mais 1 página »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com