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MOVIMENTOS SOCIAS

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Por:   •  23/9/2013  •  2.933 Palavras (12 Páginas)  •  1.448 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – 7° SEMESTRE

RELATÓRIO REFREXIVO

 Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo.

Na primeira parte do livro movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil contemporâneo, de Maria da Graça Gohn, ela destaca cinco pontos de diferenciação dos movimentos sociais atuais em relação aos do passado, mostrando onde há melhorias nesses movimentos ao atuarem num cenário contraditório, em que políticas, programas e projetos podem engessá-los integrando a sociedade a discutir e problematizar a esfera pública com vista à construção de novos modelos organizacionais.

No passado os movimentos sociais possuíam papel essencialmente universalizante, já que nessa época a luta era pelo “direito a ter direito”, como foi o caso de vários movimentos feministas que ocorreram no Brasil na déc. De 60, onde mulheres buscavam ter o direito a serem reconhecidas como cidadãs brasileiras.

Nos dias de hoje, o que se busca é o reconhecimento e o respeito às diferenças e às demandas e características particulares, representados pelos movimentos identitários. Atualmente existe grande variedade de organizações, articulações, projetos e experiências, refletindo a ampliação do leque dos movimentos sociais.

Ainda na primeira parte do livro, Maria da Graça Gohn ressalta que o próprio estado esta reconfigurando suas relações com a sociedade. Como foi apontado por Gohn, ao estabelecer relações com os movimentos sociais, o Estado passa a exercer uma influência política “de cima para baixo”, retirando deles o seu caráter político e de pressão. Em outras palavras, os movimentos sociais passam a sofrer forte influência e até mesmo controle das estruturas políticas do Estado, que transformam as identidades políticas dos movimentos, e fazem com que a demanda coletiva seja suplantada por uma série de outras demandas específicas, isoladas e débeis. E, em decorrência, o Estado torna-se o único ponto de integração e convergência.

Os movimentos sociais estão agora dispostos em redes associativas, graças à profusão de novas tecnologias de comunicação. Isso decorre também do alargamento das fronteiras dos conflitos, como a questão migratória e imigratória e de acesso a recursos estratégicos, como água, energia, terra, etc. Esses conflitos, por sua vez, deixam de ter somente como eixo os “Movimentos Sociais x Estado”, e referenciam-se em novos eixos, incluindo corporações e outros agentes econômicos interessados em tais recursos.

Continuam prevalecendo grandes lacunas na produção teórica e acadêmica acerca dos movimentos sociais, apesar de sua recorrente presença na literatura das Ciências Sociais. Tais lacunas dizem respeito ao próprio conceito de movimento social e englobam: a sua qualificação como novos; a sua distinção de outras ações coletivas ou organizações sociais, como as ONGs; as consequências de sua institucionalização; e o seu papel no atual momento histórico. Estas lacunas têm dificultado o entendimento e o mapeamento corretos da categoria movimentos sociais, a qual se vê suplantada pela categoria “mobilização social”, que pode ser entendida como simples participação e cooperação muitas vezes induzidas por estruturas políticas externas a ela.

 Percepções entre seu conteúdo e o tema abordado neste desafio:

Em questão da música “Preso a liberdade” do grupo Subsolo, percebemos que a ênfase da letra diz respeito aos movimentos sociais que mesmo que façam em todas e quaisquer tipo de dimensão, os movimentos não abrem os ouvidos e os corações das autoridades.

Sem espaço e condições de trabalhos, o absurdo é continuado e o cidadão brasileiro, trabalhador é simplesmente manipulado por uma pequena camada dominante e obscura.

 As possibilidades de permanências e mudanças dos movimentos sociais na atualidade:

Na realidade histórica, os movimentos sempre existiram, e cremos que sempre existirão. Isso porque representam forças sociais organizadas, aglutinam as pessoas não como força-tarefa de ordem numérica, mas como campo de atividades e experimentação social, e essas atividades são fontes geradoras de criatividade e inovações socioculturais. A experiência da qual são portadores não advém de forças congeladas do passado – embora este tenha importância crucial ao criar uma memória que, quando resgatada, dá sentido às lutas do presente. A experiência recria-se cotidianamente, na adversidade das situações que enfrentam. Concordamos com antigas análises de Touraine, em que afirmava que os movimentos são o coração, o pulsar da sociedade. Eles expressam energias de resistência ao velho que oprime ou de construção do novo que liberte. Energias sociais antes dispersas são canalizadas e potencializadas por meio de suas práticas em “fazeres propositivos”.

Os movimentos realizam diagnósticos sobre a realidade social, constroem propostas. Atuando em redes, constroem ações coletivas que agem como resistência à exclusão e lutam pela inclusão social. Constituem e desenvolvem o chamado empowerment de atores da sociedade civil organizada à medida que criam sujeitos sociais para essa atuação em rede. Tanto os movimentos sociais dos anos 1980 como os atuais têm construído representações simbólicas afirmativas por meio de discursos e práticas. Criam identidades para grupos antes dispersos e desorganizados, como bem acentuou Melucci (1996). Ao realizar essas ações, projetam em seus participantes sentimentos de pertencimento social. Aqueles que eram excluídos passam a se sentir incluídos em algum tipo de ação de um grupo ativo.

 O que é democracia:

Quando se fala em democracia, palavras como igualdade de direitos, liberdade, justiça e participação, parecem ser sinônimas deste termo. E, quando se recorre a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, percebe-se que logo nos primeiros artigos, estes direitos são garantidos pela lei. Mas, falar em democracia numa sociedade capitalista é definitivamente contraditório. Pois, nesta sociedade, o que interessa é a proteção e manutenção dos interesses da classe dominante. Além disso, sabe-se que a atual sociedade

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