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Meio ambiente

Por:   •  30/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.035 Palavras (9 Páginas)  •  135 Visualizações

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O VISITANTE – Inspirado na obra de Hilda Hilst

Mulher viúva, e pobre.( Não chega a ser miserável), mas  sem condições de manter a família, arruma casamento para a caçula com um homem corcunda. O negócio é intermediado por uma vizinha que ganhará algum dinheiro com a negociata.

Corcunda – Homem deformado, mas que não tem afetações. Fúnebre, ele oferece um dote pela filha mais nova. A mãe quer casar a mais velha, mais aceita a oferta. Para isto prende a filha em casa que se rebela com a ideia de casar sem amor. A irmã mais velha é ruim. Com ódio da irmã que é bonita e faceira ajuda a mãe na empreitada.  

Surge um outro rapaz, bem afeiçoado, tímido. Ele chega a cidadepara trabalhar como jornalista num pequeno jornal. È apresentado àCacilda por Antonieta, sua tia;que é madrinha de Lívia. Ele precisa de um lugar para ficar. Como a família não terá dinheiro até o casamento, aceita hospedá-lo em casa. O rapazse apaixona pela jovem presa. Indignado com a situação, resolve ajuda-la, mas a irmã mais velha o seduz e se entrega para ele.

Ele é obrigado a casar com a mesma, no mesmo dia em que sua amada casa com o corcunda.

Mãe – Cacilda

Filha mais velha – Lívia

Filha do meio - Joana

Filha mais nova – Angélica

Corcunda – Simão

Tia – Antonieta

Rapaz jovem - Inácio

Vizinha - Gertrudes

 Escrivão

As cenas se passam na casa de dona Cacilda.

Entram na sala em silêncio, mãe e filhas, acompanhadas pela tia. Sentam-se. Apenas a mãe permanece em pé.

Joana: Foi uma linda missa!

Angélica: Mamãe! Hoje, faz um ano que papai se foi. Não acha que já é hora de tirarmos o luto?

Mãe: Moça de família não deve se dar ao desfrute. O luto impõe respeito.

Joana: Para falar a verdade. Eu não aguento mais usar preto. Como vamos arrumar casamento assim.

Lívia: Vamos? Eu você quer dizer. Porque você de qualquer maneira parece uma bruxa. Horrorosa e desengonçada.

Joana: Você é que parece um urubu. Uma ave de mau agouro.

Mãe: Parem com isso, agora mesmo. Mas numa coisa eu concordo. Lívia já passou da hora de se casar. É preciso arrumar um bom partido. O seu pai só deixou esta casa e nada mais. Não teremos em breve nem o que comer.

Vizinha: Pois, eu acho que sei como ajudar. (A vizinha é interesseira)

Mãe: O que está dizendo?

Vizinha: Eu conheço alguém que quer muito se casar. Ele é muito rico. Posso apresenta-lo a menina Lívia. Claro, que em troca de um pequeno agrado.

Mãe : Certamente! Então, pode trazê-lo amanhã mesmo.

Vizinha: Pode deixar. Tenho certeza que vocês vão adorá-lo. Ele é o partido ideal para a menina Lívia.

A vizinha sai alegre. Lívia está radiante. Angélica está num canto com olhar perdido.

 A mãe sai e volta com uma cesta de pães. Lívia alegre arruma a mesa do café com ajuda de Joana.

Lívia: Será ele bonito.

Joana:  Gertrudes  disse que ele nasceu para você. Imagino, que seja homem  um bem estranho! E chato, como você!

Lívia: Sua branquela sem sal. Você está é morrendo de inveja de mim.

Mãe: Parem com isso.

No outro dia, todos tomam café da manhã, a vizinha chega com o corcunda.

Vizinha: Bom dia! Este é o senhor Simão.

Todos ficam chocados ao vê-lo.

Joana: Deus me livre!  Lívia atirou pedra na cruz!

Mãe: Bem vindo a minha humilde casa! Estas são minhas filhas: Joana, Angélica e Lívia.

Lívia se adianta para cumprimenta-lo.  Mas ele vai em direção a Angélica. Ele a cheira, alisa seu cabelos. Sorri deixando a mostra sua boca com dentes apodrecidos...

Mãe: O senhor trabalha em que?

Corcunda: E isto importa?

Mãe: Lívia é uma ótima filha: sabe cozinhar, costurar e gerir uma casa. E com certeza seja uma boa reprodutora.

Corcunda: Claro-claro.  Amanhã mesmo, enviarei uma proposta de casamento.  Amanhã....

Retira-se o corcunda e a vizinha. Antes de sair o homem dá uma olhada para Angélica .

Ouve-se a voz de tia Antonieta.

- Oh! De casa, estou entrando!

Entra Antonieta esbarrando no Corcunda, a vizinha sai correndo atrás :

Vizinha: (Pega um pão ) Me espere, senhor! Eu estou indo.

Antonieta - Nossa! Quem é este ser asqueroso que saiu agorinha!

Joana: É o futuro marido de Lívia. Ri.

Lívia: Pelo menos é rico.

Angélica: Ele me deu calafrios! E que cheiro estranho ele tem!

Mãe: O importante é que tem dinheiro. Poderá ajudar toda a família.

Antonieta: É por isso mesmo que estou aqui. Traga-me um pouco d’água menina Angélica.

Angélica: Sim, titia.

Antonieta: Como sei que estão passando por dificuldades. Arrumei para vocês um hóspede.

Mãe: Hóspede?

Antonieta pega o copo de água e bebe.

Antonieta - Isso mesmo. É filho de uma conhecida, de Goiás e veio tentar ganhar a vida aqui. Arrumou emprego num pequeno jornal . Precisa de um lugar para dormir. Pode pagar um pequeno aluguel.

Mãe- Pode ajudar, enquanto não sai o casamento.

Antonieta – E não é?

Mãe: Traga ele!

Antonieta levanta-se e vai até a porta:

- Venha rapaz! Venha!

O rapaz entra sorridente com uma pequena mala.

Antonieta - Este é Ignácio.

Ignácio - Muito prazer senhora.

 Sobe uma música. Faz-se de conta que acertam a hospedagem. Enquanto isso Joana tira o café da mesa. Ignácio sai guiado pela mãe.

FIM DO PRIMEIRO ATO

Todos a família, inclusive a tia, estão sentados na sala, menos Angélica . Aguardam o corcunda para o jantar.

Joana: Ele chegou mamãe.

Corcunda:Onde esta minha noiva?

Mãe: Lívia apresse sua irmã. Vá-vá!

No quarto  Angélica está sentada diante do espelho.

Nota: Enquanto isso Joana e a mãe colocam o jantar na mesa. Pratos, copos, talheres e uma jarra de vinho com pão.

...

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