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Mente E Corpo: Inteligência Do Movimento

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Por:   •  8/11/2014  •  2.098 Palavras (9 Páginas)  •  491 Visualizações

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MENTE E CORPO: INTELIGÊNCIA DO MOVIMENTO

As relações entre mente e corpo.

Que exercícios traz benefícios para o corpo e saúde todos já sabem, mas o que está por trás de todos os nossos movimentos? O que acontece com o nosso cérebro para aprendermos novos movimentos? E como pensamentos e crenças influenciam o sucesso nos esportes e em outras atividades de nossa vida? Enfim, veja como mente e corpo podem influenciar um ao outro.

A MENTE

O poder da imaginação.

Coordenar movimentos complexos e velozes está entre os feitos notáveis de que o cérebro é capaz. Muitas vezes nem são necessários anos de treinamento: basta a força da visualização.

Para entender como os seres humanos coordenam os movimentos precisa, antes de tudo, compreender de que forma o sistema nervoso contrai e distende os músculos certos no momento decisivo. Assim rezava a doutrina tradicional dos fisiologistas do movimento. Mas como explicar, por exemplo, que uma pessoa com doença de Parkinson que, apesar de andar com dificuldade, seja capaz de dançar bem? Segue uma reportagem da revista Mente e Cérebro para ilustrar:

É o caso de Sofia. Quando lhe perguntei como se via ao caminhar, ela disse: “Ponho um pé diante do outro e fico atenta para ver se funciona ou não”. “E ao dançar”, acrescentei. “Ah, então eu voo!”, respondeu. (MENTE E CÉREBRO, 2014, p.14).

Se, contudo, a experiência de Sofia admite generalização, a explicação tradicional decerto revela-se insuficiente. Está claro que também a maneira como imaginamos mentalmente um movimento exerce enorme influência sobre sua execução real.

A ênfase tradicional nos aspectos motores do controle do movimento – comandos neuronais dirigidos aos músculos, por exemplo – poderia, assim, estar equivocada. São antes conteúdos mentais que parecem balizar diretamente os movimentos. Isso é notável porque o cérebro poderia, portanto, se valer dessa capacidade de forma generalizada nos movimentos intencionais, sem depender de padrões fixos.

Tal balizamento “perceptivo-cognitivo” ou “psicológico” do movimento seria de fato vantajoso: se os movimentos fossem codificados tão somente como padrões fixos de contrações musculares ou de comandos motores, isso constituiria consideravelmente impedindo a um planejamento ajustável da ação. Contudo, uma das capacidades especiais do nosso sistema cognitivo é precisamente configurar os movimentos de forma criativa e flexível, de acordo com a demanda de cada situação.

Mas é evidente que não basta simplesmente imaginar qualquer ação motora. Resta saber se ela funciona. Ser capaz de conceber um salto mortal, por exemplo, está longe de significar que é possível executá-lo. Para realizar de forma correta um movimento, é necessário que se disponha, antes de tudo, de habilidade básica a partir do qual, então, imaginação apropriada do movimento se constrói. É possível transformar ideias em ação sem grande aprendizado quando temos claro o objetivo final e temos também, a tendência espontânea à simetria, nossos músculos procuram sempre se ajustar a essa lógica.

Ao que parece, portanto, é possível comandar diretamente os movimentos com auxílio da atividade cognitiva, sem que para tanto um programa especial coordene os músculos de alguma forma estabelecida. Se assim é de fato, então podemos transformar em ação direta ideias novas e criativas de movimento, sem antes precisar planejar, aprender e controlar programas musculares correspondentes. Desse modo, também ideias tão genéricas como aquele “eu voo” de Sofia conduzem ao sucesso.

O poder da motivação.

Alto desempenho nos esportes não e apenas uma questão de preparo físico, muitas vezes, o psiquismo é o principal responsável pelo triunfo ou pela derrota. Cada vez mais atletas reconhecem a importância do treinamento mental e recorrem a técnicas para exercitar o cérebro.

A falta de controle pode surgir justamente nos segundos que antecedem a largada em uma corrida: os mesmos rituais que prendem a atenção do espectador também representam uma tensão às vezes insuportável para o atleta. Se o corredor queimar a largada acaba desclassificado, mas se sair atrasado ou percorrer a pista relaxado demais desperdiça as suas chances. Para vencer essa tensão, precisa que seu corpo e sua mente trabalhem em harmonia. Isso significa manter concentração, tranquilidade, confiança na própria capacidade e o objetivo na cabeça para bloquear os pensamentos que possam comprometer o resultado.

Atingir o equilíbrio almejado muitas vezes requer o trabalho de um psicólogo esportivo, profissional que começa a ser reconhecido por sua importância em vários países. Isso se deve ao fato de que os resultados obtidos pela elite de atletas das mais diversas modalidades estão cada vez mais próximos, e se diferenciar num ambiente assim exige mais que treinamento físico – exige treinamento mental. Pensamentos e sentimentos tornam-se elementos decisivos, principalmente agora que muitos preconceitos estão sendo vencidos, incluindo o medo de parecer louco se recorrer a um psicólogo. E quanto mais limites são vencidos mais fica claro que a vitória é decidida, em grande parte, na cabeça. Desde os anos 80, os “treinadores mentais” são comuns nos Estados Unidos, mas só agora se firmam na Europa e no Brasil.

Não se pode descartar completamente o efeito placebo de ter ao lado alguém empenhado em incentivar o esportista e em tirar dele o melhor rendimento possível, mas o treinamento mental, assim como o físico, bem sucedido exige o exercício ativo e regular de habilidades. Não se trata de mágica, mas de métodos bastante efetivos, veja a seguir, algumas dessas técnicas para estimular a mente:

• Visualização dos movimentos, imaginado sua execução da forma mais perfeita possível. As etapas de cada ação são desmembradas e é priorizada a concentração nos resultados desejados (como acertar a bola no gol).

• Monólogos dirigidos nos quais a pessoa “fala” consigo mesma enquanto treina, estimulando a própria performance, com frases como “muito bem, continue assim!”, em uma corrida de distancia, por exemplo. O objetivo é anular estímulos externos que distraiam o esportista e afastar pensamentos prejudiciais, reforçando o desejo de perseverança.

• Relaxamento muscular progressivo propõe a alternância da contração de partes do corpo, como ombros ou braços. O fisiologista Edmund Jacobson (1885 – 1976) criou um programa sistemático de exercícios que leva em conta todos os grandes grupos musculares.

• Treinamento autógeno foi desenvolvido

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