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Micro E Pequenas Empresas

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Por:   •  15/6/2013  •  9.474 Palavras (38 Páginas)  •  587 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Atualmente a competitividade global entre as empresas obrigou-as a buscarem melhorias para garantir seu espaço no mercado. Numa época em que a sociedade é espantosamente dinâmica, instável e evolutiva, a adaptação a essa realidade é, cada vez mais, uma questão de sobrevivência para as empresas que queiram conquistar e fidelizar seus clientes.

A globalização e o ciclo de vida curto dos produtos forçam a uma constante inovação de técnicas de produção e de escoamento. A cada dia os produtos concorrentes ficam mais similares em termos de tecnologia e preço, o diferencial está, portanto, nas empresas comerciais e industriais que conseguirem otimizar seus serviços, superando a expectativa de seus clientes com atendimentos rápidos e eficazes.

Nesse cenário, em que os consumidores são cada vez mais exigentes, as empresas precisam de uma área que as auxiliem a produzir esses efeitos de superação das expectativas dos clientes no que tange ao escoamento eficiente e eficaz da produção, ao mesmo tempo em que contribui para o alinhamento de objetivos geradores de vantagem competitiva e redução de custos. Para tanto, é necessário uma metodologia que consiga planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo de produtos, serviços e informações desde o ponto de origem (fornecedores) até o ponto de consumo (o cliente), esse é o papel da Supply Chain Management ou Gerência da Cadeia de Suprimentos.

A ferramenta Supply Chain Management, desenvolvida para alinhar todas as atividades de produção de forma sincronizada visando à redução de custos, minimização de ciclos e maximização de valor percebido pelo cliente, foi abordada neste estudo de maneira que se possa identificar as ferramentas que possam ser utilizadas para a otimização de estoques.

Partindo das descrições dadas por Ballou, Bowersox e Ching, os principais autores consultados durante a pesquisa, passando pela revisão de artigos e periódicos que tratam sobre o assunto, o presente estudo tenta responder ao seguinte problema: Em que medida as empresas podem alcançar objetivos de otimização de estoques valendo-se dos princípios e técnicas de Supply Chain Management? Para tanto, buscou-se evidenciar, como objetivo final, as recomendações dos autores consultados às empresas que utilizam os princípios e técnicas de Supply Chain Management para iniciativas de otimização de estoques e, como objetivos intermediários os seguintes itens:

• A descrição de seus conceitos e princípios;

• A identificação e descrição das técnicas apropriadas aos objetivos de otimização dos estoques;

• A identificação das características que produzam efeitos desejados quanto à superação das expectativas dos clientes; e

• A verificação de até que ponto a sua adoção contribui para o alinhamento de objetivos geradores de vantagem competitiva para a empresa.

1. LOGÍSTICA: ORÍGENS E EVOLUÇÃO

Este capítulo apresenta de maneira breve e simples as origens da logística como doutrina militar, as circunstâncias que levaram ao seu estudo no meio acadêmico e as primeiras atividades dessa doutrina em solo brasileiro, primeiramente nas Forças Armadas Brasileiras e mais tarde dentro das empresas comerciais e industriais do país.

O capítulo aborda, ainda, o conceito de logística e a sua evolução ao longo do tempo a partir da adaptação dos conceitos e ferramentas mais utilizados nessa metodologia.

1.1. A LOGÍSTICA E SUAS ORÍGENS

A logística teve origem nas organizações militares. De fato, a primeira vez que o termo apareceu na literatura militar dos norte-americanos não foi antes de 1870, no período que sucedeu a Guerra Civil nos Estados Unidos. Seu desenvolvimento deveu-se ao intuito de abastecer, transportar e alojar tropas, propiciando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Dessa forma, esta doutrina operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas e contribuía, como diferencial de vantagem, para a vitória das tropas em combates.

Semanticamente, diferentes autores atribuem origem diversa à palavra logística. Alguns afirmam que ela vem do verbo francês loger (acomodar, alojar), outros afirmam que ela é derivada da palavra grega logos (razão), que significa a arte de calcular ou manipular os detalhes de uma operação.

Souza (2002) afirma que a origem da logística data do século XVIII, durante o reinado de Luiz XIV na França, onde existia o posto de Marechal-General de Lógis, responsável pelo suprimento e pelo transporte do material bélico nas batalhas. Gallo (1998), porém, diz que o primeiro general a utilizar esse termo foi o general Von Claussen de Frederico da Prússia, e foi desenvolvido mais adiante pela Inteligência Americana (CIA), juntamente com os professores de Harvard, para a Segunda Guerra Mundial.

A partir do momento em que os militares começaram a perceber o poder estratégico que a logística possuía, deu-se mais atenção ao serviço de apoio que as equipes prestavam no sentido de deslocamento de munição, víveres, socorro médico nas batalhas, etc. Conseqüentemente, despertou-se o interesse em estudos nesta área. Logo depois, em meados de 1950, a logística surge como matéria na Universidade de Harvard nos Estados Unidos da América, nas cadeiras de Engenharia e Administração de Empresas.

Nascimento (2001) descreve que a educação formal em logística nasceu da necessidade de administrar as diferenças espaciais entre produção e consumo. O economista relata que em 1901 foi publicado o primeiro texto sobre custos de distribuição de produtos agrícolas, pois, nos Estados Unidos da América, as áreas de produção se tornaram mais distantes dos grandes mercados de consumo. Em 1960, a Michigan State University desenvolveu e iniciou os primeiros cursos formais para treinamento de logisticians práticos e acadêmicos. A partir daí, houve uma união entre acadêmicos e militares para utilizarem os conceitos da logística militar nas atividades do seu cotidiano.

A partir de 1970, a logística já era adotada por várias empresas, porém algumas ainda só se preocupavam com o lucro, esquecendo dos custos. Com as crises que se sucederam , as empresas passaram a se preocupar com a gestão de suprimentos.

1.2. A LOGÍSTICA NO BRASIL

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, as primeiras atividades logísticas desenvolvidas

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