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Monografia Departamento Pessoal

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Por:   •  17/9/2014  •  1.236 Palavras (5 Páginas)  •  760 Visualizações

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A PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NO MERCADO INTERNACIONAL

Por Jorge Abrahão, diretor-presidente do instituto Ethos

O trabalho do instituto Ethos tem acompanhado as principais tendências no

mundo e no brasil e, nesse sentido, a conferência das nações unidas sobre

desenvolvimento sustentável (RIO+20) foi o ponto culminante de um longo

processo de negociações e preparações. Além de ter tido como resultado

final um documento que contém uma série de recomendações – O Futuro

Que Queremos –, a RIO+20 produziu um total de mais de 700 compromissos

voluntários do governo, do setor empresarial e de organizações da sociedade

civil, demonstrando que todos os setores acreditam ter um papel próprio na

promoção do desenvolvimento sustentável. O instituto Ethos, por sua vez,

participou intensamente dessa conferência, começando pelas discussões

que antecederam o evento até o desenvolvimento, com seus parceiros,

de um docu- mento com compromissos empresariais e demandas aos

estados, que teve o maior número de assinaturas do setor privado, tendo sido

entregue ao governo brasileiro e distribuído, por iniciativa do ministério das

relações exteriores, a todos os participantes dos diálogos de desenvolvimento

sustentável.

Como não poderia deixar de ser, o Ethos permanece engajado e plenamente

envolvido nas discussões e nas preparações da agenda pós-2015, o que é feito

por frentes diferentes: com empresas que ainda estão dando seus primeiros

passos, aproximando-as dos temas e das iniciativas do instituto por meio

da associação; com aquelas que estão buscando aprimorar suas práticas

e que utilizam os indicadores Ethos para mapear áreas que necessitam

de aprimoramento; com empresas que já conhecem bem suas forças e

fraquezas e engajam-se nos grupos de trabalho temáticos (integridade, direitos

humanos, mudanças climáticas, biodiversidade e resíduos sólidos), buscando

trabalhar pelo desenvolvimento sustentável para além de suas organizações

e promover, em certa medida, políticas públicas; e, finalmente, com um grupo

interessado em desenvolver novos modelos que demonstrem a viabilidade,

inclusive financeira, de uma nova economia, em um projeto que tem início

em 2014 e que buscará formas inovadoras de desenvolver modelagens para

negócios sustentáveis. Evidentemente, o desenvolvimento sustentável é um

objetivo ambicioso que requer ações efetivas em um cenário complexo e, por

isso, o instituto Ethos atua, também, no âmbito de seu conselho orientador,

no mapeamento e trabalho com temas considerados estruturantes para a

construção de uma nova economia e que, por sua natureza e transversalidade,

apresentam o potencial de alterar os ambientes de mercado e induzir, de forma

orgânica, as mudanças na economia. São eles: compras públicas sustentáveis,

investimentos públicos sustentáveis, PEC das Metas1, incentivo às atividades

sustentáveis e desincentivo às demais e financiamento de campanhas

políticas.

Diante do cenário e das discussões atuais, e reconhecendo o sentimento de

pro-atividade que marcou a RIO+20, notadamente no que se refere às

empresas, que tiveram um papel de destaque na busca por medidas concretas

de transi- ção para um novo modelo econômico, nós, do instituto Ethos,

acreditamos firmemente que uma discussão sobre produção e consumo

sustentáveis dentro da perspectiva das negociações birregionais, das quais o

brasil participa ativamente desde 1999, é fundamental. A complexidade de tal

acordo é evidente, em especial quando se leva em consideração um histórico

de assimetrias regionais que, por vezes, elevam a tensão nas negociações.

Contudo, o desenvolvimento sustentável é um objetivo que exige ultrapassar

as fronteiras nacionais, já que um país, por maior e mais engajado que seja,

não pode promover sozinho uma mudança dessa escala. Assim, os países

devem e têm cooperado para transformar o direito internacional público, de

forma a garantir que seus esforços não resultem em perda de competitividade.

Daí a importância de trabalhar esse tema nacional, regional e

internacionalmente. O rico histórico do instituto Ethos e seus consequentes

aprendizados têm servido de fonte de inspiração e conhecimento para tratar

desse delicado tema. sabemos que não é tarefa fácil introduzir condicionantes

de sustentabilidade em um potencial acordo birregional, mas acreditamos que

um acordo duradouro deve estar baseado em um modelo econômico

sustentável no longo prazo e, portanto, a opção por condicionalidades dessa

natureza torna-se a única desejável num cenário de mudanças

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