Nutrição

Composição nutricional

das dietas oferecidas.

Introdução:

Dieta corresponde a padrões alimentares dos indivíduos ou a representação da combinação recomendada de alimentos em proporções para atender necessidades nutricionais individuais.

Segundo Isosaki et al. (2009), as dietas são elaboradas considerando-se o estado nutricional e fisiológico das pessoas, e em situações hospitalares, devem estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de proporcionar melhoria na sua qualidade de vida. Portanto a dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente internado e preservar seu estado nutricional, por ter um papel co-terapêutico em doenças crônicas e agudas (GARCIA, 2006).

A padronização das dietas tem como objetivo manter um atendimento nutricional seguro, eficiente e de qualidade ao paciente, portanto as dietas são classificadas em três grupos, dietas de rotina, modificadas, especiais (ISOSAKI et al., 2009; WAITZBERG, 2000). A padronização da dieta, ainda, facilita o trabalho na produção e distribuição de refeições, permite treinamento de pessoal, devendo ser sempre flexível para permitir adequações as condições e necessidades individuais. E são divididas assim:

1 - Dietas de Rotina

As dietas de rotina são aquelas que não necessitam de restrições ou modificações em sua composição. Podem sofrer modificações quando à consistência, possibilitando melhor adaptação em períodos de maior dificuldade de aceitação alimentar ou em fases de transição relativamente curtas, adaptando a dieta às condições do indivíduo, como, por exemplo, nos períodos pós-operatórios (ISOSAKI et al., 2009).

2 - Dietas Modificadas

As dietas modificadas são aquelas que sofreram acréscimo ou diminuição de algum componente, mas que mantêm as mesmas características das dietas de rotina com relação à proporção de macronutrientes. As modificações mais comuns dizem respeito ao teor de sal, quantidade de fibras alimentares ou de líquidos da dieta.

GARCIA, 2006

3 - Dietas Especiais

As dietas especiais são aquelas planejadas especificamente para alguma patologia e que sofrem modificações nas proporções entre macronutrientes (hipogordurosa, hipocalórica, hipoproteica) e/ou no teor de outros componentes da dieta (hipocolesterolêmica, hipocalêmica, hipopurínica).

GARCIA, 2006.

Notas explicativas:

Para o cálculo das preparações, considerou-se o peso líquido dos alimentos crus.

As preparações que constam como “Receita Padrão”, no exemplos de cardápio, estão porcionadas conforme o peso da preparação pronta.

Nas dietas infantis, o porcionamento do prato principal e da guarnição corresponde a metade da porção oferecida ao paciente adulto.

As quantidades dos demais alimentos e/ou preparações, nos exemplos de cardápio, referem-se aos pesos líquidos dos alimentos crus.

As dietas foram calculadas segundos os dados nutricionais disponíveis em “software” específico (Virtual Nutri – FSP/USP).

A menção “q.s.” (observado nos exemplos de cardápios) corresponde à “quantidade suficiente”.

Por se tratar de um hospital especializado em Cardiologia, utiliza-se leite desnatado em todas as preparações lácteas elaboradas pelo Serviço, salvo aquelas oferecidas à crianças e adolescentes.

Na dieta hipocalêmica, considerou-se a perda aproximada de 59% deste mineral durante o processo de cocção das frutas e hortaliças.

A composição nutricional aproximada, bem como a distribuição calórica dos macronutrientes, encontra-se no final do presente capitulo (Tabela 15.27a e Tabela 15.27b).

Dietas de Rotina

Dieta Geral

Indicação:

Pacientes que não necessitam de restrições específicas e que apresentam funções de mastigação e gastrintestinais preservadas.

Objetivo:

Manter o estado nutricional do paciente com ausência de alterações metabólicas significativas ao risco nutricional.

Características

Dieta suficiente, consistência normal, distribuição e quantidades normais de todos os nutrientes, ou seja, normoglicidica, normoproteica, normolipidica, balanceada e completa.

ISOSAKI et al., 2009

Dieta Branda

Indicação:

Pacientes que apresentam dificuldades quanto à mastigação e/ou digestão, em situação pós-operatórias )fase de transição para dieta geral) ou durante a recuperação após procedimentos invasivos (cateterismo ou angioplastia).

Objetivo:

Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão.

Características:

Normoglicidica, normoprotéica, normolipidica, balanceada e completa, consistência branda, 5 e 6 refeições diárias, tempo indeterminado, pobres em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo, modificado por cocção ou subdivisão.

Fujimura MD 2008

Dieta Pastosa

Indicação:

Pacientes que apresentam disfagias, dificuldades de mastigação e/ou alteração gastrintestinais, pacientes em pós-operatório ou em situações clínicas especiais.

Objetivo:

Fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço.

Características:

Normoglicidica, normoprotéica e normolipidica; consistência pastosa ou abrandada pela cocção e processos