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O Analfabeto Funcional

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Por:   •  4/11/2014  •  382 Palavras (2 Páginas)  •  406 Visualizações

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Mário Quintana disse certa vez: “Os analfabetos de hoje são os que aprenderam a ler e não leem”. E são mesmo.

Muitas pessoas afirmam que nada leem, ou que leem de vez em quando. A leitura ocupa os últimos lugares, quando relacionam suas atividades culturais ou de lazer. Veem TV, cinema, teatro, shows, imagens no computador, fotos nas revistas, ouvem música, conversam, cantam, dançam, andam de bicicleta. E, no entanto, tudo mundo sabe que o hábito de ler é meio caminho andado para uma pessoa ser socialmente saudável e, em qualquer área, um profissional competente. Quem não reserva algumas horas semanais para a leitura, pensa confusamente, fala mal e escreve pior ainda. Sofre de analfabetismo funcional.

Neste sentido, a redação do vestibular e os textos, documentos e cartas sociais e de trabalho têm sido um bom termômetro cultural. São muitos, são milhares os que ficam perplexos na hora de redigir sobre um tema, mesmo acessível. Não sabem por onde começar e como concluir. Escrevem frases jogadas, sem nexo, perdidas. Sua linguagem tropeça e cai.

Subdesenvolvimento mental – Assim, quem não lê encontra-se em nível de subdesenvolvimento mental. O remédio, contudo, existe e é muito simples: Ler com sentido crítico, isto é, sabendo o quê e por quê.

É lendo que conquistamos o domínio da língua, depósito vivo do pensamento, da criatividade, da eloquência. É lendo que conseguimos compreender a opinião dos outros, aprendemos a raciocinar por conta própria, a julgar com maturidade, sem dogmatismos, a desenvolver argumentos para defender ou criticar acontecimentos e condutas.

No âmbito da literatura, por exemplo, é uma boa receita procurar romancistas e poetas que eduquem a nossa sensibilidade, autores que sempre tenham algo mais a nos dizer. Para quem gosta de conhecer detalhes da história, existem biografias que, reproduzindo testemunhos vivos, são os documentos mais confiáveis. No âmbito do conhecimento geral, clássicos e modernos que nos permitam compreender os problemas cruciais da humanidade.

Não é muito importante estar a par da lista dos mais vendidos, divulgada pela imprensa. Fundamental é sabermos escolher os nossos livros, aqueles clássicos, pessoais de que falava Ítalo Calvino. Escolha nascida do amor e não da obrigação ou do respeito distante. É destes autores que aprenderemos os verdadeiros valores – os valores humanizantes.

*GABRIEL PERISSE é professor de Literatura e de Redação, bacharel pela UERJ, e mestre pela USP.

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