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O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA E O APRENDIZADO ESCOLAR

Por:   •  10/7/2015  •  Monografia  •  9.251 Palavras (38 Páginas)  •  432 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IVAÍ

ESAP – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação

CLARICE ROSA COLLA

RELINDES APª. JACOBY RESMINI

SÍLVIA REGIANE VÓRGENES

O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA E O APRENDIZADO ESCOLAR        

Monografia apresentada à coordenação do Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação – ESAP/Faculdades Integradas do Vale do Ivaí, como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialista em Educação Especial.

Orientadora: Profª-Grad. Eliane Campos Ruiz Leite.

                                 LARANJEIRAS DO SUL

                                              2011           


O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA E O APRENDIZADO ESCOLAR

 RESUMO: Este trabalho visa trazer à tona as características do comportamento da criança autista e sua aprendizagem escolar. Tema abordado com frequência, porém pouco conhecido dos educadores e da população em geral. Para que ocorra um diagnóstico preciso, há a necessidade de avaliação do possível portador de autismo, para isso há uma gama de observações e procedimentos a serem realizados, em especial, a análise da conduta da criança, que apresenta um desenvolvimento diferenciado e comportamentos anormais para um infante. Com esta observação e com os procedimentos adequados, pode-se diagnosticar o autismo na criança, encaminhando-a desde cedo a um tratamento e acompanhamento que a seguirá até a fase adulta, trazendo a este sujeito uma melhor qualidade de vida. Mas para que isso ocorra é necessário que se tenha uma clara noção das características de comportamento deste transtorno.    

 INTRODUÇÃO

        O autismo infantil é um transtorno raro, pois somente duas a quatro crianças entre dez mil desenvolvem esse distúrbio. Trata-se de um problema de desenvolvimento emocional e cognitivo que afeta bebês e crianças. Essas crianças parecem viver em seu próprio mundo, não respondem aos outros ao seu redor, e parecem até mesmo ignorar a presença de qualquer pessoa ao seu lado. Quando ainda bebês choram pouco, não sorriem e não vocalizam respostas. Quando pegas no colo ficam rígidas ou flácidas.

        Esses são apenas os sinais mais visíveis de que possa haver problemas com a criança. Este trabalho pretende, portanto, analisar de forma mais profunda os sintomas que podem surgir na identificação desse transtorno, que pode ser confundido com a Síndrome de Asperger, que, para alguns autores, se constitui um grau menos acentuado do autismo.

        Este transtorno é considerado uma enfermidade de contato e comunicação.  Uma grande multiplicidade de distúrbios relacionados ao autismo foi citada na literatura médica. Para a maioria das crianças autistas sem uma disfunção correspondente, as causas ligadas a fatores genéticos são as mais prováveis.

        Também, na aprendizagem escolar, os autistas em geral, apresentam dificuldades frente aos métodos tradicionais de ensino. São um pouco mais lentas do que a maioria das outras crianças na aprendizagem e aquisição de novas competências. Muitas vezes é mesmo difícil distingui-las de outras crianças com problemas de aprendizagem sem atraso mental, sobretudo nos primeiros anos de escola.

Todos os detalhes deste transtorno estarão sendo estudados e reportados à pesquisa para que haja um maior entendimento do autismo.

1 COMPREENDENDO O AUTISMO        

1.1 HISTÓRICO DO  AUTISMO

        Embora hoje o autismo seja bastante conhecido, ainda falta muito para que se compreenda realmente do que se trata este transtorno. No início do século XX o autismo era conhecido como um distúrbio mental confundido com a esquizofrenia infantil. O que surpreende até os dias de hoje é o fato de a criança autista ter uma aparência totalmente normal e pela diversidade de características que apresenta.

        O Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, caracteristicamente antes dos três anos de idade, e que se qualifica sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no usa da imaginação (AMA – 2009).

        Esta definição está intrinsecamente ligada à nova visão da psiquiatria, principalmente no que tange aos conceitos de diagnóstico e classificação. Acredita-se que somente no final do século XIX que a doença mental passou a ser estudada com maior profundidade, especialmente na Europa. A princípio, através da medicina orgânica, tentou-se compreender a profundeza do transtorno, juntando sinais que indicavam uma determinada sistematologia. Posteriormente passou-se a analisar as próprias formas da doença com descrição das fases e evolução dos quadros, com as variantes que ela possa demonstrar. Com a ajuda de Kraepelin e Freud delimitou-se a abordagem clínica da doença mental do ponto de vista biológico e psicológico, respectivamente, porém, o método fenomenológico de Karl Jaspers contribuiu para estabelecer as bases da psicopatologia moderna (AMA –  2009).

        Já no final da década de 1940, passa-se a utilizar psicotrópicos no tratamento de pacientes com transtorno bipolar de humor, partindo da descrição de John Cage e os sais de lítio. Como houve uma boa eficácia, durante dez anos três grandes classes farmacológicas foram descritas: antimaníacos, antipsicóticos e antidepressivos, impactando de tal forma sobre a compreensão e o tratamento da doença mental que estes nunca mais teriam o mesmo ângulo de visão (AMA - 2009 apud ALMEIDA E COLS, 1996).

        Após a descoberta de um tratamento eficaz, nas décadas de 1960 e 1970 os tratamentos das pessoas com transtornos mentais deixou de acontecer apenas em asilos e passou para os ambulatórios ou na própria comunidade, com o objetivo de reinserir o doente mental na sociedade, surgindo então aqueles que questionavam a existência da doença mental.  

        Hoje em dia a psiquiatria entrou na era científica, em uma relação mais direta entre clínica e pesquisa aliada as novas metodologias, e que estariam promovendo avanços significativos na clínica, no encaminhamento e na investigação das doenças mentais. Nessa fase salienta-se a importância da descoberta dos fatores de risco e da etiologia das doenças mentais e destacam uma metodologia que hoje é realizada. (AMA-2009)

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