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O Congresso de Milão

Por:   •  19/10/2021  •  Artigo  •  1.703 Palavras (7 Páginas)  •  251 Visualizações

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Impacto do Congresso de Milão na educação dos surdos

O Segundo Congresso Internacional de Educação dos Surdos (ou Congresso

de Milão) teve lugar em Milão, na Itália, em setembro de 1880, e o impacto das

decisões ali tomadas pode ser sentido até hoje.

Embora do título, o Congresso de Milão foi à primeira palestra internacional

de educadores de surdos. Mais de 160 educadores e especialistas reuniram-se

entre 6 e 11 de setembro de 1880 para argumentar os rumos do ensino das pessoas

surdas. Esse grupo na sua superioridade era de pessoas ouvintes. Em uma época

onde se acreditava na autoridade da língua falada, considerando as línguas gestuais

uma regressão no desenvolvimento da linguagem.

Durante o encontro foram ouvidos doze especialistas no tema. Somente três

se manifestaram a favor do uso das línguas gestuais conforme a melhor forma de

ensinar e incluir as pessoas surdas na sociedade: Edward Gallaudet (criador da

Gallaudet University), Thomas Gallaudet e Richard Elliot (um professor inglês).

O Congresso foi preparado pela Pereira Society, um grupo de pessoas

contrário o uso das línguas de sinais. A sociedade foi fundada na França por Jacob

Rodrigues Pereira e era um forte apoiador do oralismo. A sociedade do Congresso

de Milão foi uma clara finalidade de confirmar a hegemonia do oralismo. A seleção

dos participantes do Congresso foi excessivamente cuidadosa para garantir que na

superioridade das pessoas ali presentes fossem em benefício do oralismo e

reagissem negativamente aos discursos a benefício das línguas gestuais.

A consequência do Congresso foram oito resoluções que garantiam a domínio

do oralismo:

1. Determinação atestava a vantagem da fala, declarando ser superior

forma de reinserção das pessoas surdas à comunidade e ser a

maneira oral superior na educação de pessoas surdas.

2. Considera que o uso concomitante dos gestos e da oralidade prejudica

a compreensão labial e a fala das pessoas surdas, declarando que

uma maneira puramente oral deveria ser adotada.

3. Leva em respeito o excessivo número de pessoas surdas não

instruídas e sequer as famílias e instituições eram capazes de prover

essa necessidade, estabelecendo logo que é obrigação do governo

certificar que essas pessoas sejam educadas. A resolução foi aprovada

por unanimidade.

4. Considerando a educação puramente oral, define que a melhor

maneira de educar as pessoas surdas seria através da investigação

intuitivo usando a aliança da fala juntamente palavras escritas, e

expondo as crianças a partir de cedo a livros e à gramatica da língua

escrita.

5. A falta de livros didáticos suficientes para esses propósitos,

declarando, portanto que é obrigação dos professores do método oral

desenvolver e divulgar os materiais necessários.

6. Baseia-se nos resultados de estudos juntamente pessoas surdas que

já nunca estavam na escola, e declara que essas pessoas nunca

perderam suas habilidades de fala e compreensão labial, mas sim as

aprimoraram através da prática e compreensão. Sendo assim que ficou

combinado que pessoas surdas devem comunicar-se usando somente

a fala.

7. Avaliação as necessidades especiais da educação de pessoas surdas,

e recomenda a idade dos oito a dez anos conforme a melhor idade

para que as crianças surdas comecem sua prática escolar. Estabelece

também que o ensino dessas crianças é obrigação conservar de sete

a oito anos, e que as classes devem definir até dez alunos.

8. Estabelece uma alteração gradual na maneira da educação pouco a

pouco a educação por recursos das línguas de sinais e implementando

a maneira oral.

Os impactos do encontro de Milão foram terríveis na comunidade surda em

todo o mundo. Estima-se que já na primeira década depois do encontro de Milão a

educação das línguas de sinais já estava quase inteiramente erradicada das

escolas.

Privadas das línguas de sinais, crianças surdas no mundo inteiro deixavam

as escolas junto qualificações e entendimento inferiores. Somente 100 anos após

iniciou-se o difícil processo de rejeição das resoluções do congresso de Milão e a

reestruturação do ensino das pessoas surdas. Apenas em julho de 2010, no 21º

Congresso Internacional de Educação de Surdos (sediado em Vancouver, Canadá)

houve uma eleição formal e todas as oito resoluções do Congresso de Milão foram

rejeitadas.

Os impactos do Congresso de Milão foram terríveis na comunidade surda em

todo o mundo. Estima-se que já na primeira década

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