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O Convento Franciscano

Por:   •  8/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.280 Palavras (6 Páginas)  •  228 Visualizações

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O convento Franciscano

O Convento de Nossa Senhora das Neves é considerado uma das primeiras manifestações de uma arquitetura legitimamente brasileira.  Localiza-se no centro histórico de Olinda, PE.

O conjunto de características do convento apresenta-se da seguinte maneira: [pic 1]

IMAGEM 01: Vista aérea da Igreja de Nossa Senhora das Neves (Modificada por Vivian Gurke)

Claustro: pátio central cercado de pilastras e colunas, onde organizavam-se ao redor construções para a realização de diversas atividades. [pic 2]

Galilé: Espaço aberto incorporado à igreja que antecede a nave, destinado aos encontros e congraçamento (também usado para amenizar o clima). Elemento que remonta às primeiras basílicas cristãs

Imagem 02: Claustro

Campanário: ou torre sineira, é um elemento vertical único em destaque na composição.

Adro: Espaço alargado localizado em frente à Igreja, com a presença de um cruzeiro em sua outra extremidade.  Funcionava como elemento de intermediação entre o aspecto mundano da cidade, e o convento.

Os claustros eram espaços de grande importância, pois foi a partir desse local, que as demais unidades arquitetônicas do conjunto se organizavam (ao redor). O claustro era usado para meditação, orações e recolhimento.

Ao lado esquerdo do claustro geralmente se localiza a igreja, que quase sempre possuía nave única, com exceção de Salvador. O conjunto de edificações é de grande austeridade, sendo que o interior era bem ornamentado e decorado com muitas esculturas e entalhes. [pic 3]

Imagem 03: Interior Igreja Nossa Senhora das Naves.

Atualmente o convento é utilizado para a realização de missas, e espaço que abriga um curso de teologia. É aberto para visitação turística, e sedia outros eventos, como casamentos e seminários.

[pic 4]

[pic 5]

Imagem 04: Divisão do Pavimento térreo.

O convento foi construído utilizando-se materiais e técnicas do período colonial brasileiro, com alvenaria em pedra maciça e tijolo, podendo assim, resistir melhor ao tempo. As paredes eram revestidas com uma mistura de cal e areia. O claustro por sua vez era revestido com azulejos. Nos pisos nota-se a presença de tijoleiras e ladrilhos. Nos testos a técnica construtiva utilizada é com forros em madeira. A obra já contou com restauros e reparações, sendo que houve perda da sua autenticidade pelo uso de materiais e técnicas mais contemporâneas, para a conservação do conjunto.

O Histórico das Intervenções na Construção[pic 6][pic 7][pic 8]

O convento teve quatro fases relacionadas a sua construção. A primeira aconteceu quando os franciscanos chegaram em Olinda em 1585 e começaram a construção do convento, que logo sofreu diversas ampliações. O convento não era grande em altura, mas se configurava de forma horizontal num terreno em declive.                                                           Imagem 05: Gravura mostrando o convento franciscano  [pic 9]

Nota-se na figura 05 que existem dois edifícios próximos à Igreja, que provavelmente viriam a configurar o claustro. Nessa fase ainda não existia galilé.  

A segunda fase se refere a recuperação do convento, logo após a sua destruição pelos holandeses, em 1654. A galilé é construída e a Igreja começa a receber elementos decorativos e painéis de azulejos. Até meados do século XVIII o convento passa a ter então sua forma definitiva.

A terceira fase acontece com o declínio e abandono do convento em 1855. Somente quando religiosos estrangeiros começam a vir para o local, que ele é reparado e alterado. Novos edifícios são anexados ao complexo.

Em 1938 o convento é tombado como patrimônio histórico e artístico, marcando a quarta fase de construção do edifício com sua restauração.

A Arquitetura

Por ter sofrido diversas alterações, o convento é melhor analisado arquitetonicamente pelos edifícios principais. O principal espaço para ser observado é o claustro, já que é a partir dele que os demais edifícios se organizam.

A Fachada se divide em três partes: [pic 10][pic 11][pic 12][pic 13][pic 14]

[pic 15][pic 16]

Imagem 06: Fachada da Igreja

Verifica-se a existência de duas fases construtivas na fachada: Uma da galilé e outra dos andares superiores, que possuem aletas e volutas vindas de um grande movimento e contrastando com o restante do convento.

O interior da Igreja é extremamente decorado, e possui forma retangular, de nave única e teto abobadado.

Próximas à igreja estão locadas: A capela de São Roque (perpendicular à nave central), a capela de Santanna (entrada principal do complexo) e a capela do Capítulo (com abertura para o claustro).

O convento é um conjunto de blocos construídos por adição a forma inicial, adaptando-se aos acidentes do terreno, fazendo com que o mesmo estabeleça uma relação poética com a paisagem urbana e natural. Ou seja, o que traz singularidade ao convento é a articulação de seus espaços e volumes e sua simplicidade, dando um aspecto singular ao conjunto.

A Significância do Conjunto

A importância do conjunto foi reconhecida com o seu tombamento em 1938. Desde então sofreu reparações com técnicas e materiais contemporâneos, ocorrendo a perca de autenticidade da obra.

Os conventos franciscanos no Brasil, por serem construídos por etapas, geralmente não possuem uma forma regular. Porém o conjunto de Olinda conseguiu manter uma forte unidade arquitetônica.

O seu reconhecimento histórico se deve ao fato de ser o primeiro a ser implantados em terras brasileiras. Possui também grande reconhecimento artístico pela sua solução estética de integração a paisagem, implantação e ornamentação.  O convento possui um grande acervo de painéis de azulejos únicos, além das pinturas na nave da Igreja. [pic 17]

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