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O Discurso Político

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Por:   •  1/10/2013  •  Seminário  •  2.312 Palavras (10 Páginas)  •  293 Visualizações

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IÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO

PROF. MARCELO GARCIA SANTANA

21-7729-9045

marcelogarciasantana@hotmail.com

AULA 3

3 – O Discurso Político.

3.1.2 Do espaço social aos espaços sociais da palavra política.

Encontramo-nos, assim, em um jogo em que todos mudam sob a influência dos outros: a opinião sob a influência das mídias, as mídias sob influência da política e da opinião, o político sob influência das mídias e da opinião.

Assim, consideramos que são espaços sociais da palavra política: 1 – o espaço público (opinião pública); 2 – o espaço midiático (mídia); 3 – o espaço político (ação política).

Da mesma forma, encontramos 3 tipos de discursos políticos: 1 – o discurso político público; 2 – o discurso político midiático; 3 – o discurso político “dominante e autorizado”, travado no âmbito da ação política, além da clássica divisão – direita, esquerda e centro.

CASO AULA 1

Leia, atentamente, o trecho do texto “A experiência dos CIEPs, abaixo: Controvérsias em torno da legitimidade de uma ‘Escola Nova’ de Adelia Maria Miglievich Ribeiro e Paulo Sérgio Ribeiro da Silva Jr, e responda:

1) Qual o espaço social da palavra política ele se refere?

2) A qual tipo de discurso político ele se refere? Justifique as suas respostas.

"Não é de pouca monta a complexidade do debate da educação integral mobilizado pela experiência recente dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) uma vez considerada que a relação entre educação e política não é apoiada em fáceis consensos. Faz-se necessário redobrar a vigilância epistemológica ao tentarmos ponderar, por exemplo, singularidade do período de implantação dos CIEPs e o fato incontornável de sua identidade institucional ser atribuída ao intelectual e político Darcy Ribeiro (1922-1997) e ao brizolismo.

Isto nos exige, para além do exame do projeto político-pedagógico basilar dos CIEPs que buscou o ideário da escola para todos tendo, entre outros ícones, a ascendência de Anísio Teixeira, a atenção às reconfigurações no campo político, mais especificamente na política educacional no Estado do Rio de Janeiro.

De um lado, tais reconfigurações levavam ao extremo as posturas quer de devoção quer de aversão à personalidade pública de Brizola numa conjuntura em que sua popularidade significava o fortalecimento de uma corrida eleitoral que tinha como meta a presidência da república; de outro, há de se considerar o impacto de qualquer inovação política num campo onde práticas já estão estabelecidas e institucionalizadas. Não por acaso, a burocracia e a chamada legalidade foram os principais entraves à implementação mesma dos CIEPs que traduziam uma nova forma de se fazer educação básica de qualidade. Dito de outro modo, um estudo com pretensões de avaliação desta política pública seria inocente se não buscasse olhar a realidade em seus diversos e mesmo antagônicos ângulos.

Como pressuposto dessa pesquisa, que se encontra em fase inicial, entendemos o sistema educacional como relevante estrutura social a contrariar os imperativos do mercado mundial, posto que oferta meios de socialização dos indivíduos e de aperfeiçoamento de suas competências que interferem diretamente na possibilidade de sua inclusão na esfera pública como cidadãos. A escola é, em nossa percepção, em que pesem todos os atuais constrangimentos, espaço político de materialização do ideário da promoção igualdade de oportunidade garantida aos indivíduos nos governos democráticos, na mesma medida que pode se tornar o seu oposto, a confirmação da desesperança para gerações de crianças e de jovens em qualquer sociedade dita moderna. Também, e não menos importante, vemos também na escola a esfera pública numa de suas facetas, nela sendo possível trazer reflexões a dar visibilidade a inúmeros sujeitos e práticas sociais pré-reflexivas que uma vez tematizadas podem apontar para potencialidades emancipatórias.

Deste modo, participamos do debate da educação integral na tentativa de questionar os mecanismos de naturalização dos atos de distinção legitimados em políticas educacionais, examinando o alcance do sistema educacional na (re)distribuição dos bens econômicos, culturais e do tempo livre mediante lutas pela conservação e pela transformação dos padrões de distribuição e reconhecimento existentes na sociedade maior. Esboçamos ainda os seguintes traços: o carisma “darcyniano” e as implicações da sua representação política; a co-determinação envolvendo essa representação política e o dilema “distribuição-reconhecimento” abordado por Nancy Frazer (2001)".

3 – O discurso político (continuação).

3.2 – As estratégias do discurso político.

3.2.1 – Retórica.

Conceito etimológico.

Retórica (do latim rhetorica, originado no grego [rhêtorikê]), significa literalmente a arte/técnica de bem falar, do substantivo rhêtôr, orador - é a arte de usar a linguagem para comunicar de forma eficaz e persuasiva.

Aspectos históricos.

A retórica terá nascido no século V a.C., na Sicília (hoje reino da Itália), e foi introduzida em Atenas pelo sofista Górgias (sobre os sofistas e sobre Górgias – ver texto na pasta do professor), desenvolvendo-se nos círculos políticos e judiciais da Grécia antiga, compilando preceitos práticos a serem utilizados, numa época em que não existiam advogados, por pessoas envolvidas em conflitos judiciários.

Definição.

Originalmente visava persuadir uma audiência dos mais diversos assuntos, mas acabou por tornar-se sinônimo da arte de bem falar. Aristóteles, na obra “Retórica”, lançou as bases para sistematizar o seu estudo, identificando-a como um dos elementos chave da filosofia, junto com a lógica e a dialética

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