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O ESPECIALIZADO GRUPAMENTO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS

Por:   •  22/6/2022  •  Abstract  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  49 Visualizações

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL COMANDO OPERACIONAL COMANDO ESPECIALIZADO GRUPAMENTO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALAR PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE VIATURAS NO SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FINALIDADE: Orientar o Bombeiro Militar quanto a execução correta de procedimentos de limpeza terminal e desinfecção de viaturas de Atendimento PréHospitalar. Processo n°_____________ Publicado em 2013 Atualizado em abril/2020 PÚBLICO ALVO: Profissionais de Segurança Pública Bombeiro Militar do Distrito Federal 1. RESULTADOS ESPERADOS : - Aumentar a segurança e minimizar a exposição laboral do bombeiro militar durante a assistência ao paciente no serviço de APH; - Implementar medidas de proteção para segurança e saúde profissional; - Proporcionar individualmente maior proteção contra ameaças/riscos biológicos à segurança e à saúde do bombeiro militar em seu ambiente de trabalho. 2. CONCEITOS IMPORTANTES RELACIONADOS À LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE VIATURAS (URs e URSBs) Limpeza É a remoção de todos os resíduos líquidos ou sólidos (sujidade), com água e sabão, depositados sobre as superfícies internas ou externas das viaturas, promovendo a limpeza, a eliminação de maus odores e reduzindo a carga microbiana no ambiente. Trata-se de uma condição prévia, extremamente necessária, para a desinfecção de áreas (no caso do salão da viatura) e equipamentos utilizados na assistência ao paciente. Boletim Geral 100, de 28 de maio de 2020 50 Limpeza Concorrente É o processo de limpeza diária do interior da viatura objetivando a manutenção e a reposição dos materiais de consumo diário e necessários para o serviço de APH, além de proporcionar um ambiente limpo e agradável para atuação dos profissionais. No caso das viaturas empregadas no serviço de APH, uma vez que são consideradas área crítica, as mesmas devem passar pelo processo de limpeza concorrente duas vezes ao dia, a cada 12 horas, ou mais, conforme a necessidade. Limpeza terminal Processo de limpeza e/ou desinfecção minuciosa de toda a viatura, tanto da área interna (teto, paredes, piso e mobiliário), como da cabine e parte externa da mesma. Tem por objetivo reduzir a sujidade e, consequentemente, a carga microbiana, a fim de mitigar a possiblidade de contaminação ambiental, bem como da guarnição e de pacientes atendidos na viatura. É realizada periodicamente ou conforme protocolo. No caso das viaturas o processo é realizado a cada 7 dias, conforme agendamento mensal publicado em Boletim Geral (B.G.). Desinfecção Consiste na destruição dos microrganismos patogênicos (causadores de doenças) de uma superfície mediante aplicação de agente desinfetante. Desinfetante Produto químico germicida que inativa quase todos os microrganismos patogênicos conhecidos de superfícies fixas e equipamentos. Ex.: hipoclorito de sódio a 1% e álcool a 70%. Detergente Produto que possui componentes responsáveis por limpar toda sujidade através da redução da tensão superficial, dispersão, suspensão e emulsificação da mesma. Ex.: sabão líquido. Agente infeccioso São organismos microscópicos (não visíveis a olho nu), como bactérias, vírus, fungos, entre outros, com potencial de causar doenças. Fonte de infecção Pessoa, animal, objeto ou substância da qual o agente infeccioso passa diretamente a um hospedeiro. Hospedeiro Homem ou animal que ofereça, em condições naturas, substância ou alojamento a um agente infeccioso. Contaminação Transferência do agente infeccioso de um doente ou portador do mesmo para outro indivíduo. Infecção É o resultado da penetração e multiplicação de um agente infeccioso no organismo humano ou animal. Boletim Geral 100, de 28 de maio de 2020 51 Matéria orgânica São secreções ou excreções humanas ou animais (pus, sangue, fezes, urina, etc.) capazes de possuir agentes infecciosos. Área crítica São aquelas nas quais se encontram maior número de pacientes graves ou pacientes com o sistema imunológico deprimido ou nas quais são realizados procedimentos invasivos. São ambientes que oferecem maiores riscos de transmissão de infecção. Exemplos: - Sala de expurgo; - Abrigo externo de resíduos; - Área interna da viatura ou ambulância. Áreas semicríticas São aquelas ocupadas por pacientes não portadores de doenças infectocontagiosas ou por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade. Tais características conferem ao ambiente menor risco de transmissão de infecções. Exemplos: - Sala de preparo do Centro de Material e Esterilização (CME); - Farmácia; - Banheiros. Áreas não críticas São as demais áreas não ocupadas ou destinadas aos pacientes: - Áreas administrativas; - Auditório; - SAME (Serviço de Arquivo Médico); - Áreas externas; - Copa, cozinha e refeitório; - Repousos; - Sala de depósito de oxigênio. Boletim Geral 100, de 28 de maio de 2020 52 3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) RECOMENDADOS Equipamento de Proteção Individual (EPI) Compreende um ou mais dispositivos utilizados para a proteção de profissionais de diversas áreas contra a contaminação por microrganismos patogênicos. O EPI protege também pacientes de contaminação por patógenos oriundos da equipe profissional e de outros pacientes (contaminação cruzada). Existe legislações específicas para os EPIs, dentre elas a Norma Regulamentadora (NR) 6 da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, que considera como EPI “todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e integridade física do trabalhador” Principais EPIs utilizados no serviço de limpeza e desinfecção de viaturas: Avental Protege o contato com sangue e outros fluidos orgânicos, umidade gerada pelo aerossol e respingos, e dos procedimentos de limpeza e desinfecção de artigos e superfícies (dentre eles, a limpeza de viaturas). Recomenda-se o uso de avental impermeável, o qual deverá ser utilizado durante a realização dos procedimentos citados a fim de proteger o militar contra umidade. Observação: o avental sujo deve ser removido e descartado como resíduo infectante após os procedimentos de limpeza e desinfecção. Após a remoção e descarte do mesmo, deve ser realizada higienização das mãos a fim de evitar contaminação de outros profissionais ou do ambiente. Máscara Deve cobrir a boca e o nariz, permitindo respiração normal sem irritar a pele. Deve ser descartável (Ex.: máscara cirúrgica) com tripla camada de proteção, sendo trocada no final de cada período de trabalho ou se ficar umedecida ou quando for observada contaminação da mesma. No manuseio de produtos químicos, devem ser utilizadas máscaras especiais. Gorro É barreira mecânica contra a contaminação por secreções e aerossóis, além de impedir a queda de fios de cabelo nas áreas de procedimento. Deve ser preferencialmente descartável, trocado a cada turno de trabalho. É utilizado nos procedimentos de desinfecção de artigos e superfícies, bem como no atendimento aos pacientes quando houver risco de contaminação por secreções, aerossóis e produtos químicos. Observação: no caso de limpeza e desinfecção de viaturas que transportaram casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, onde as superfícies contêm excesso de secreções e fluidos orgânicos, circunstância que exige procedimentos que produzam aerossóis, recomenda-se a utilização de gorro descartável para proteção dos militares. É de extrema importância que a guarnição comunique o militar responsável pela Subseção de Limpeza e Desinfecção se houve transporte de tais casos. O EPI deve ser descartável, removido após o uso e desprezado corretamente. Boletim Geral 100, de 28 de maio de 2020 53 Protetor ocular Protege os olhos do impacto de partículas volantes, luminosidade intensa, radiação ultravioleta e respingos de produtos químicos e material biológico. Deve ser confortável, ter boa vedação, ser transparente, permitir lavagem com água e sabão líquido e desinfecção, quando necessária. O protetor ocular deverá oferecer proteção lateral ou poderá ser substituído pelo protetor facial fabricado em policarbonato. Recomenda-se o uso deste EPI em todos os procedimentos de limpeza e desinfecção, a fim de proteger o militar de quaisquer contaminações, inclusive por COVID-19, advindas de procedimentos envolvidos na limpeza e desinfecção. Após seu uso, se não houver sujidades visíveis no mesmo, devese proceder à desinfecção com álcool a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante recomendado pelo fabricante. Caso o protetor facial tenha sujidade visível, deve ser lavado com água e sabão/detergente e só depois dessa limpeza, passar pelo processo de desinfecção. Luvas Indispensáveis para proteger o profissional em suas atividades de contato direto ou indireto com matéria orgânica (sangue, secreções, tecidos, etc.). Devem ser de boa qualidade e usadas em todos os procedimentos. São barreiras físicas contra a contaminação cruzada dos profissionais da saúde e dos pacientes, capazes de reduzir severamente os riscos ocupacionais. Protegem as mãos contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes, perfurantes, químicos, biológicos, térmicos e elétricos. Destacam-se 5 tipos de luvas: Luvas de procedimentos: normalmente de látex, indicadas para proteção profissional durante procedimentos clínicos de rotina, em situações onde não haja risco de contaminação para o paciente. Não são estéreis. Devem ser descartadas a cada atendimento. As de vinil são recomendadas aos profissionais alérgicos ao látex. 2. Luvas cirúrgicas: são estéreis e indicadas para procedimentos cirúrgicos, curativos, suturas, ordenha e outros procedimentos invasivos. Devem ser descartadas a cada atendimento. 3. Luvas grossas de PVC: utilizadas nos procedimentos de limpeza e desinfecção dos artigos e superfícies. Ideais para o processamento de materiais contaminados. Oferece maior proteção nos períodos de longo contato com produtos químicos. São indispensáveis para proteger o profissional de limpeza em suas atividades e de qualquer contato direto ou indireto com material orgânico (sangue, secreções, excretas, tecidos, etc.). Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara, antiderrapantes e de cano longo. Admite-se, também, o uso de luvas de borracha, as quais são mais flexíveis. 4. Luvas de plástico: usadas como sobre luvas para manuseio de artigos fora do campo de limpeza e desinfecção. Boletim Geral 100, de 28 de maio de 2020 54 5. Luvas anti-térmicas: são utilizadas na Central de Material e Esterilização. Protegem de acidentes no manuseio de embalagens aquecidas durante o processo de esterilização de artigos. Observação: Na limpeza e desinfecção de viaturas que transportaram casos suspeitos ou confirmados de COVID-19, a guarnição deve, obrigatoriamente, utilizar luvas, assim como em transportes de outros casos. É importante frisar o cuidado que deve ser mantido para não tocar a face durante o uso da luva e realização dos procedimentos, bem como ressaltar a imprescindibilidade de higienização das mãos com água e sabão após uso e descarte das luvas. Em caso de uso de luvas de borracha, as mesmas devem ser limpas e desinfetadas após os procedimentos e não devem ser utilizadas antes de estarem devidamente limpas para que não haja contaminação do profissional, nem de quaisquer superfícies que o mesmo entrar em contato quando estiver em uso das luvas. ATENÇÃO: Os EPI não descartáveis são de uso individual. Quando o EPI for atingido por sangue ou secreções, deve ser substituído imediatamente e realizada a higienização. Diariamente, os calçados, luvas e avental de borracha devem ser lavados, desinfetados, secos e armazenados em local arejado. Para conforto e proteção dos pés, utilizar meias quando do uso do calçado impermeável. A escolha dos EPIs dependerá dos procedimentos a serem realizados pelos profissionais. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) obrigatórios para realização do serviço de limpeza e desinfecção de viaturas - Óculos de proteção/protetores faciais; - Touca descartável; - Máscaras cirúrgicas; Capote descartável; - Avental Impermeável; - Luvas de procedimento; - Sapatos impermeáveis

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