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O Mercador De Veneza

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Por:   •  26/8/2014  •  576 Palavras (3 Páginas)  •  315 Visualizações

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A obra O mercador de Veneza, assim como outras obras de Shakespeare, expõem mazelas da alma humana: problemas sociais; questões políticas; tramas amorosas; rixas; competição, amores proibidos, etc. Temas estes que transcendem o tempo, que resistem e persistem até hoje, e que provavelmente irão permanecer enquanto a humanidade existir. São parte das pessoas, presentes em qualquer tempo e lugar.

A história central realiza-se na cidade de Veneza na Itália, em meados do século XVI dentro de um contexto histórico, onde as atividades econômicas e comerciais passavam por uma significativa ascensão. O que observamos logo no início sob o aspecto social, é uma imposição forte de leis e princípios aos estrangeiros, uma intensa discriminação do povo judeu pelos cristãos, judeus esses que habitavam na periferia, eram distinguidos por usarem um bojo vermelho na cabeça, o que propiciava e facilitava sua identificação nas ações discriminatórias.

Desde o inicio do filme, o personagem judeu Shylock é retratado como um indivíduo mesquinho e desprezível. Uma breve cena logo no início do filme, mostra o cristão Antônio cuspindo no rosto de Shylock. De certo modo,cuspir no rosto não é uma violência e sim um ato humilhante, desonroso mesmo que não haja xigamento. Logo em seguida a câmara mostra um homem sendo jogado da ponte e caindo no rio, ao som de gritos de uma multidão enfurecida o que deixa transparecer um linchamento ou “justiça” sendo feita com as próprias mãos. É possível observar no desenrolar da história o conflito entre cristão e judeus caracterizando assim um exemplo de antissemitismo o qual tem uma longa e feia história, a ponto de persistir até mesmo no século 20. Uma vez acesa, a chama do preconceito pode continuar latente por séculos e foi isso que aconteceu com os judeus no inicio do século XX.

Seguindo o raciocínio, no que se refere ao preconceito religioso mostrada no filme, vale ressaltar também como exemplo o fato real de Adolf Hitler que foi capaz de eliminar milhões de judeus, além de negros e ciganos. Impondo assim suas crenças e suas ideias como a única opção entre viver ou morrer.

Indo mais além, é notório que a obra retratada neste filme reflete uma visão do autor onde previu um futuro capitalista, assim como o nascimento do empréstimo cobrado a juros , além disso reflete o fato de que o Poder está associado ao dinheiro . Por outro lado a justiça foi muito bem representado pela personagem Pórcia, como uma justiça que usa máscara, ou seja, uma justiça mascarada e parcial. Nesse contexto, o filme traz uma relação de amor, dinheiro e vingança levados a decisão de um magistrado, onde se observa uma intensa discórdia religiosa e até mesmo um sistema judiciário deficiente onde Pórcia consegue enganar e convencer a todos

Em suma, o livro “O Mercador de Veneza” torna-se um mediador entre a razão e a emoção humana, visto que o autor, em momento algum deixa transparecer sua posição em relação aos conflitos, pois do mesmo modo que mostra a situação de Shylock por ter a lei ao seu lado, traz Antônio, que tem como respaldo o seu direito indisponível, considerando os bons costumes e o fator social. Diante disso, cabe ao leitor assumir seu papel crítico e julgar conforme a extensão de seu conhecimento.

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