O NOSSO KUANZA

OO Banco Nacional de Angola, no âmbito da sua função de Banco central e emissor, após aprovação pela Assembleia Nacional, colocou em circulação dia 18 de Fevereiro, a nova família do Kwanza, num programa que iniciou com a disponibilização à sociedade das moedas metálicas de 50 cêntimos, 1Kz, 5Kz e 10 Kz.

De 22 de Março a Junho serão colocadas as notas de valor facial de 50,100, 200, 500, 1000, 2000 e 5000 Kwanzas.

As novas notas serão introduzidas de modo progressivo e circularão em simultâneo com as notas actuais. As novas notas e moedas metálicas serão disponibilizadas aos cidadãos por via dos bancos comerciais, no acto de levantamento de numerário.

A nova família de notas e moedas do Kwanza, destaca elementos culturais das mais diversas regiões que compõem o País, homenageia os Presidentes de Angola independente, enaltece a paz e tem a riqueza hidrográfica como principal motivo.

Ilustrações das Quedas do Cuemba (Bié), estão estampadas na denominação de 50 Kwanzas, as Quedas do Binga (Kwanza Sul), na nota de 100 Kwanzas, as Quedas de Thiumbue (Lunda-Sul), na nota de 200 Kwanzas, as Quedas do Andulo (Bié), na nota de 500 Kwanzas, as Quedas de Kalandula (Malange), na nota de 1000 Kwanzas, as Quedas do Dande (Bengo), na nota de 2000 Kwanzas e a Barragem de Kapanda (Malange), na nota de 5000 Kwanzas.

A nova família do Kwanza apresenta melhorias significativas em termos de segurança, colocando-a dentro dos actuais padrões internacionais e reforçando o sentido de valorização da moeda nacional.

Discurso do Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, na cerimónia de apresentação da nova família de notas e moedas do Kwanza

Excelências, Sra. Ministra da Cultura, Sra. Ministra do Comércio,

Dra. Maria Eugénia Neto,

Excelências,

Distintos convidados,

Minhas senhoras e meus Senhores,

A 18 de Fevereiro, entram em circulação as novas moedas metálicas.

A emissão de moedas metálicas revela, também, a preocupação do BNA com a manutenção de relações comerciais mais justas. De facto, tendo as moedas um baixo valor monetário, os comerciantes retalhistas ficarão com maiores possibilidades e mais alternativas na definição do preço dos bens, evitando o seu arredondamento para valores sempre mais elevados por ausência de meios de pagamento de menor denominação.

Cada um de nós contribuirá para esse efeito sempre que, ao fazer uma compra, exercer o direito de receber o troco certo.

Depois das moedas metálicas, no dia 22 de Março e ao longo do primeiro semestre de 2013, entram em circulação, progressivamente, as novas notas, incluindo a denominação de 5 mil Kwanzas.

A referência à cedula de 5 mil Kwanzas tem levado a que nos seja colocada a questão da possibilidade de ela contribuir para o aumento da inflação. O Banco Nacional de Angola gostaria de aproveitar esta oportunidade para esclarecer que a introdução de uma nota de maior valor facial não contribui por si só para o aumento dos preços, ou seja, para a inflação.

Do ponto de vista monetário, o fenómeno da inflação não se dá devido ao valor facial das notas, mas sim quando a quantidade total de dinheiro a circular é superior à necessária para as transacções que se efectuam numa economia.

Importa referir que cerca de 70% do valor financeiro do papel-moeda actualmente em circulação, corresponde às denominações de mil e 2 mil Kwanzas, e que, da data de entrada em circulação dessas denominações até aos dias de hoje, a inflação acumulada atingiu cerca de 124%, demonstrando, em termos genéricos, ser hoje necessário o dobro do valor financeiro dessas cédulas para se manter o mesmo poder de compra.

A não regularização dessa situação concorre para que, por efeitos de segurança e fluidez das transacções, sobretudo das de maior valor, outras moedas ganhem espaço de circulação na nossa economia, condicionando-se a acção da autoridade monetária na preservação do valor da moeda nacional, além de se encarecer significativamente a gestão do meio circulante.

A entrada em circulação da cédula de 5 mil Kwanzas não irá aumentar o valor financeiro do papel-moeda em poder do público. Será somente alterada a sua composição, pois a introdução das novas notas, será feita na justa medida do valor das notas da actual família que forem entregues ao Banco Nacional de Angola, ou seja, o valor financeiro das notas a injectar no mercado será igual ao que for recolhido.

Não haverá, por essa via, qualquer influência sobre o saldo da base monetária ou dos meios de pagamento. Haverá, isso sim, uma efectiva economia de recursos públicos destinados à fabricação, armazenagem e circulação das notas, além de um enorme ganho com a sua preservação, o que ajudará no controlo da inflação.

De qualquer modo, deve a sociedade manter-se vigilante a tentativas ou actos especulativos que eventualmente sejam desencadeados por alguns operadores económicos, sob o pretexto de entrada em circulação de novas notas.

As medidas de correcção de deficiências estruturais na economia que o Executivo liderado por Sua Excelência, o Eng. José Eduardo dos Santos, tem vindo a adoptar, conjugadas com uma melhor articulação entre as políticas monetária e fiscal, têm contribuído para que a inflação esteja, de forma consistente, a diminuir. Em 2012 e pela primeira vez, na nossa história económica recente, foi possível manter a inflação a um dígito.

Esse esfoço vai continuar, como se infere do plano nacional de desenvolvimento de médio prazo. A política monetária mantém a estabilidade de preços como o seu objectivo central e os novos membros da família do Kwanza vão contribuir para que assim aconteça.

Não se tratando de uma operação de troca de moeda, as notas actuais permanecerão em circulação e devem ser normalmente aceites nas transacções comerciais e financeiras, até que o Banco Nacional de Angola comunique o fim do seu prazo de validade.

As novas notas estarão em posse dos cidadãos por via da rede bancária e dos estabelecimentos comerciais. Na sede e nas Delegações Regionais do Banco Nacional de Angola manter-se-ão abertos postos para a obtenção de moeda metálica.

A nova família do Kwanza, além de homenagear os primeiros presidentes de