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O PRÉ –NATAL DE GRÁVIDAS NA FASE DA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  21/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  52 Visualizações

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PRÉ –NATAL DE GRÁVIDAS NA FASE DA ADOLESCÊNCIA

A gravidez na adolescência aparecia como fenômeno incompatível com a modelo sociedade ocidental até meados de 2000 e ainda nos dias de hoje, em processo de empobrecimento, com estreito mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, exigente de melhores condições de vida para a população como um todo. Além das limitações culturais que dificultam a ampla educação sexual e informações abrangentes sobre as questões reprodutivas, incluindo planejamento familiar, que nos dias de hoje vem aprimorando no sentido de quebrar certos tabus existentes em nossa sociedade sobre a educação sexual.

É inegável que a gravidez na adolescência nas faixas de renda mais pobres, contribui para a perpetuação de um ciclo de pobreza e carências, e que uma atenção adequada pode minimizá-la, a partir do momento em que desenvolva ações abrangentes e intersetoriais em todos os níveis de atenção à saúde.

 A questão da gravidez na adolescência, principalmente nas menores de 15 anos, é uma preocupação dos profissionais de saúde, pais e educadores. Foram realizados estudos em diferentes países e grupos sociais demonstram que tem havido um aumento da taxa de fecundidade nas adolescentes, em confronto com a diminuição dessas taxas na população geral de baixa renda.

A gravidez na adolescência é uma realidade incontestável e, assim, torna-se urgente e necessário que a sociedade tenha para com a adolescente grávida a atenção mais qualificada possível, promovendo ações básicas integradas para a mãe e a criança, no intuito de evitar transtornos psicossociais e físicos, por parte de nossos governadores e nos Municípios.

Cabe aqui salientar que adolescentes menores de 15 anos têm de cinco a sete vezes mais probabilidade de morrer durante a gravidez e o parto do que as mulheres que estão entre 20 e 24 anos, que são as menos expostas. As meninas menores de 15 anos, que não alcançaram seu pleno desenvolvimento, frequentemente apresentam a pélvis demasiado estreita para permitir a fácil passagem do bebê, podendo sofrer complicações e morrer.

As rápidas mudanças ocorridas no país nas últimas décadas, alteraram radicalmente o perfil da distribuição da população, bem como aspectos sociais e culturais. A forte migração do campo para a cidade fez com que, hoje, cerca de 70% da população resida nas áreas urbanas e suas periferias.

No decorrer do processo migratório, o grupo social, forçosamente, entra em contato com diferentes realidades que exigem novos padrões de comportamento, criando insatisfações e grandes frustrações, principalmente entre os jovens, justamente por estarem em processo de transição e busca de novos valores e para muitas adolescentes que engravidam cedo é motivo de vergonha e acabam não procurando o sistema de saúde para realização do pré – natal, que muitas vezes acontecem praticamente no final da gravidez.

Na unidade que atuo, localizado no bairro Agua Branca, na cidade de Saquarema, um dos bairros considerados de pessoas que possuem baixa renda, tivemos um caso inusitado em que uma adolescente, por motivo de vergonha e de preconceito que poderia sofrer em razão da gravidez precoce, escondia no mato, próximo de sua casa, para que outras pessoas não a visse com a barriga. Quando a nossa unidade teve conhecimento desta adolescente, teve que ser feito um trabalho cauteloso para trazer ela até a unidade, tendo em vista que a mesma já estava com 7 meses de gestação. Aos poucos e com muita cautela, foi realizado o pré-  natal.

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