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O que é Trânsito - Resumo

Por:   •  5/3/2016  •  Resenha  •  2.598 Palavras (11 Páginas)  •  2.441 Visualizações

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

O que é trânsito

Resumo da obra ‘o que é trânsito’ de Eduardo Vasconcelos

Flávia Santos Souza – Transportes e trânsito 2A

04/06/2013


Circulação urbana e trânsito

Inicialmente Eduardo Vasconcelos nos traz uma recapitulação da condição do trânsito em nosso desenvolvimento social. Desde o antigo império de Júlio César já existiam limites para a circulação de veículos com rodas no centro de Roma além de vias de mão única para a circulação dos mesmos. Já em nossa era, por volta de 1600, no México já se encontravam traços de sinalização viária.

Com o advento da invenção do automóvel, aspectos comuns a hoje foram acontecendo. Um repentino aumento no fluxo de automóveis gerou a necessidade de semáforos, que inicialmente apareceram em Londres em 1868. Acidentes se tornavam cada vez mais comuns e o número de mortos e feridos aumentava gradativamente. Assim o trânsito se tornou um problema urbano da nossa época.

O trânsito, segundo Eduardo, é um conjunto de “viagens” que as pessoas fazem diariamente, como da casa para o trabalho, do trabalho para a escola e a volta para casa ao final do dia. O deslocamento é feito pelas calçadas ou vias da cidade aparecendo nas ruas como movimentação geral da população. Estas “viagens” feitas diariamente pela grande massa populacional que necessita de se deslocar se denomina trânsito.

Assim, Vasconcelos propõe que o trânsito vai além de um problema técnico, ele é uma questão social e politica, para entendê-lo é preciso olhar os agentes que estão por traz, como ele se forma e quais são suas necessidades visando sempre a população como principal agente em suas mudanças.

Conflitos na circulação

Para entendermos o que é trânsito Eduardo apresenta dois diferentes conflitos encontrados nele. Primeiro o conflito físico, ou disputa de espaço, podendo ser entre dois veículos ou entre um veiculo e o pedestre. Este diz respeito à impossibilidade física de acomodar simultaneamente no mesmo espaço as atividades dos homens. E o outro é o conflito politico que por sua vez reflete o interesse das pessoas no trânsito além de seus aspectos ligados a suas posições produtivas da cidade.

A fluidez é abordada como sendo uma concessão de ambas as partes, pedestres e motoristas. Cada um deseja uma fluidez maior, porém os pedestres atrapalham o fluxo dos veículos quando deseja cruzar as vias, já os veículos são os empecilhos que atrapalham os pedestres em sua travessia. O mesmo conflito ocorre em uma área residencial, pois os moradores desejam qualidade de vida e esta implica em silêncio, segurança e poucos veículos que não sejam do próprio fluxo interno transitando na área. Entretanto, como os condutores sempre procuram a fluidez isto seria um empecilho a eles. Se as autoridades publicas que zelam pelo trânsito forem de acordo com os interesses dos moradores eles irão proteger a área do “trafego estranho” e ao mesmo tempo prejudicar os motoristas que usam a via somente como um meio para se deslocarem. Ou seja, um vai ter que abrir mão de seu interesse em benefício do outro.

Outro fator importante é a mudança de interesse dos condutores ao longo da viagem. Eles buscam sempre acessibilidade, segurança, qualidade de vida e sobretudo fluidez. O agravante é que não existem exclusivamente “pedestres” ou “condutores” e sim homens em que estão nestas condições, sendo que condições podem mudar. O homem que esta no transporte coletivo sendo seu passageiro pode desembarcar e começar a andar a pé ou ainda pegar seu carro até chegar a seu destino de viagem. Este pode ainda ser um morador de uma área agitada pelo constante fluxo de carros e caminhões. Insatisfeito com suas condições cobra das autoridades uma solução que lhe atenda em todas as condições que ele vivência durante seu dia. O problema é: Será possível atender a todos?

O trânsito passa a ser tratado como uma permanente disputa pelo espaço físico que reflete no uso do tempo e da acessibilidade. Esta disputa se da por pessoas diferentes com interesses diferentes. Ela é de ordem politica e ideológica e depende de como as pessoas se veem perante a sociedade.

Eduardo nos da um exemplo dessa ocorrência em nosso país. Nossos motoristas se veem como prioridade na fluidez do trânsito. Jugam-se com mais direitos que os outros participantes e isto são reflexos de uma sociedade autoritária que não tem consciência sobre os direitos do cidadão que também participa deste fluxo.

Além desse lado autoritário dos condutores Vasconcelos apresenta o lado contrario, no qual os pedestres se submetem a esta autoridade dos motoristas, praticamente aceitando ser um cidadão de segunda classe.

        Posteriormente Vasconcelos nos traz a ideia de movimento, ou melhor, que o trânsito é movimento. Neste contexto temos que para gerar movimento produzimos poluição sonora e os veículos motorizados poluição sonora e atmosférica. Ou seja, o último gera poluição ambiental necessária.

        Em busca de sua otimização, ou seja, aumento da fluidez e da velocidade com que o trafego acontece, podemos ao mesmo tempo em que beneficiamos os motoristas prejudicar os pedestres e moradores da região. Assim, voltamos ao questionamento de atender a todos, a conclusão é a impossibilidade de tal ato no mesmo espaço.

Com a procura de melhorar a fluidez se afeta a segurança e acessibilidade, e a procura de segurança se afeta a fluidez. O que ocorre são as soluções de compromisso, que nada mais são que beneficiar um e posteriormente o outro preservando a segurança e funcionalidade dentro de um limite para ambos, pois a organização do trânsito de uma cidade é sempre muito complexa e não é possível atender a todos os interesses ao mesmo tempo.

Em nossa sociedade capitalista em que o famoso ditado popular que “tempo é dinheiro” é levado a sério temos um reflexo desta ideologia no trânsito. Todos buscam fluidez, ou seja, aumentar a velocidade em que transitam sem interrupções como semáforos ou pontos de parada obrigatória. Contudo o fator que interfere neste sonho de fluidez é a segurança. Sua mediada se da pelo índice de acidentes, que em nossa realidade esta muito longe de zero, que seria o ideal.

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