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Os Custos Logísticos

Por:   •  8/11/2021  •  Resenha  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  77 Visualizações

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trabalho de

participação individual

a

Matriz

Disciplina: Custos Logísticos

Turma:

Nome: Yan Megale Ferreira

ROL escolhida: 1° ROL

resenha crítica sobre a reunião On-line

Na primeira reunião dos alunos cursantes dos pós em logística pela Fundação Getúlio Vargas, fora discutido o módulo I da apostila “Custos Logísticos”, do autor Marcelo Gaudioso.

No módulo I, o autor apresenta as classificações dos custos e aborda conceitos como alavancagem operacional, ponto de equilíbrio, margem de contribuição e margem de segurança.

Primeiramente vale destacar que os custos não devem ser tratados de modo geral, ou seja, em muitas empresas percebe-se que quando o negócio esta em direção a prejuízos ou menores lucros, os gestores adotam o chamado “corte gastos”, decidindo assim procederem com um corte generalizado de por exemplo 4 % em todos os custos da organização.

Porém essa maneira de gerir é incorreta, pois o corte impensante poderá acarretar em uma diminuição do nível de serviço ou até mesmo prejudicar o desempenho das atividades, acarretando em mais aumento de custos.

Isto posto, pode-se definir custos e seus similares. As palavras custos, despesas e gastos são confundidas quanto aos seus significados.

Conforme autor da apostila, custo é o recurso despedido para aquisição de mercadorias para estoque ou para os insumos da fábrica.

Para Luz (2018), as despesas surgem da tentativa de se conseguir receita, como por exemplo o marketing, ligadas então a área administrativa da empresa, enquanto os custos estão ligados a área produtiva.

Os gastos são o conjunto das despesas, custos e dos investimentos despendidos pela empresa.

A partir dessas definições e considerando que existem diversos custos nas empresas, faz-se necessário citar suas principais classificações.

Faria e Costa (2010, pg.60, apud LUZ, 2018, p.15) classificam os custos quanto ao relacionamento com o objeto e quanto ao comportamento diante do volume.

No primeiro caso, os custos são subclassificados entre custo diretos, aqueles relacionados diretamente com o objeto, como as matérias primas, embalagens, e outros que integram a estrutura do objeto; e os custos indiretos, áqueles que não estão diretamente ligados ao objetio, que não se consegue mensurar facilmente, como por exemplo tecnologia utilizada para atender o pedido, material de limpeza, material de escritório, dentre outros.

Quanto aos custos relacionados ao volume, tem-se os custos fixos que são aqueles que não se alteram ou alteram pouco com o aumento ou diminuição do volume, como por exemplo aluguel e conta de internet; e os custos variáveis que são aqueles que sofrem alteração de acordo com a variação do volume, como por exemplo matéria prima, impostos, dentre outros.

Luz (2018) afirma que apesar de fixos, os valores monetários não são fixos, apenas ocorrem periodicamente.

A exemplo, podemos citar o aluguel. Uma empresa tem que pagar o aluguel mensalmente, porém esse aluguel pode variar a médio e longo prazo com algum desconto ou com alguma revisional ou reajuste, ou até mesmo com o aumento de armazéns.

Isto posto, após definir e classificar os custos, será conceituado, a partir de uma análise de uma empresa, na perspectiva dos cálculos do ponto de equilíbrio contábil, margem de segurança, margem de contribuição e alavancagem operacional.

Para exemplificar, fora escolhido a empresa M. Dias Branco S.A. Indústria e Comércio de Alimento.

A M.Dias Branco é uma empresa de alimentos que atua na fabricação, comercialização e distribuição biscoitos, massas, bolos, lanches, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais em todo o Brasil. (MDIASBRANCO, s.d).

Porém, com fins de facilitar a exemplificação, será considerado que a empresa atua apenas no ramo de biscoitos, como o piraquê.

A seguir temos os valores ilustrativos para cálculos:

  • Preço unitário de um biscoito: R$ 20,00
  • Custo Variável unitário: R$ 12,00
  • Custo Fixo da empresa: R$ 1.622.750,00
  • Variação do Lajir de um ano base ao outro: 32,69%
  • Variação da Receita Liquida do mesmo ano base ao outro: 18,82%

De modo a auxiliar os gestores nas tomadas de decisão, alguns cálculos e indicadores são utilizados.

Um dos principais cálculos para subsidir a tomada de decisão do gestor é o cálculo do ponto de equilíbrio contábil.

Conforme Steinmetz (2014), o ponto de equilíbrio “significa o faturamento mínimo que a empresa precisa atingir para não ter prejuízo”. Tal medida também pode ser utilizada para calcular as vendas mínimas necessárias para que a empresa não atinja o prejuízo.

Dessa forma, conforme apostila pode-se chegar ao ponto de equilíbrio pela fórmula:

Ponto de Equilíbrio = custo fixo/ (preco de venda – custo variável)

Isto posto, pode-se calcular o Ponto de Equilíbrio para empresa Mdias:

PE = R$ 1.622.750,00 / (20 – 12) = 202.844 vendas

Observa-se então que a empresa deverá vender 202.844 biscoitos para que a empresa possa remunerar o seu custo fixo.

Ainda levando em consideração a fórmula do ponto de equilíbrio, identifica-se em seu denominador o conceito de Margem de contribuição, que definido por Atkinson (2000, apud STEINMETZ, 2014, p.16), “representa os lucros variáveis da organização, ou seja, considerando o montante total de receitas de uma empresa, a margem de contribuição é a receita total após a dedução das despesas variáveis”.

O conceito de margem de contribuição é sinônimo de lucro bruto, e para a empresa Mdias, considerando que foram feitas 300.000 mil vendas no ano:

Margem de contribuição = Receita Líquida – Despesas Variaveis

                                                             = (300.000 * 20,00) – (300.000 *12,00)

                                                  = 2.400.000, 00

O resultado maior que zero relata ao gestor que as operações são capazes de custear as despesas fixas da empresa.

Outro dado importante é a margem de segurança. Segundo o autor da apostila do curso, essa margem representa o valor de quanto o volume de vendas pode ser reduzido sem que a empresa tenha prejuízo.

Assim sendo, seu cálculo é expresso pela diferença de vendas atuais e o ponto de equilíbrio.

Considerando que a empresa Mdias supracitada tenha feito 300.000 mil vendas de biscoitos e seu ponto de equilíbrio é de 202.844, sua margem de segurança é de 97.156, ou seja, a empresa pode sofrer uma queda de 97.156 biscoitos que ainda não incorrerá em prejuízos.

Por último e não menos importante, tem-se o conceito do grau alavancagem operacional (GAO)

Steinmetz (2014), define o grau alavancagem operacional como a medição da relação entre a receita de vendas e o lucro antes dos juros e do imposto de renda (Lajir).

Dado pela fórmula:

GAO = variação percentual do Lajir/ variação percentual das vendas

Desse modo, para empresa Mdias tem-se:

GAO = 32,69%/18,82% = 1,74

O resultado maior que 1 demonstra que a empresa esta alavancada. Dessa forma, a cada 1% de aumento nas vendas, o lucro operacional ou lajir aumentará em 1,74%. O mesmo acontecerá caso a empresa tenha prejuízo.

Isto posto, vale destacar também que empresas com custos fixos com representatividade percentual em relação a receita maiores que os custos variáveis, tendem a levar a empresa a uma alavancagem operacional maior.

Essa análise da alavancagem deve ser feita conforme o efeito que empresa espera em suas vendas, podendo readequar seus custos para maior ganho operacional.

Portanto, a análise de custo é mais ampla do que simplesmente o corte percentual do custo total da empresa.

Dessa forma, os gestores devem se balisar nos indicadores contábeis e logísticos, bem como levar em consideração o nível de serviço desejado e as perspectivas futuras almejadas para empresa, para poderem otimizar a relação entre receitas e custos.

Referências

LUZ, Charlene Bitencourt Soster. Gerenciamento de custos logísticos [recurso eletrônico] / Charlene Bitencourt Soster Luz, Débora Wobeto, Lúcio José da Silva; [revisão técnica: Felipe Nunes Duarte, Jerson Kitzberger]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018.

MDIASBRANCO. [s.d]. Disponível em < https://mdiasbranco.com.br/empresa/>. Acesso em: 07/07/2021.

STEINMETZ, Edeuzane de F. P. S. Custo e Formação de Preço de Venda / Edeuzane de F. P. S.  Steinmetz – 1. ed. – Brasília: NT Editora, 2014.  96 p. il. ; 21,0 X 29,7 cm

        

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