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Os Paradigmas Da Inclusão

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Por:   •  10/5/2014  •  4.037 Palavras (17 Páginas)  •  1.029 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento de escolas inclusivas que ofereçam serviços a uma grande variedade de alunos requer a articulação de uma política clara e forte de inclusão junto com provisão financeira adequada e a provisão de serviços de apoio necessários. Mudanças nos aspectos da escolarização (currículo, prédios, organização escolar, metodologia, avaliação, recursos humanos, filosofia da escola e atividades extracurriculares, assim como em muitos outros), são necessárias para a atuação de escolas inclusivas bem-sucedidas.

O primeiro aspecto refere-se à adequação da sociedade as necessidades de seus membros para que eles, uma vez nela incluídos, possam desenvolver-se e exercer plenamente a cidadania. Pois desde muito tempo as crianças com necessidades especiais vêm sendo discriminadas, apesar dos avanços tecnológicos e processo da ciência. Este fato interfere na inserção das mesmas junto à sociedade, no que diz respeito à escola.

Apreciar as peculiaridades de cada criança é o segundo aspecto, onde se enfatiza a urgência atender a todos na escola, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de discriminação, o que implica na formação do professor, no projeto pedagógico enfim na construção criando assim uma educação inclusiva, onde não se espera que a criança com necessidade educativa especial se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma possibilitar a inserção das mesmas.

E o terceiro sugere a escola como um todo, na construção de uma nova filosofia educativa, “onde haja equiparação de oportunidades para todos, onde todas as pessoas, incluindo portadoras de deficiência, possam ter acesso a todos os serviços, bens, ambientes construídos e ambientes naturais, em busca da realização de seus sonhos e objetivos." (Sassaki, 1997).

Confiar na educação inclusiva é acreditar no ser humano, que este é capaz de tratar efetivamente a todos dentro dos princípios da igualdade, da solidariedade e da convivência respeitosa entre os indivíduos.

Muitas dessas mudanças requeridas fazem parte de uma reforma mais ampla da educação, e para a promoção de níveis de rendimento escolar superiores por parte de todos os estudantes. A adoção de sistemas mais flexíveis e adaptativos, capazes de levar em consideração as diferentes necessidades das crianças irá contribuir, não só para a inclusão, mas, também para o sucesso inteiro do sistema educacional brasileiro.

2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA – GARANTIA DE ACESSO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA PARA TODOS

No Brasil, atualmente se pode identificar duas correntes na perspectiva da Educação Inclusiva:

- a “proposta de “inclusão” na classe regular, mas admitindo a possibilidade de serviços de apoio” ao atendimento na classe comum e os recursos educacionais especiais paralelos ao ensino regular.

- a proposta de “inclusão total” prevê a colocação de todos os estudantes, independente do grau e tipo de incapacidade, na classe comum do ensino regular, e a eliminação total da Educação Especial.

Tais correntes serão analisadas tendo em mente que a educação inclusiva é a garantia de acesso continuo ao espaço da escola por todos, levando a sociedade a criar relações de acolhimento das diferenças individuais, representando um esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento.

Na perspectiva da Educação Inclusiva, até mesmo a Educação Especial vem sendo repensada como um importante campo de conhecimento e práticas capazes dedar suporte a inclusão escolar dos alunos com de necessidades especiais. A existência de salas de recursos e classes especiais no espaço da escola regular se configura, na perspectiva dos sujeitos da pesquisa, em importantes suportes para o desenvolvimento pedagógico dos alunos com necessidades especiais.

A realidade é igual para todos e forma um todo. A disposição do organismo está em continua relação com o meio no qual está inserido, e onde, a cada momento, surge um segmento de permanente mudança estrutural como reconhecimento da interação resultante do indivíduo com o meio.

Segundo Mantoan (1997):

“A inclusão questiona não somente as políticas e a organização da educação especial e regular, mas também o conceito de mainstreaming”. A noção de inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática. O vocábulo integração é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos já que foram anteriormente excluídos; a meta primordial da inclusão é a de “não deixar ninguém ao exterior do ensino regular, desde o começo”. As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (p. 145).

Por isso, este fato é de extrema importância para que aconteça uma transformação, mudança, ou qualquer outro sinônimo desde que seja de maneira com as quais as pessoas vejam a inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais com uma visão ampla e significativa de valores mais positivos na sociedade.

A educação inclusiva está sendo descrita como uma técnica de educar em conjunto; criando educandos ditos normais com educandos portadores de necessidades especiais um ensino comum para favorecer a todos, uma vez que sentimentos sadios de cooperação e de solidariedade estejam presentes neste processo de direito pleno a cidadania de todos por uma educação constituída e sistemática.

Nesse contexto vale afirmar que a educação ganha papel de destaque, porque se constitui na “mais humana” das práticas.

E com isto Gadotti (1995) ressalta:

“[...] à educação tem importante papel no próprio processo de humanização do homem e de transformação social, embora não se preconize que sozinha, a educação possa transformar a sociedade. Apontando para as possibilidades da educação, a teoria educacional visa à formação do homem integral, os desenvolvimentos de suas potencialidades para tomá-lo sujeito de

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