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PROJETO DE INTERVENÇÃO EM DEPENDENCIA QUIMICA

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Por:   •  3/11/2014  •  4.524 Palavras (19 Páginas)  •  1.318 Visualizações

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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II

Campinas – Campus I

abril/2013

Essa ATPS é para observarmos e refletirmos sobre as influências dos pressupostos filosóficos na História do Serviço Social, e refletir sobre a importância do Movimento de Reconceituação iniciado nos anos 1960.

Etapa um

Essa etapa é importante para que possamos entender a relevância do movimento de Reconceituação para o serviço Social.

No primeiro passo fizemos a leitura do texto indicado: Reconceituação do Serviço Social no Brasil: um movimento em questão de Vicente de Paula Faleiros, que após reflexões elaboramos o seguinte relatório.

O Serviço Social no Brasil teve seu início na Igreja Católica como ação social. As primeiras escolas foram fundadas por grupos cristãos, com predominância de alunas de classe média, que além do preparo buscavam remuneração e satisfação pessoal.

O processo de alicerçamento do Serviço Social desde seu início não foi fácil e consensual. Em sua trajetória houve divergências e transformações, muitas delas vindas do conservadorismo profissional da década de 60, e nas décadas seguintes sofre a influência do movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano, com proposta de uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais baseando-se na lógica do assistencialismo como suporte.

Com a chegada do Serviço Social científico, as escolas e faculdades percebem realmente a necessidade de estudos e capacitação do profissional de assistência social, passa-se a deixar o comportamento de apóstolo para investir na condução de agente de mudança.

O movimento de Reconceitualização do Serviço Social surge em toda a América Latina na década de 30 e segue até a segunda metade da década de 60. Foi criado para confrontar os governos imperialistas e capitalistas e para atender as necessidades de resposta da sociedade. Não houve ruptura com o tradicionalismo do Serviço Social de imediato, mas sim um processo de construção com reflexões sobre a prática profissional.

Com as mudanças políticas econômicas e culturais que ocorreram no Brasil na década de 60, o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados. O movimento de reconceituação ganhou força dentro da categoria profissional, criando vários Seminários e Encontros Regionais.

Na etapa dois estudamos sobre o primeiro Seminário do Movimento de Reconceituação e o Seminário de Metodologia do Serviço Social, realizando a leitura e análise do texto CBCISS. Teorização do Serviço Social: Documento Alto de Boa Vista. Rio de Janeiro páginas 90 a 124, onde discutimos as principais idéias apresentadas no documento para a criação do relatório.

Os Seminários de Araxá (1967), de Teresópolis (1970) e de Sumaré (1978) representaram um marco histórico no Serviço Social, onde os participantes puderam refletir sobre sua base de trabalho e suas práticas. Após o Seminário de Araxá, o CBCISS programou vários outros Encontros Regionais. Esses encontros não tiveram a mesma repercussão que os Seminários de Araxá e Teresópolis, mas também foram muito importantes merecendo a divulgação de seu material.

O documento de Araxá apóia-se sobre a filosofia neotomista, onde os valores básicos são os mais importantes. A referência teórica é o positivismo, sua formação é discursiva. O documento apresenta o Serviço Social como um “modelo conceitual” da época, e um dos seus objetivos era o de estudar a possibilidade de “teorização do Serviço Social”, de identificar os conhecimentos, transformar o saber e encontrar uma base segura e científica dentro do que já existia.

O Documento de Araxá após ser analisado nos encontros regionais foi muito contestado e teve também discordâncias. Gerou reflexões e estudos e foi considerado documento intermediário na formulação do próprio Serviço Social. Nesse documento foram encontras algumas omissões como: a falta de definição exata do que seja o Serviço Social e uma referência ao seu enfoque psicossocial; a falta de identificação do objeto formal e informal do Serviço Social; a falta de referência ao papel da motivação e seu objeto específico, surgindo assim vários questionamentos: 1- “O Serviço Social é Arte ou Ciência?” 2- “ É uma técnica social ou uma prática institucionalizada?”. No início o serviço Social era considerado uma Arte por ser considerado como uma vocação na obra caritativa ou social, mas por falta de fundamentação filosófica não foi possível o definir como tal. Alguns consideraram o Serviço Social com ciência, sendo ciência social aplicada, uma ciência autônoma, uma síntese de diversas ciências psicossociais, outros defendem que não pode ser considerado como ciência porque não cria conhecimentos, mas, utiliza os conhecimentos de outras ciências. O documento de Araxá considera o serviço Social como técnica social porque atua junto ao ser humano, influenciando seu comportamento, enquanto os Encontros Regionais afirmam que o Serviço Social é uma técnica social porque atua com grupos humanos de acordo com as diferentes situações e espaço de tempo. Quanto à prática institucionalizada o Documento de Araxá considera que essa característica é do Serviço Social, pois atua junto a indivíduos com desajustamentos familiares e sociais, o que pode decorrer de estruturas sociais inadequadas. Essa consideração causou questionamentos nos Encontros Regionais.

No Seminário de Teresópolis, um dos seus atos foi a ampla discussão sobre os documentos: A Introdução à Metodologia – Teoria do Diagnóstico e da Intervenção em Serviço Social de Suely Gomes da Costa; Bases Para a Reformulação do Serviço Social de Tecla Machado Soeiro e a Teoria Metodológica do Serviço Social - uma abordagem sistemática de José Lucena Danta. Os participantes desse Seminário foram divididos em grupos A e B para análise e estudo dos documentos citados reunindo-se ao final em plenário para as conclusões dos trabalhos. Não foi feto relatório final desses trabalhos, sendo apenas anexados aos relatórios dos grupos desse Seminário. Originou-se desse Seminário mais sete encontros regionais onde analisaram os relatórios dos grupos A e B, organizando “cadernos didáticos”, devido às dificuldades de análise dos relatórios.

O Seminário de Teresópolis foi muito criticado nos Encontros Regionais

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