TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Patologias em edificações

Relatório de pesquisa: Patologias em edificações. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  349 Visualizações

Página 1 de 6

Madeira armada: criada em 1998 pelos engenheiros calculistas italianos Giovani Cenci e Giovani Noseda Pedraglio. É um sistema que adiciona ferragens “negativas” no topo e na base da viga de madeira laminada tornando-a mais resistente a flexão. Criam-se dois frisos no to pó e na base da viga e adiciona-se a base metálica colocando-a com adesivo epóxi. Funciona basicamente como as vigas de concreto armado, só que com uma estética muito mais aprazível.

Portanto, a madeira é um ótimo material a ser usado como elemento estrutural e alem de ter uma grande resistência possui um estético de uma robustez e elegância incomparável, deixando, assim, a obra que se utiliza dela muito aprazível e confortável.

9.PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES

Desde os primórdios da civilização já era possível observar uma preocupação da sociedade com o desempenho das obras construídas. Em 1700 a.C, o Código de Hamurabi impunha regras básicas para a punição dos responsáveis, caso algum colapso na estrutura viesse a ocorrer. Com tamanha intimidação os riscos de ruína eram praticamente nulos.

As edificações são voltadas ao mercado consumidor, logo, devem atender as exigências do cliente, assim, atendendo um desempenho satisfatório, proporcionando segurança, conforto e bem estar.

Todo o edifício tem um ciclo de vida útil, de acordo com a durabilidade do material empregado na construção, das condições de exposição e uso do mesmo e também da manutenção periódica.

A falta de manutenção de pequenas manifestações patológicas, que teriam baixo custo de recuperação, faz com que evolua para uma situação de possível insegurança estrutural e de alto custo de recuperação.

Certas patogenias causam nas pessoas sensações desagradáveis do tipo: mau cheiro, aspecto desagradável, sensação de insegurança, falta de ar, calor, etc. (UFSM). A seguir apresentam-se alguns tipos de patogenias

LIXIVIAÇÃO

Lixiviação é um processo patológico em que o cimento é dissolvido pela chuva e é carregado para fora da laje. As causas são diversas, podendo ser desde acidez da água da chuva ate certos detergentes aplicado na lavagem do piso. Devido a isso, as placas de revestimento começam a soltar-se. Há também como conseqüência a formação de carbonato, que gruda firme no piso sendo praticamente impossível removê-lo. Veja, a exemplo desse caso, a Figura 16.

FIGURA 16: Lixiviação. (Fonte: EBANATAW).

TRINCAS, RACHADURAS E FISSURAS

São aberturas em forma de linha, classificados de acordo com a espessura, e não quanto ao comprimento:

Fissura: abertura de até 0,5 milímetros;

Trinca: de 0,5 mm a 1 mm;

Rachadura: de 1 a 1,5 mm;

Fenda: superior a 1,5 mm.

Fissura é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta aberturas finas e alongadas na sua superfície. Exemplo: A aplicação de uma argamassa rica em cimento apresentou, após a cura, muitas fissuras em direções aleatórias.

As fissuras são, geralmente, superficiais e não implicam, necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais.

As trincas, em geral, são ocorrências muito comuns nas casas e nos prédios. Surgem em função de muitas causas diferentes. A trinca é o estado que um determinado objeto ou parte dele apresenta-se partido, como demonstrado na Figura 17.

FIGURA 17: Trincas. (Fonte: EBANATAW)

Tem-se como alerta do perigo de descuido de trincas o Edifício Palace II, no Rio de Janeiro, que caiu matando diversas pessoas. Uma semana antes um dos moradores havia solicitado a opinião de um engenheiro e este havia lhe dito que a existência de trincas era normal. Nessa situação pode-se dizer que houve certa falta de profissionalismo do engenheiro quanto a analise feita sobre as condições do prédio.

Há vários fatores que podem levar ao aparecimento de trincas. Os raios solares que incidem diretamente sobre lajes de cobertura, por exemplo, produzem muito calor. Em dias quentes de verão, principalmente em latitudes baixas, isto é, entre a linha do Trópico e a do Equador, a laje da cobertura atinge altas temperaturas, 70ºC ou mais. Isso faz com que a laje dilate, e como ela esta solidamente engastada nas paredes, ao dilatar leva junto parte da parede, surgindo trincas inclinadas nos cantos das paredes, como na Figura 18.

FIGURA 18: Exemplos de trincas a 45º. (Fonte: EBANATAW)

As trincas, por representar a ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança de componentes estruturais de um edifício, de modo que mesmo que seja quase imperceptível deve ter as causas minuciosamente pesquisadas.

Abaixo se apresenta outras causas do aparecimento de trincas:

Retração: A argamassa de revestimento, a tinta e outros materiais que são aplicados úmidos, diminuem de tamanho (retração) ao secar;

Aderência: As pinturas e os revestimentos que precisam ficar bem fixados na parede, por algum motivo, apresentam perda de aderência e começam a descascar;

Dilatação: Os materiais aumentam e diminuem de tamanho em função da variação da temperatura e umidade do meio ambiente;

Muito cimento: A argamassa de revestimento, quando tiver muito cimento sofre uma grande retração e fica toda fissurada;

Amarração: As paredes devem ficar bem “amarradas” na estrutura do prédio;

Trepidação: Elevadores, compressores e mesmo os veículos que trafegam, produzem vibrações que afetam a estrutura do prédio;

Recalque: O excesso de peso, a acomodação do prédio, a fraqueza do material ou do terreno fazem com que a peça se deforme ou afunde;

Capacidade: Por erro de calculo ou por deficiência na hora da confecção, as peças podem ficar fracas;

Mudança de uso: Um prédio que foi projetado para definido uso (exemplo: residencial) estar sendo usado para outros fins (exemplo: comercial);

Vizinhança: Uma construção consideravelmente grande, por exemplo, que altera o fluxo de água subterrânea de uma região;

Erro de projeto: Falha na concepção da estrutura do prédio, tendo algumas partes em desarmonia com o resto.

Colapso de materiais: Materiais desprotegidos, pode-se citar como exemplo trincas decorrentes de Corrosão Galvânica (EBANATAW).

Rachadura é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis. Exemplo:

Pela rachadura da parede entra vento e água da chuva.

Fundação (estacas, alicerces, sapata, broca) são coisas serias. Um pequeno descuido põe toda a construção a perder.

Muitas vezes é feita a construção sobre terreno aterrado sem que a compactação tenha sido executada conforme as boas técnicas de drenagem, compactação e adensamento.

Outras vezes se constrói sobre terreno saturado (cheio de água ou com água rasa) sem que haja uma análise do adensamento que vai ocorrer devido ao peso da casa. Esses processos de adensamentos são muito lentos e podem levar mais de 10 anos e nesse período surgem muitos problemas na construção, levando-a a ruína.

As rachaduras, por proporcionar a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser analisadas caso a caso e serem tratadas antes do seu fechamento.

Há também outros problemas que podem surgir comprometendo uma construção como, por exemplo, a corrosão em armaduras (ferragem), podendo-se citar também a flambagem (fato de o pilar não agüentar os esforços e vir a envergar) como sendo conseqüência da outra (UFSM).

10.CONCLUSÃO

Neste trabalho foram apresentados os elementos básicos de um projeto estrutural, as forças atuantes sobre eles, assim como os materiais estruturais mais coerentes com cada finalidade de projeto. O “esqueleto” de uma obra representa uma fase muito importante para as demais que a seguem, pois um erro de compatibilização estrutural poderá resultar numa construção doentia ou imprópria para os fins previstos.

Para este trabalho, além do auxílio de livros e sites, foi indispensável o auxílio de um profissional na área, que ajudou-nos com a indicação de alguns livros referentes ao assunto, assim como apontou os assuntos em que as dificuldades seriam maiores.

11.REFERÊNCIAS

ARQUITETURA DO FERRO, Histórico. Disponível em: <http://arquiteturadoferro.blogspot.com/2008_10_27_archive.html> Acesso em: Abril de 2010.

BOTELHO, Manoel H. C. Concreto Armado Eu Te Amo. 2ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher, 1998.

CESEC, Centro de Estudos de Engenharia Civil, Desenho Estrutural de Concreto Armado. Disponível em: <http://www.cesec.ufpr.br/~tc407/01/aulas/16.html> Acesso em: Abril de 2010.

EBANATAW, Patologias e Outros Problemas. Disponível em: <http://www.ebanataw.com.br/roberto/index.php> Acesso em: Abril de 2010.

FEC, Faculdade de Engenharia Civil. Vetor-Ativo. Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~fam/novaes/public_html/iniciacao/sistemas/vetor.htm> Acesso em: Abril de 2010.

GERDAU, Produção do Aço. Disponível em: <http://www.gerdau.com/produtos-e-servicos/processo-de-producao-do-aco.aspx?language=pt-BR> Acesso em: Abril de 2010.

MUBE, Museu Brasileiro da Escultura. Viga Vierendeel. Disponível em: <http://www.macamp.com.br/variedades/Mube.htm> Acesso em: Abril de 2010.

Rebello, Y. C. P. A Concepção Estrutural e a Arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2000.

REBELLO, Y. C. P. Bases Para Projetos Estruturais. 2ª Edição. São Paulo: Zigurate, 2008

Shodek, D. Structures, 2nd ed. Prentice Hall, Inc., New Jersey, 1992.

UFSM, Universidade Federal de Santa Maria, Patologias. Disponível em: <http://www.ufsm.br/engcivil/TCC/2008/II_Semestre/19_Juliana_P_Antoniazzi.pdf> Acesso em: Abril de 2010.

UFV, Universidade Federal de Viçosa, Estruturas Usuais das Construções – Parte II. Viçosa, Minas Gerais. Disponível em: <www.ufv.br/Dec/EngCivil/Disciplinas/civ352/cap04-r3.pdf> Acesso em: Abril de 2010.

VIDEO LIVRARIA, Estruturas. Disponível em: <www2.videolivraria.com.br/pdfs/7632.pdf> Acesso em: Abril de 2010.

WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Pilar.Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Banana#Cultura> Acesso em: Abril de 2010.

...

Baixar como  txt (10 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »