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Pedagogia Inclusão

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Por:   •  12/6/2013  •  2.332 Palavras (10 Páginas)  •  763 Visualizações

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INCLUSÃO E CORPOREIDADE NO COTIDIANO DA PRÁTICA DOCENTE

Os principais pontos históricos com relação à inclusão escolar são os seguintes,

que até o século V, não havia qualquer meio de educação em relação às pessoas com deficiência, tanto física, quanto mental, quanto audiovisual, sendo estas pessoas levadas ao abandono, e até mesmo ao Extermínio, não tendo nenhum valor social.

Segundo Misés, citado por Stobaus e Mosquera, em um manuscrito de governantes espartanos:

Nós matamos os cães danados e touros ferozes, degolamos ovelhas doentes, asfixiamos os recém-nascidos mal constituídos; mesmo as crianças se forem débeis ou anormais, nós as afogamos, não se trata de ódio, mas da razão que nos convida a separar das partes sãs aquelas que podem corrompê-las.

O extermínio começa a ser discutido, na Idade Média, com a interferência da Igreja Católica e o Cristianismo, lutando pelo reconhecimento de que todas as pessoas são criaturas de Deus. Estas pessoas então passam a ter, pela primeira vez, atenção da sociedade. Mesmo com diferenças, dizendo-se que pessoas com deficiência eram castigos divinos.

Segundo Pessoti, citado por Brasil, em documentos da época “O homem é o próprio mal, quando lhe faleça a razão ou lhe falte à graça celeste a iluminar-lhe o intelecto: assim, dementes são em essência, seres diabólicos”.

Surgiram então as primeiras iniciativas de proteção, com a criação de asilos e abrigos, onde se precisavam receber doações para serem mantidas e prestar assistência, as pessoas com deficiências, sendo feito um ato de caridade.

No século XVI, então surge um período chamado de Segregação, onde as pessoas com deficiência eram isoladas em asilos, porque não se encaixavam nos padrões de normalidade, sendo eles os leprosos, os paralíticos, os doentes mentais e doentes venéreos. É

ai então que a igreja resolve dividir essa questão com a medicina.

Nesta época, surge a Revolução Burguesa, que com ela a igreja perde todo o seu poder. Com a monarquia surgem os trabalhos assalariados nas indústrias. A medicina, nesta mesma época, se desenvolve e ganha força, conseguindo explicações para as deficiências como causas naturais e não mais espirituais.

A partir do século XVI, não tiveram muitas mudanças. Sendo chamada a atenção, segundo Bueno, onde o atendimento era feito somente para as pessoas cegas e surdas, pois demonstravam maiores possibilidades na industrialização que crescia a cada instante.

Nos século XVIII e XIX, foram criadas centenas de instituições, sendo elas européias. Elas funcionavam: como asilos, pois abrigavam e alimentavam as pessoas; como escolas, pois se ensinavam noções básicas de leitura, escrita e cálculo; e como oficinas de produção, onde as pessoas com deficiência executavam mão de obra barata.

Neste mesmo período, foram criadas no Brasil as duas primeiras instituições, parecidas com as Européias e que existem até os dias de hoje, no Rio de Janeiro, são elas: Instituto Benjamin Constant – IBC (1854) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES (1857).

Em 1800, surge o precursor da Educação Especial, o médico francês Jean Itard que não descansou enquanto, educava um menino encontrado na floresta. Qual recebeu o nome de Victor de Aveyron. Mas não obteve muito sucesso, pois Victor pouco aprendeu. E Jean Itard se tornou o precursor da educação especial, por seu método de ensino e treinamentos. Seguiu-se também alguns tratamentos, por outro médico que merece destaque, o francês Philippe Pinel, que em estudo sobre a mente humana, adquiriu maior conhecimento

sobre as doenças mentais. Esse tipo de tratamento era muito agressivo, com correntes, eletro choques e outros tipos de meios para dominar os pacientes, e foi humanizado por Pinel.

Mas foi no século XX, que se mudou o pensamento sobre o atendimento sobre as pessoas com deficiência. E foi nesta fase que se destacou a contribuição da psicologia sobre os estudos em relação à mente humana, onde se descobriu a diferença entre a deficiência mental, que interfere no desenvolvimento intelectual das pessoas e doença mental que é a presença de distúrbios, que interferem no comportamento social das pessoas.

Um fato importante para o atendimento destas pessoas aconteceu no final da Segunda Guerra Mundial, onde muitos foram mutilados, que queriam ingressar as escolas e eram proibidos. Houve então, uma manifestação da população em favor de todas as pessoas excluídas, inclusive por cor de pele, pela raça, marginalização, classe social baixa, entre outras. E teve, no mundo todo um fortalecimento sobre a inclusão das pessoas com deficiência. Em 1960, é que se reivindicam o direito de acesso as escolas regulares a todas as crianças. Esse processo chega ao Brasil em 1980, sendo chamado de Integração.

Com a integração nem todas as pessoas com deficiência teriam o direito de estudar em escolas regulares, sendo levadas às escolas especiais, para reabilitação de deficiências audiovisuais, deficiências físicas e outras.

Na década de 1990, houve o movimento para a Inclusão, fazendo com que todas essas pessoas fossem incluídas em uma escola regular, independentemente de classe social, raça, condições físicas emocionais e outras. Mas sabemos que não é bem assim, muitos são os preconceitos da população em geral e

um pouco da má formação de profissionais.

As escolas regulares não estão adaptadas para estas crianças. Elas têm que preparar a sua estrutura física e pedagógica, então sim se poderá fazer completamente a inclusão. Assim tanto as crianças com necessidades especiais se desenvolvem, quanto o restante do grupo tem também maior adaptação, tornando mais fácil acabar com as barreiras do preconceito.

As crianças com necessidades especiais deverão ter um acompanhamento dentro da escola. E para isso, as escolas devem ter salas equipadas com materiais e/ou equipamentos tecnológicos para deficientes audiovisuais, interprete, atendimento psicológico tanto escolar como domiciliar, somente deverão ser encaminhadas a instituições especializadas as crianças que realmente não conseguirem acompanhar a classe normal, sendo encaminhadas a um tratamento individualizado, mas com todo o direito a educação, inclusive em casos de internação hospitalar. Todas as pessoas têm o seu valor, sendo elas deficientes ou não, temos que ter

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