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Por:   •  19/4/2014  •  7.894 Palavras (32 Páginas)  •  277 Visualizações

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DESENHO E ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE PACOTES

DE TURISMO DE LAZER PARA O NORDESTE BRASILEIRO

RESUMO - Este trabalho teve por objetivo caracterizar, descrever e analisar de forma crítica a cadeia produtiva de suprimentos para pacotes de turismo, estruturados para as classes A e B, cujo destino seja o Nordeste Brasileiro. Partindo de entrevistas com executivos das empresas participantes da cadeia analisou-se e verificou-se a aplicabilidade do desenho proposto, o qual foi validado pelos entrevistados. Percebeu-se que a cadeia de suprimentos não está exaurida no prestador do serviço em si para o turista, mas cada uma das organizações está também inserida em outras cadeias nas quais, acabam por desempenhar o papel de compradores ou fornecedores.

1. INTRODUÇÃO

A indústria do turismo é composta pelo conjunto de prestadores de serviços de determinado destino que atendam às variadas demandas dos turistas. E ainda, também por todo o conjunto de empresas responsáveis pelo transporte, alojamento e serviços que possibilitam a estada dos turistas na suas cidades destino, Swarbrooke (1992) e Kotler (2002).

O turismo constitui-se na atividade que apresenta os maiores índices de crescimento no contexto econômico mundial, movimentando cerca de US$ 3,5 trilhões / ano. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT) no ano de 2003, a atividade turística criaria em média 745 empregos por dia no mundo, com previsão para que ocupasse 348 milhões de pessoas até o final do ano de 2005, e participasse em 10,7% dos investimentos mundiais.

Em relação ao mercado brasileiro, segundo dados da Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR, 2006) o país possuía apenas 0,3% do mercado mundial nesse ano, o que representava algo em torno de 2 milhões de turistas por ano. De acordo com DiSerio, Maia e Pereira (2001) seguindo as estatísticas oficiais apresentadas pela OMT, o Brasil, apresentava um crescimento da ordem de 34% em termos de turismo externo. O número de passageiros desembarcados em aeroportos nacionais dobrou de 13 milhões em 1994 para 26 milhões em 1998; e, as receitas diretas com o turismo interno foram de US$ 13,2 bilhões.

Este trabalho teve o objetivo de desenhar ou mapear a cadeia Cadeia de Suprimentos de Pacotes de Turismo de Lazer para o Nordeste Brasileiro e avaliar as respectivas relações interorganizacionais estabelecidas entre os participantes da cadeia. Como objetivos especificou buscou-se verificar de que forma está estruturada a cadeia de suprimentos do turismo de lazer de pacotes, para as classes A & B, e cujo destino de viagem seja o Nordeste brasileiro. Assim procurou-se verificar se um desenho do mapa dessa cadeia de suprimentos está condizente tanto com o que prega a teoria, quanto com aquilo que os participantes (elos) dessa visualizam.

2. CADEIAS DE SUPRIMENROS

2.1. Mapeamento e Gestão da Cadeia de Suprimentos

Para DiSerio e Santos (2005), a gestão da cadeia de suprimentos pode ser definida como sendo o gerenciamento de toda a gama de organizações, as quais se relacionam com fornecedores e clientes, bem como dos distintos processos e atividades que geram valor na forma de serviços, produtos e informações, conciliando níveis adequados de serviço para o mercado, o qual por sua vez, se encontra em constante evolução, influenciando a lucratividade da cadeia como um todo. Para esses autores, essa gestão não apenas viabiliza a disponibilização de produtos e serviços aos clientes ou usuários finais desses, mas possibilita o equilíbrio eficiente de toda a cadeia, o que é condição fundamental para uma distribuição eficiente.

O mapeamento (desenho) da cadeia de suprimentos é definido por Fine (1998) de forma análoga ao mapeamento do genoma humano, para que uma empresa consiga compreender a cadeia de capacidades e suprimentos, na qual está envolvida, ele deve iniciar com um mapa, o qual identifica todas as organizações envolvidas no rol das atividades dessa empresa - objeto de análise – bem como os subsistemas proporcionados por essas companhias, e a capacidade e contribuições que elas trazem para a proposição de valor; e, ainda, a contribuição tecnológica de cada uma delas para o produto ou serviço final da empresa. Através deste, para o autor, não apenas se consegue fazer a identificação dos pontos fracos, como também e principalmente descobrir as oportunidades a serem exploradas.

Para Bertaglia (2003) a demanda deve ser o ponto de partida para o plano de abastecimento. Esse tem por objetivo identificar quais são as ações necessárias para que a cadeia como um todo não tenha falha ou apresente falta de materiais necessários à satisfação desta demanda.

Fine (1998) propõe que, ao se fazer o mapeamento da cadeia de suprimentos, podemos trabalhar com múltiplas cadeias distintas atuando de forma simultânea e complementar. Neste contexto, projetamos mapas distintos, cada um com referência a uma determinada área. O primeiro é o mapa das capacidades às condições e possibilidades de cada um dos elementos participantes da cadeia como um todo; o segundo é o mapa das tecnologias envolvidas onde são explicitadas as competências tecnológicas de cada um dos participantes; e ainda o mapa das empresas envolvidas na cadeia, o qual explicita quais as organizações que estão interagindo nessa cadeia.

Slack, Chambers e Johnston (2002) entendem a expressão rede de suprimentos como determinação de todas as unidades de negócios que se encontram conectadas a fim de prover os suprimentos de bens e serviços até os clientes finais. Para eles: a gestão de rede de suprimentos é a gestão da interconexão das empresas que se relacionam por meio de ligação à montante e à jusante entre os diferentes processos que produzem valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final.

Quadro 1 - Evolução da Transformação dos Consumidores

Fonte: PRAHALAD e RAMASWAMY, 2000

Em função dessas transformações como o avanço tecnológico e a globalização, as organizações não apenas precisam perceber cada vez mais rapidamente as mudanças em seus ambientes, mas ter condições e capacidade de a elas reagir, e na medida em isto for possível, se antecipar a tais mudanças. Prahalad e Ramaswamy (2000) confirmam a necessidade do desenvolvimento de processos dinâmicos de suprimentos, principalmente após o advento da Internet, quando os consumidores tiveram a possibilidade de se comunicar diretamente com os fabricantes de produtos e com os prestadores

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