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Por que conservar ecossistemas marinhos?

Por:   •  9/12/2020  •  Resenha  •  893 Palavras (4 Páginas)  •  114 Visualizações

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Para a humanidade, os oceanos sempre foram fundamentais, desde o início das colonizações de novas áreas e continentes até o desenvolvimento das grandes cidades. A Zona Costeira, devido ao sua alta densidade populacional, é atualmente caracterizada como uma região de degradação e fragilidade, cujos habitats litorâneos sofrem pressões constantes e, requerem, com urgência, a adoção de estratégias integradas de manejo para enfrentar problemas cada vez mais complexos. Identificada como área crítica, a região costeira apresenta ecossistemas diversos (dunas, estuários, manguezais, pântanos, brejos, lagunas, planícies de maré e recifes) que convivem lado a lado com o exercício de atividades industriais, comerciais, produção de alimentos, recreação e turismo. Mesmo sendo característicos de paisagens costeiras, esses habitats possuem via de mão dupla de influência em relação aos oceanos, tomando proporções de importância da conservação ainda maiores quando lembramos que os oceanos são um dos maiores reguladores ecossistêmicos do planeta, tanto marinhos, quanto terrestres.

Isso se deve ao fato de que os mares e oceanos cobrem 70% do planeta e são 90% da biosfera, que é o conjunto de todas as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir vida. Essa vida nos mares e oceanos, assim como os processos ambientais geológicos e físicos têm grande complexidade, principalmente por causa do elemento água, que possibilita maior conectividade nas três dimensões espaciais. O Atlântico Sul, especificamente, é essencial para a regulação do clima brasileiro e global, além de ser importante fonte de renda para boa parte da população brasileira, pois cerca de 80% da nossa população vive a até 200 quilômetros do mar.

Um exemplo dessa presença populacional na região costeira é a influencia degradante nas restingas e nas praias, que estão distribuídas por todo litoral brasileiro, abrangendo mais de 5.000 km, fragmentadas, ocupando quase 79% da costa brasileira e sofreram alto índice de desmatamento. Elas surgiram há milhares de anos, com o recuo do mar e, ainda hoje, estão sob um dinâmico processo transformação. Sua estrutura possui diferentes formações vegetais que se diferenciam pela composição do solo e pela influência das ações das marés. Essas formações são as praias arenosas, vegetação herbácea arbustiva, arbórea inundável e mata seca, fazendo com que os animais presentes nesse habitat sofressem adaptações para suportar os fatores físico-químicos como alta salinidade e fortes ventos. Os animais possuem importância fundamental na manutenção das diferentes formações vegetais por serem os principais polinizadores e dispersores de sementes. A retirada ou introdução de espécies vegetais da restinga pode gerar impactos irreversíveis na estrutura e na dinâmica dessas formações.

Outro ecossistema muito recorrente no Brasil é o Costão Rochoso, formado principalmente por espécies marinhas, bastante resistentes que tem adaptações especiais para sobreviver por longos períodos diários fora da água, principalmente devido a variação de maré, fazendo com que os organismos se distribuam de acordo com a sua resistência, sendo essa distribuição denominada zonação. Alguns invertebrados presentes nesse ecossistema são bastante apreciados como alimento e fundamentais para diversas comunidades tradicionais, como mariscos, mexilhões e caranguejos.

Nas áreas de transição entre rio e mar, ocorre outro ecossistema muito importante, englobando os manguezais e estuários. Essa característica transicional faz com que as espécies também possuam adaptações, principalmente devido a variação de salinidade. É uma região que sofre diretamente com os impactos antrópicos,

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