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Por:   •  20/3/2015  •  6.649 Palavras (27 Páginas)  •  312 Visualizações

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UMA PEQUENA VISÃO DE GRAMÁTICA HISTÓRICA

A Gramática Histórica explica as transformações por que uma língua passou, desde sua origem, seu período de formação e sua evolução através do espaço e do tempo. Essas transformações obedeceram a tendências naturais e a hábitos fonéticos espontâneos. A constância e regularidade que se observam em tais transformações possibilitaram ao gramático formular-lhes os princípios e leis. A Gramática Histórica estuda justamente essas leis e princípios.

A Gramática Histórica divide-se em Lexiologia e Sintaxe. A Sintaxe trata das palavras relacionadas umas com as outras na frase e a Lexiologia estuda a palavra isoladamente podendo considerar o material sonoro – Fonologia – ou a forma das palavras – Morfologia - .

LINGUAGEM

É um conjunto de sinais usados pelas pessoas para comunicar idéias e pensamentos. Darwin afirmava que a linguagem articulada pertence especialmente ao homem, embora, assim como outros animais ele possa exprimir as suas intenções através de gritos inarticulados, por gestos e por movimentos dos músculos da face. O aparelho fonador humano apresenta a complexidade exigida para a emissão de uma variedade extraordinária de sons, possibilitando o pensamento.

A Linguagem pode ser natural ou artificial. Natural: gritos instintivos, movimentos espontâneos do corpo. Artificial: conjunto ordenado de palavras faladas e escritas.

A NOSSA LÍNGUA

PORTUGUÊS: é uma língua românica pois conserva vestígios indeléveis de sua filiação ao latim no vocabulário, morfologia e sintaxe.

A língua portuguesa proveio do latim vulgar que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao ocidente da Península Ibérica. Há quem afirme que o Português é o próprio Latim modificado. O desenvolvimento do nosso idioma está intimamente ligado a fatos que pertencem a história geral da Península .

ORIGEM DO ALFABETO

A palavra ALFABETO é a justaposição das duas primeiras letras gregas: ALFA e BETA. A origem do alfabeto remonta à escritura hierática, que era a forma cursiva dos hieróglifos usada pelos sacerdotes egípcios. Provavelmente foi com eles que os fenícios aprenderam a arte de escrever introduzindo-a mais tarde nas colônias que estabeleceram na Grécia.

O alfabeto fenício não possuía vogais, portanto, era difícil a compreensão de um texto. Os gregos, então, introduziram as vogais. Foram dos gregos, também, a idéia de escrever da esquerda para a direita (contrário aos semitas).

CONHECIMENTO DE MUNDO E GRAMÁTICA: CLASSES E CATEGORIAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Embora exista a divisão tradicional entre fonologia, morfologia, sintaxe e semântica, também é fato conhecido que os indivíduos interagem por meio de signos-textos e não por fonemas, morfemas, estruturas e construções sintáticas ou palavras isoladas. Assim, a análise aqui sugerida focaliza elementos constituintes do plano mórfico do sistema lingüístico da perspectiva de seu comportamento na tessitura textual.

Morfologia

A morfologia é a parte da gramática que se ocupa do estudo (sincrônico) das formas lingüísticas portadoras de significado - morfemas lexicais (radicais), morfemas flexionais (desinências indicadoras das categorias de gênero, número, pessoa, tempo, modo e grau – quando concebido como flexão), morfemas temáticos (vogais) e morfemas derivacionais (prefixos e sufixos formadores de palavras) - bem como dos processos de formação de palavras – derivação (prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, imprópria, regressiva) e composição (por justaposição e por aglutinação) e da classificação das palavras (enquadramento em dez classes: substantivos, artigos, adjetivos, verbos, advérbios, pronomes, numerais, conjunções, preposições, interjeições).

Uma análise mórfica compreenderia a depreensão dos morfemas (unidades mínimas significativas), sua classificação como lexicais, flexionais ou derivacionais, o enquadramento das palavras em classes, sem situá-las num contexto, revelando-se, pois, como um trabalho que contribuiria para uma descrição mecânica de formas, mas que não surgiria como algo significante para o aluno.

Assim, torna-se necessário que, à análise do plano mórfico, sejam acrescentados subsídios sintáticos – as funções, as relações, a colocação – e semânticos, a fim de que se constate o comportamento e a funcionalidade das formas no contexto (lingüístico e situacional) em que se insere, bem como os sentidos que pode assumir no processo de interação pela linguagem.

Ensino de gramática: do plano mórfico ao texto

A análise gramatical deve ser paralela à análise do mundo: o homem capta o mundo natural por meio dos sentidos e, por meio de um código (verbal ou não verbal), representa-o, construindo, assim, seu mundo referencial.(cf. FRANCHI, 1988)

No universo em que estamos inseridos, há SERES que possuem “substância” (concreta ou não concreta), os quais recebem nomes (o que é isto?) e, na gramática, aparecem como SUBSTANTIVOS. Esses seres assumem PROPRIEDADES – CARACTERÍSTICAS ou ACESSÓRIAS, IMANENTES ou TRANSITÓRIAS, POSITIVAS ou NEGATIVAS (como são? Quais as semelhanças e diferenças entre eles?); na gramática, há ADJETIVOS. Esses mesmos seres envolvem-se em AÇÕES, ACONTECIMENTOS, PAIXÕES, PROCESSOS (o que fazem? o que acontece com eles? como agem?); na gramática, há os VERBOS. Os processos ocorrem em determinadas CIRCUNSTÂNCIAS; na gramática, há ADVÉRBIOS (quando? onde? como? com quem? por quê? para quê? etc.). Os seres surgem para o homem como UNIDADES CONTÁVEIS, DISCRETAS, ou CONJUNTOS DE UNIDADES, ou NUMA DETERMINADA ORDEM (quantos? em que ordem?); na gramática, há NUMERAIS. No processo de comunicação, há, necessariamente, um EU e um TU, além de um ELE a respeito de que se fala; na gramática, há PRONOMES PESSOAIS, que permitem a substituição desses nomes para evitar repetições e promovem a “economia lingüística”, além de identificarem seres que se situam numa condição superior ou inferior em relação ao sujeito que fala ou escreve (PRONOMES DE TRATAMENTO). Essas unidades ou conjuntos podem surgir como indefinidos, próximos ou distantes dos sujeitos envolvidos com elas, como pertencentes aos seres; na gramática, há PRONOMES INDEFINIDOS, DEMONSTRATIVOS, POSSESSIVOS.

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