Projeto Alimentação Em Autoestradas

PROJETO ALIMENTAÇÃO EM AUTOESTRADAS

INTRODUÇÃO

1.1. Alimentação fora do lar

Nos últimos anos, tem ocorrido um aumento substancial das refeições consumidas fora do lar e na quantidade de serviços de alimentação disponíveis, além de uma maior variedade de alimentos oferecidos nestes locais (MAESTRO, 2007).

Segundo Silva apud Maestro (2007), a maior participação da mulher no mercado de trabalho, o crescente desenvolvimento tecnológico e a intensificação do comércio, são alguns dos fatores que vem contribuindo decisivamente para as mudanças nos padrões alimentares e nutricionais da população brasileira.

No Brasil, em média, nas grandes cidades a população gasta 24% das despesas alimentares em consumo fora do domicílio, de acordo com a recente Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A tendência é que essa proporção aumente com o desenvolvimento econômico do país. Em países com renda elevada, como os Estados Unidos, por exemplo, se gasta fora de casa 46,2% das despesas alimentares. Na verdade, no Brasil, já vem se observando uma taxa bem mais expressiva do crescimento do setor de serviços de alimentação, isto é, de 121,1% no período de 1995 a 2002, do que do varejo alimentício que foi de 60,2% no mesmo período, segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (SALAY, 2005).

A refeição fora de casa deixou de ser uma opção de lazer e passou a ser uma questão de necessidade. É uma tendência inserida dentro do que se pode chamar de terceirização dos serviços familiares, acompanhada pelo surgimento de outros serviços como venda de comida congelada, entrega de pizzas a domicílio e lavanderias rápidas. São serviços que surgiram recentemente e que, tradicionalmente, dentro do lar, eram executados pelas mulheres (REBELATO, 1997).

1.2. Alimentação em auto-estradas

De acordo com o site Estradas, o cansaço é responsável por 20% dos acidentes nas estradas e 30% das vitimas fatais. Por isso é aconselhável uma parada de pelo menos 20 minutos a cada duas horas de viagem para poder recuperar os reflexos, relaxar, tirar um cochilo ou fazer um lanche (ESTRADAS, 2010).

Quando se está dirigindo por uma das rodovias que cortam o estado, saber que a alguns quilômetros encontra-se um posto de gasolina com banheiros limpos, lojinhas bem equipadas e uma comida no mínimo razoável são um alívio e tanto. Mas muitos desses oásis à beira da estrada oferecem bem mais do que isso. Muitos deles têm minishoppings, revistarias, cibercafés, adegas e restaurantes que, muitas vezes, não ficam a dever aos da capital.

Algumas características como infra-estrutura, atendimento e localização são pontos importantes para selecionar a parada. Ao acrescentar diferenciais, esses locais ganham preferências e maior comodidade para o viajante. Muitos desses adicionais já viraram características imprescindíveis para o local, e outros como um grande diferencial. Abaixo segue uma lista com algumas opções encontradas nessas paradas e que completam a viagem.

• Posto de combustível;

• Hotel;

• Restaurante;

• Mecânico;

• Lanchonete;

• Borracheiro;

• Loja de conveniência;

• Eletricista;

• Telefone público;

• Caixa eletrônico.

A seguir, são apresentadas seis opções que tem sido bastante recomendadas para paradas em algumas rodovias brasileiras (VEJA, 2005).

• Castelo Branco Km 53

Graal Tigrão (24h)

A decoração no estilo country destoa do que normalmente se vê em um posto à beira da estrada. As tradicionais vitrines de salgados estão ali. Mas são os caprichados cardápios dos dois restaurantes que surpreendem o viajante.

Diferencial: o Rancho 53, especializado em comida portuguesa.

Restaurante: o bacalhau com batatas ao murro (120 reais para duas pessoas) e as mais de dez variedades de doces típicos, como os pastéis de belém e de santa clara (2,90 reais cada um), são as boas pedidas do lugar. A adega conta com 250 rótulos de vinho. No Graal Tigrão, o outro restaurante, há surpresas no bufê (20,90 reais o quilo), como um marreco recheado servido com purê de abacaxi e repolho roxo adocicado.

Lanchonete: self-service de salgados, sanduíches quentes e frios, donuts e produtos da Casa do Pão de Queijo.

Compras: artigos importados de Portugal, revistaria, utensílios para cozinha e artesanato de cobre.

Vagas no estacionamento: 90.

• Castelo Branco Km 72

Road Shopping

Quer uma parada rápida? Esqueça. Leva tempo cruzar esse shopping, que tem 10 000 metros quadrados de área construída. É bom para fazer compras (são 52 lojas) ou almoçar sem pressa.

Diferencial: o supermercado da rede Dia é providencial para quem quer abastecer o sítio ou se preparar para um churrasco.

Restaurante: são três opções. O Mineiro, de comida mineira; Frango Assado, com várias combinações de pratos e lanches; e Vero!, de massas e grelhados, o mais charmoso deles. Neste último, experimente o virado à paulista (17,60 reais).

Lanchonete: destaque para a franquia do McDonald's.

Compras: artigos para decoração, móveis asiáticos, calçados, malhas, bebidas e perfumes.

Vagas no estacionamento: 480.

• Ayrton Senna Km 37

BG Norte (24h)

Diferentemente das megaparadas, onde o destaque são as franquias, no BG quase tudo é feito ali. O local