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QUALIDADE DE VIDA REGIÃO SUL

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Por:   •  5/12/2013  •  2.151 Palavras (9 Páginas)  •  1.032 Visualizações

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Qualidade de vida é o método usado para medir as condições de vida de um ser humano. Esse método envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, relacionamentos sociais, como família e amigos e também saúde, educação e outras circunstâncias da vida.

O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano é um modo de medir a qualidade de vida nos países, comparando riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores, é uma maneira de avaliação e medida do bem-estar de uma população.

Qualidade de vida foi um conceito criado pelo economista J.K. Galbraith, em 1958, que veicula uma visão diferente das prioridades e efeitos dos objetivos econômicos de tipo quantitativo. De acordo com este conceito, as metas político-econômicas e sociais não deveriam ser perspetivadas tanto em termos de crescimento econômico quantitativo e de crescimento material do nível de vida, mas sim de melhoria em termos qualitativos das condições de vida dos homens. Isso só seria possível através de um melhor desenvolvimento de infraestrutura social, ligado à supressão das disparidades, tanto regionais como sociais, à defesa e conservação do meio ambiente, etc.

Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados, uma vez que a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade tenha saúde. Mas, não significa apenas saúde física e mental, mas sim que essas pessoas estejam bem consigo mesmo, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio.

PERSPECTIVA BIOLÓGICA DA QUALIDADE DE VIDA

A qualidade de vida é frequentemente associada à saúde, relativamente a determinadas patologias ou intervenções, de forma a indicar os efeitos que determinada medicação ou tratamento tem sobre a qualidade de vida dos pacientes a ele sujeitos, o que pressupõe um estudo prévio do seu nível de qualidade de vida, para ver se haverá ou não alterações. No caso de surgirem variações nasaúde do indivíduo e na sua qualidade de vida, torna-se oportuno investigar as causas subjacentes, sejam elas o prognóstico da doença, a sua intensidade, etc.

Pode dizer-se então que numa perspectiva biológica a qualidade de vida assenta na noção real que a pessoa tem da sua condição física, da capacidade para realizar as actividades do quotidiano que fazia anteriormente à doença sem qualquer dificuldade, sendo que esta deve corresponder à realidade vivida pela pessoa.

Tal como existem diversas tentativas de definir qualidade de vida, também existem muitas definições de saúde, entre as quais a da OMS, que em 1947 definiu saúde como um “estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente numa ausência de doença ou de enfermidade.”, definição que não é aceite por alguns autores devido à impossibilidade de ser atingida e também por ser uma perspectiva desactualizada. Marco Segre e Flávio Ferraz, por exemplo, em 1997, afirmaram que a saúde não seria apenas ausência de doença, mas um bem-estar geral mesmo perante as adversidades da vida.

Ao debruçarmo-nos sobre a qualidade de vida, não podemos deixar a saúde de lado, seja numa perspectiva biológica seja bioética, pois a qualidade de vida está subjacente à dor, à doença, ao sofrimento, mas também à acessibilidade para todos no que diz respeito a manter a pessoa saudável, pois temos o direito a ter uma vida justa, sem prejuízo e com condições que proporcionem uma boa qualidade de vida.

PERSPECTIVA CULTURAL DA QUALIDADE DE VIDA

F. Cabral, em 1992, afirmou que “as necessidades dos consumidores evoluem de forma natural, numa dimensão histórica e cultural, fazendo com que aquilo que há anos atrás era considerado como um nível de vida aceitável já não o seja hoje.” Neste contexto e segundo uma perspectiva cultural, a qualidade de vida não é homogénea, pois vai-se modificando com o decorrer dos anos, devido às exigências da sociedade, do desenvolvimento da tecnologia e ciência, e do próprio poder económico, portanto, é importante respeitar todas as culturas e os seus valores.

É na infância que o carácter de uma pessoa se forma, assim como os seus limites, exigências, hábitos e valores do meio social onde vive, factores estes que irão determinar o conceito pessoal de qualidade de vida, no sentido de estabelecer necessidades quanto ao vestuário, à alimentação, relacionamentos, entre outros. Quando a pessoa emigra, dá-se um processo de aculturação, que leva a pessoa a adaptar-se a outra cultura vigente no país em que está, o que pode alterar o seu conceito de qualidade de vida. O mesmo acontece quando a pessoa se deixa influenciar pela pressão dos média, pois estes publicitam o que é fundamental para ter qualidade de vidanaquele meio. É neste sentido que A. Walter afirma em 1992 que “ existe uma ligação estreita entrequalidade de vida e comunicação ou, pelo menos, com a publicidade, criando e impondo necessidades, em nome da qualidade de vida. É, no entanto, no domínio do lazer e do estatuto social que a publicidade mais tenta captar e impressionar os destinatários, por ser através do acesso ao supérfluo e do chamado direito ao prazer que uma parte significativa da população sente atingir a qualidade de vida.”

PERSPECTIVA ECONÔMICA DA QUALIDADE DE VIDA

Para a qualidade de vida a perspectiva económica também tem um grande peso, pois muitas pessoas associam o ter qualidade de vida a ter dinheiro. Esta relação depende dos valores pessoais de cada pessoa e o valor que dá aos bens materiais, o que vai determinar para cada pessoa a maior ou menor relação que a economia tem com a qualidade de vida. Aron Belinky, em 2007, referiu que “o importante é planear para ter o suficiente, sem consumir com exagero e desperdício.”, e talvez a qualidade de vida esteja mais relacionada com a moderação, pois os bens económicos nem sempre significam qualidade de vida, se bem que o ideal seria a igualdade de bens para todas as pessoas, que lhes permitisse sobreviver com as condições necessárias. Outros pontos de vista ainda defendem que qualidade de vida é sinónimo de luxo, como Conrado Navaro que, em 2007, refere “gostamos daquilo que pode ser considerado exclusivo ou que nos diferencia dos demais à nossa volta.”. Esta ideia entra em conflito com alguns princípios da bioética, como o da solidariedade e justiça social, que assentam na igualdade na acessibilidade e recursos que permitam condições de vida mínimas para a sobrevivência de todos por igual.

PERSPECTIVA

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