Relatório De Visita Técnica Da Vila Nossa Senhora Do Livramento

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                                  SARA MANOELA DE SOUZA E SILVA

                                   ANA VITÓRIA  SILVA OLIVEIRA

                                        PABLINA BRITO TRINDADE

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DA VILA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO  

Igarpé-Açú

                                    2023

     

                                           SARA MANOELA DE SOUZA E SILVA

                                        ANA VITÓRIA SILVA OLIVEIRA

                                        PABLINA BRITO TRINDADE

         RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA DA VILA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO  

Relatório apresentado como requisito de avaliação da disciplina Sociologia da Educação orientado pelo Profº. Mário Brasil            Xavier.

Igarapé- Açu

2023

        SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1
2. IDENTIFICAÇÃO DO CONTEXTO LOCAL DA TEMÁTICA 2
3. RELAÇÃO DA OBSERVAÇÃO COM OS CONCEITOS 3
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 4
5. REFERÊNCIAS 5

1.INTRODUÇÃO

O presente relatório de Visita Técnica foi realizado na Vila nossa  Senhora do Livramento localizada no município de Igarapé-Açu , nordeste do estado do Pará , que possui aproximadamente 300 habitantes e 115 famílias. Além disso, na comunidade contém uma Instituição Escolar Municipal do Ensino Fundamental Lauro Alves Ramos . Registramos fatos e informações acerca dos aspectos sociais e históricos da comunidade , visando compreender  a importância dos direitos de grupos éticos raciais . É notório que hodiernamente a comunidade de quilombos está se desenvolvendo ao longo dos anos , ou seja, se dá como os processos de rurbanização a partir das lembranças armazenadas na memória de uma narradora, Tereza Soares , uma das moradoras mais antiga da comunidade e líder de uma associação  quilombola de remanescentes  de nossa senhora do livramento (ARQNSL), que originaram a criação desta associação que  é composta por 13 mulheres , porém encontram alguns desafios para dar inciativa  por serem mulheres e a maioria negra  tal como preconceito racial .

Em face disso, a cooperativa busca a valorização dos seus direitos,por meio de políticas públicas com implementações de projetos para melhoria da vila .Com a diligência deste trabalho propõe inferir-se as práticas e saberes tradicionais . O objetivo do trabalho foi conhecer como se articula o associativismo na comunidade e suas repercussões no desenvolvimento comunitário. Como método de coleta de dados, de relatos orais com os moradores mais antigos da comunidade, aplicação de questionários e de entrevistas semiestruturadas e foram utilizados roteiros de entrevistas, contendo questões relacionadas às realidades dos habitantes, com a organização social da comunidade nas quais os moradores tinham engajamento e participação social. Além disso, também havia perguntas sobre as formas entre os habitantes da comunidade. Ao todo, foram aplicadas entrevistas, no dia 12 de Janeiro de 2023.

2. IDENTIFICAÇÃO DO CONTEXTO LOCAL DA TEMÁTICA

Com a realização deste trabalho pretende-se, em primeiro, compreender quais os conceitos e práticas da história que atribui a comunidade remanescente do Livramento. Nesse contexto, as comunidades quilombolas: Conforme o art. 2º do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”. Nesse sentido,a história do povo do Livramento, foi construída a partir da fuga de negros que encontraram, no alto da Serra Grande do Pajeú, vista panorâmica e com difícil acesso. Nesse viés, os quilombos sobreviveram com a falta de alimentação e após verificarem que naquele local, era um lugar de escassa movimentação decidiram estabelecer morada, denominando a localidade de Livramento. Em síntese, se iniciou a  construção  históricas das linhas, ao longo do caminho, formaram-se pequenos povoados, como Belém - Bragança. Somente no último quarto do século 19 é que o Governo Provincial resolveu-se pela construção de uma estrada de ferro na região, quando esta já tinha produção agrícola razoável, mas uma imensa dificuldade de escoamento

São de modo geral, comunidades oriundas daquelas que resistiram à brutalidade do regime escravocrata e se rebelaram frente a quem acreditava serem eles sua propriedade. As comunidades remanescentes de quilombo se adaptaram a viver em regiões por vezes hostis. Porém, mantendo suas tradições culturais, aprenderam a tirar seu sustento dos recursos naturais disponíveis ao mesmo tempo em que se tornaram diretamente responsáveis por sua preservação, interagindo com outros povos e comunidades tradicionais tanto quanto com a sociedade envolvente. Seus membros são agricultores, seringueiros, pescadores, extrativistas e, dentre outras, desenvolvem atividades de turismo de base comunitária em seus territórios, pelos quais continuam a lutar.Embora a maioria esmagadora encontrem-se na zona rural, também existem quilombos em áreas urbanas e peri-urbanas.Em algumas regiões do país, as comunidades quilombolas, mesmo aquelas já certificadas, são conhecidas e se autodefinem de outras maneiras: como terras de preto, terras de santo, comunidade negra rural ou, ainda, pelo nome da própria comunidade .De todo modo, temos que comunidade remanescente de quilombo é um conceito político-jurídico que tenta dar conta de uma realidade extremamente complexa e diversa, que implica na valorização de nossa memória e no reconhecimento da dívida histórica e presente que o Estado brasileiro tem com a população negra.