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Relatório de Estágio Parasitologia

Por:   •  11/12/2022  •  Relatório de pesquisa  •  2.110 Palavras (9 Páginas)  •  166 Visualizações

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Unicesumar- FACULDADE CESUMAR DE PONTA GROSSA

CIÊNCIAS BIOLOGICAS E DA SAUDE

CURSO DE BIOMEDICINA

DESIRÉE AUGUSTO

PARASITOLOGA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

PONTA GROSSA 2021

INTRODUÇÃO

A parasitologia é uma área da medicina clinica laboratorial. Os resultados obtidos através do exame parasitológico de amostras clínicas proporcionam inestimável informação acerca do diagnóstico e do tratamento da doença humana. O monitoramento da epidemiologia destes organismos, assim como o estabelecimento de mecanismos de prevenção, pode ser realizado com o auxílio desses dados.

Atualmente, parasitologistas e clínicos possuem um grande conhecimento sobre parasitos (organismos que vivem e obtêm seus nutrientes de outro organismo), o qual pode ser ampliado. Em virtude das viagens globais, tem ocorrido um aumento das doenças causadas pela presença de parasitos (uma condição conhecida como doença parasitária), e conseqüentemente, dos índices de diagnósticos de parasitos. O aumento no numero e na diversidade desses organismos proporciona aos profissionais maior experiência na identificação e no tratamento antiparasitário.

A melhor preservação de amostras permite hoje que parasitos que anteriormente poderiam ser destruídos possam permanecer viáveis para o diagnostico. Os avanços na parasitologia, particularmente na área de diagnóstico laboratorial, são empolgantes, sendo necessário o emprego de medidas de proteção dos profissionais durante o manipulação de amostras para estudos parasitários.

Existem três classes principais de parasitas que podem causar doenças em humanos:

Protozoários: o reino protista é constituído por aproximadamente 60.000 espécies conhecidas, das quais, 10.000 são parasitas de diferentes animais, sendo que apenas algumas dezenas infectam o ser humano.

Doenças causadas: Giardíase, tricominíase, toxoplasmose, doença de chagas, malária.

Helmintos: são classificados em três grandes grupos, denominados filos: Nemathelminthes, que é constituído por vermes que apresentam o corpo cilíndrico; Playthelminthes, são vermes com o corpo achatado dorso-ventralmente e os Anelídeos, que não são considerados parasitas, os únicos com importância médica são as sanguessugas.

Doenças causadas: Teníase e Cisticercose, Esquistossomose, Filariose Linfática.

Ectoparasitas: são seres de espécies diferentes que vivem sobre o hospedeiro, na pele e pelos, e que necessitam dos mesmos para obterem alguns elementos básicos de sobrevivência. Este termo é geralmente usado de forma mais restrita para se referir a carrapatos, pulgas, piolhos e ácaros.

Doenças causadas: Escabiose, Pediculose, Febre maculosa.

TECNICAS DE DIAGNÓSTICO

Exame Parasitológico de Fezes (EPF)

Teste usado para encontrar parasitas que causam diarréia, fezes solidas ou aquosas, cólicas, flatulências (gases) e outras doenças abdominais. Muitas vezes, o numero de formas parasitárias eliminadas com as fezes é pequeno, havendo necessidade de recorrer a processos de enriquecimento para concentrá-las. Os principais métodos de enriquecimento são: sedimentação espontânea, sedimentação por centrifugação, flutuação espontânea, centrifugação-flutuação e concentração de larvas de helmintos por migração ativa, em razão do hidrotropismo e termotropismo positivo.

COLETA E CONSERVAÇÃO DAS FEZES

Os cuidados especiais que devem ser considerados na coleta das fezes não visam apenas a orientação do paciente, mas a segurança do laboratorista e a confiança nos resultados do exame.

Assim, as fezes (ou amostra fecal) devem ser colhidas em um recipiente limpo e seco, preferencialmente pela manhã e enviadas logo em seguida para o laboratório. Caso haja necessidade de ser observar larvas de helmintos (evidenciadas pelos métodos de Baerman-Moraes ou o de Rugai), as fezes não podem ser colocadas em conservantes. Já para se observar ovos ou cistos, recomenda-se colocar alguns conservantes no frasco com as fezes.

Os melhores conservantes são: formol 10%, MIF (mertiolato-iodo-formaldeído) ou SAF (acetato de sódio-ácido acético-formoldeído), ou ainda o frio (geladeira ou caixa de isopor com gelo). Em alguns casos recomenda-se recolher um pouco de fezes dias alternados durante a semana e colocar as amostras em um frasco de vidro maior, contendo conservantes. Deve-se homogeneizar bem o material.

TÉCNICAS DE CONSENTRAÇÃO

Os dois métodos de concentração mais entregados são o de concentração espontânea e o de concentração por centrifugação: o método de concentração espontânea é mais conhecido como método de Lutz ou de Hoffman, Pons e Janer (HPJ). È realizado da seguinte maneira:

- Coloca cerca de dois gramas de fezes fresca ou conservadas em um frasco de plástico descartável e adiciona cerca de 5ml de água limpa; para diluir bem, com auxílio de um bastão de vidro ou palito de sorvete descartável; acrescenta mais 15ml de água limpa, homogeneizar e filtra através de gaze dobrada em quatro ou filtro descartável em um cálice de vidro cônoco; deixar sedimentar mantendo em repouso por no mínimo duas horas, caso necessário, descartar parte da água sobrenadante ao filtrado completar com mais água, filtrar e deixar de repouso; recolher com pipeta parte do sedimento, colocar sobre uma lamina adicionar uma gota de lugol (iodo diluído), cobrir com lamínula e examinar ao microscópio, sob aumento 5X, 10X, e 40X.

Concentração por centrifugação, também conhecido como método de Ritchie, de Blagg ou “formol-éter”. È realizado da seguinte maneira:

- Diluir 2g de fezes fresca em 10ml de formal 10%, homogeneizando bem, ou retirar 10ml das fezes conservadas e diluídas em conservante e filtrar o material em gaze dobrada quatro vezes; transferir 2ml do filtrado para um tubo de centrifuga de 15ml, adicionando 4ml de éter. Tampar e agitar o tubo fortemente, pois assim será separada a gordura do restante do material. Destampá-lo cuidadosamente e colocá-lo em uma centrífuga; centrifugar por 1 minuto a 1.500rpm, quando então quatro camadas se formarão no fundo: no fundo do tubo estarão os ovos e cistos dos parasitos, em seguida temos uma camada de formal, por cima uma camada de gordura e detritos e, por ultimo uma camada de éter; embora rapidamente o tudo assim centrifugado em uma pia, descartando as três camadas, deixando- ao fundo- a camada com parasitos; colocar duas gotas de lugol nesse sedimento, homogeneizar bem, depois colher uma gota e colocar entre a lamina e a lamínula para ser examinada ao microscópio sob aumentos de 5X, 10X e 40X.

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