TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Reparação de Danos Morais e Patrimoniais

Abstract: Reparação de Danos Morais e Patrimoniais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/9/2014  •  Abstract  •  970 Palavras (4 Páginas)  •  291 Visualizações

Página 1 de 4

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO (...).

Apelante: Antônio da Silva Júnior, rep. por sua genitora Isabel da Silva

Apelado: Walter Costa

Ação: Reparação de Danos Morais e Patrimoniais

Processo de origem nº (...)

RAZÕES DE APELAÇÃO

SÍNTESE DOS FATOS

O Apelante propôs ação de reparação de danos morais e patrimoniais em face do apelado, visto que ao voltar da escola para casa foi atingido por um coice de um cavalo que estava à margem da estrada, cavalo este de propriedade do apelado causando vários danos à saúde do apelante.

Em janeiro de 2009 o apelante moveu ação de reparação de danos morais e patrimoniais contra o apelado.

O magistrado proferiu sentença julgando improcedente o pedido do apelante, sob o argumento de que o apelado “empregou o devido cuidado, pois mantinha o cavalo amarrado a uma árvore no terreno e que isto evidenciava a ausência de culpa”.

Cabe ressaltar, que o magistrado argumentou que já teria ocorrido a prescrição trienal da ação de reparação, tanto no âmbito dos danos morais quanto patrimoniais, já que a lesão ocorreu em 2005 e demanda somente foi proposta em 2009.

DOS FUNDAMENTOS DE DIREITO

A douta sentença proferida pelo MM. Juízo a quo merece reforma, haja vista não foi fundamentada corretamente, carecendo de razões de fato e de direito que lhe faça prosperar.

Com efeito, em sua r. sentença, o magistrado fundamenta que o apelado empregava devido cuidado amarrando o cavalo em uma árvore, acrescenta ainda que ocorreu a prescrição trienal.

Ora, se o apelante tem apenas 07 anos de idade, este não tinha entendimento suficiente para entender que o animal poderia lhe causar algum tipo de dano.

Sendo assim, o caso trata da responsabilidade objetiva, ou seja, o dono do cavalo responde independentemente da culpa. Fica claro que não há o que se falar em culpa exclusiva da vítima ou força maior como preceitua o artigo 936 do Código Civil, como veremos.

A responsabilidade por fatos causados por animais tem sua origem no Direito Romano, segundo o qual o dominus era o responsável, mas exonerava-se abandonando o animal.

Com frequência, infelizmente, nos últimos anos deparamo-nos com um crescente número de incidentes envolvendo animais ferozes, por conta da falta de cautela e civilidade dos seus donos ou possuidores.

Diariamente, a imprensa vem noticiando casos de ataques de cães ferozes, de raças agressivas como o pitbull e o rottweiller, que ocasionam danos graves e até a morte das vítimas. Com a mesma frequência, cabeças de gado invadem as rodovias de nosso país, ocasionando acidentes com veículos, danos de alta monta, inclusive a perda de vidas.

Para esses casos, a legislação prevê a responsabilidade do dono ou detentor do animal, prevista no art. 936, do atual Código Civil: "O dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior".

Na lei atual, a responsabilidade do dono ou detentor do animal não pode ser elidida pela simples guarda ou vigilância com cuidado preciso do animal, como regulava o Código de 1916 em seu art. 1527, pois, partindo-se da teoria do risco, o guardião somente se eximirá se provar quebra do nexo causal em decorrência da culpa exclusiva da vítima ou evento de força maior, não importando a investigação de sua culpa.

No caso em tela, a vítima trata-se de uma criança, um menor, e constatamos que o dono não observou o dever de cuidado com o animal, muito embora ele estivesse amarrado, certo é que deveria estar dentro de uma cerca lugar fechado ou vigiado pelo mesmo.

Nesse sentido, a jurisprudência:

“Apelação cível. Ação indenizatória. Criança de nove anos morta, em decorrência de ataque de cães de guarda. Menor que ingressou livremente na propriedade vigiada pelos animais. Quem

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.3 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com