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Resenha Crítica Cultural

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Por:   •  22/11/2013  •  1.155 Palavras (5 Páginas)  •  484 Visualizações

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Resenha dos filmes Tropa de Elite 1 e 2: Como a corrupção apresentada nos filmes atinge principalmente as decisões políticas e sociais de toda uma Nação. Como a Sociologia ajuda a entender tais fatos.

Tropa de Elite é uma obra que descreve fatos ocorridos na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro na década de 90, durante a visita que o Papa João Paulo ll realizou a Capital Carioca. Sua narrativa é intensa em sua descrição da realidade diária da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro – PMERJ, totalmente pautada em situações que, segundo o autor, baseiam-se em relatos de fatos reais, que lhe foram feitos por Policiais Militares.

Além de fazer uma crítica à corrupção da polícia carioca, também mostra a hipocrisia da classe média, representa por estudantes universitários, que criticam a violência policial, mas, no enredo do filme - que não está longe da realidade da sociedade carioca – estes mesmos estudantes, realizam o consumo e o tráfico de drogas nas festas estudantis e na própria universidade, e assim favorecendo a violência urbana carioca. Tropa de Elite é uma obra de ficção que expõem as entranhas de uma corporação policial que existe no Brasil há duzentos anos. A PMERJ tem em seus quadros muitos policiais honestos e valorosos, contudo, os maus policiais existem, como em qualquer organização policial no mundo, e estes policiais corruptos é que são denunciados no filme.

O filme é um pequeno retrato da realidade no mundo atual, onde o jogo de interesses é muito maior do que se pode imaginar, retrata o tráfico, a marginalização e a violência praticada pelos criminosos. No filme é possível identificar que a segurança publica é uma política social visualizada como negócio para alguns policiais que recebem propina para cuidar da segurança de estabelecimentos.

Toda a corrupção e violência mostrada no filme atingem a política e a sociedade de um país porque podemos dizer que o futuro da nação está nas mãos de quem elegemos nas eleições. Somos nós os responsáveis por quem está no poder.

E é baseado nessa premissa que o roteirista Bráulio Mantovani cria uma história que apesar de “fictícia” é a mais pura realidade num país como o nosso que é cheio de corrupção. Tropa de Elite 2 não é apenas polícia e traficantes (como no primeiro). Desta vez, como diria o próprio “coronel” Nascimento: “o buraco é mais embaixo”. Nesta segunda parte o roteiro explora quatro elementos: política, polícia, criminalidade e imprensa.

Assim, como os políticos, a polícia também se torna corrupta e acaba sendo pior que os bandidos. Isso influencia um país porque as bases políticas "aliviam" para policiais corruptos, que praticam por intermédio das chamadas Milícias extorsão nua e crua contra moradores de bem, que são obrigados a pagar pra ser protegidos da própria Polícia. Ao mesmo tempo essa Milícia extorque também do outro lado do muro. Toma dinheiro dos traficantes, em troca, "afrouxando" a vigilância para que o tráfico possa prosperar. Quanto mais tráfico, mais dinheiro na mão dos policiais corruptos. Pra ganharem votos, fazem de tudo e como mandam na polícia, a usam para corromper as pessoas e dar fim a quem aparecer no caminho na tentativa de confrontar o “sistema”.

Forma-se um ciclo: Quanto mais esses "bandidos" travestidos de polícia dominam uma comunidade, mais oprimem o povo, e quanto mais eles têm o povo na mão, mais fácil vai ser extorquir deles o voto, importantíssimo para determinados políticos em épocas de eleições. E vira um circulo vicioso: Os políticos precisam dos "bandidos" para ter votos. Os bandidos precisam dos políticos para não ser incomodados. Os bandidos do tráfico precisam da polícia para manter seu comércio. E uns protegem os outros. Por causa desse tal esquema, pessoas inocentes pagam com suas vidas todo dia e a toda hora nas mãos destes bandidos. A população, pessoas ou seres humanos com sentimentos e personalidades são mero detalhe, que se torna desprezível conforme o interesse do alto escalão.

Essa é a manutenção de um sistema de pobreza, violência, insegurança, saúde doentia que é conveniente para que se possa manter o esquema, que enriquece alguns poucos e mantém na lama uma parcela grande da população.

A sociologia nos ajuda a compreender tais fatos diante de

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