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Resenha Do Filme Olga

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Por:   •  12/12/2014  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  529 Visualizações

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Resenha Crítica do Filme - Olga Benário

Trabalho feito por: Célia Maria de Lima Raulino - estudante do Curso de Serviço Social, Em 24/03/2014.

A história de Olga é relatada na forma de um longa metragem,nos anos trinta. Quando Carlos Prestes queria fazer uma revolução no Brasil. Olga Benário (Camila Morgado ) judia, comunista; chega ao campo de concentração de Ravensbrück, de onde passa a se lembrar de períodos marcantes de sua vida.

A partir daí, vemos que o destemor já era uma das características de Olga desde a infância. Na juventude, milita entre os comunistas alemães, o que a leva tanto a enfrentamentos na rua, com os nazistas, como em casa, principalmente com a mãe (Eliane Giardini). Após participar da ação de resgate do líder socialista (e seu amante) Otto Braun (Guilherme Weber), Olga inicia treinamentos na URSS, de onde recebe o encargo de escoltar o revolucionário Luís Carlos Prestes (Caco Cioder) passando por sua esposa, em seu retorno ao Brasil.

Na viagem, os dois começam um caso de amor, interrompidos com o insucesso do plano de fazer a revolução. Com essa falha no plano, Getúlio Vargas conseguiu prender as pessoas que faziam parte dessa tentativa de revolução; torturando-os.Foi ai que prendeu Prestes e Olga.

É quando começa o calvário de Olga. Presa, ela é separada do amado e enviada, grávida, para a Alemanha, então dominada pelos nazistas. Olga teve sua filha, ficando com ela até o momento em que seu leite materno acabou.A heroína acaba tendo sua filha literalmente retirada de seus braços. A criança ficou com a mãe de Luis Carlos prestes, anos depois ,Olga ficou sabendo que a filha está viva e morando com a avó. Olga foi transferida para Ravensbrück, onde, após uma série de padecimentos, o ciclo dessa história se fecha com a morte de Olga na câmara de gás.E Prestes saiu anos mais tarde da prisão.

O diretor e responsável pelo filme não diminui suas críticas ao Estado brasileiro e à figura do ditador. Foi fundo nas responsabilidades. Demonstrou o crime de se deportar uma sonhadora grávida e revolucionária (sem jamais ter matado ninguém), pelo crime de ser judia comunista e, sobretudo, por ter amado um brasileiro que se opôs à sua ditadura pessoal.

O Brasil, com suas imensas contradições, deve ter abalado às certezas de Olga, mas isto por obra dos nazistas daqui e de lá, jamais saberemos. O que sabemos é que Olga, ao contrário de seu companheiro ilustre, jamais transigiu ao poder. Morreu tributária de suas convicções e de seu casamento com os pobres e oprimidos. Dificilmente, Olga teria aceitado apoiar Vargas, apesar de tudo, porque assim os soviéticos desejaram. Mesmo sendo alemã e judia, Olga, de algum modo, foi profundamente brasileira. Estará viva em nossa memória para sempre, pois faz parte da história do Brasil.

Concluo com a seguinte frase a qual achei interessante, dita por Olga antes de morrer.

"(...)" Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue (apud MORAIS, 1985 p.294).

BENÁRO, Olga, filme

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