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Resenha Sobre as Pirâmides Coloridas de Pfister e a Depressão

Por:   •  20/9/2021  •  Resenha  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  165 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA SOBRE O ARTIGO “A DEPRESSÃO NO TESTE DAS PIRÂMIDES COLORIDAS DE PFISTER”

Dados dos da Organização Mundial da Saúde mostram que é cada vez maior o número de pessoas deprimidas em todo o mundo, com tendência de 10 a 15 % de a população mundial sofrer de depressão no decorrer da vida. Ela afeta aspectos afetivos, motivacionais, cognitivos e vegetativos e tem como principais características, a perda ou ganho de peso; alterações no sono; agitação ou retardo psicomotor; fadiga; sentimento de inutilidade ou culpa; baixa capacidade de concentração; indecisão; pensamentos de morte e ideação suicida.

O presente artigo trata do teste das Pirâmides Coloridas de Pfister para auxiliar na identificação de pacientes com quadro depressivo. Esse é um teste bastante útil quando objetiva “apreender a dinâmica afetiva do paciente, principalmente no caso de indivíduos com dificuldade de expressão verbal ou gráfica” (p 170).

A base desse teste das Pirâmides Coloridas de Pfister é avaliar as cores escolhidas pelo paciente na formação de uma pirâmide colorida que, ao seu término, fique bonita aos seus olhos. Ele é composto “por um jogo de três cartões em papel pardo com o desenho do esquema de uma pirâmide, e um jogo de quadrículos coloridos formado por 10 cores subdivididas em 24 tonalidades. Esse jogo deve conter no mínimo de 40 a 45 quadrículos de cada tonalidade. O participante é convidado a construir suas pirâmides, uma de cada vez até totalizar o número de três” (p. 172). Após feito isso, são realizadas algumas perguntas sobre a preferência de cores utilizadas, bem como a formação dessas pirâmides.

Utilizam-se cores visto que o significado delas é utilizado há séculos em rituais artísticos, religiosos e no senso comum, na qual cada cor é simbolizada por um sentimento ou emoção. Desta forma, tal teste buscou identificar as cores mais utilizadas por aquelas pessoas com depressão. Foram investigados 19 pacientes com depressão, previamente diagnosticados pela SCID. Seus desempenhos foram comparados com os resultados de com uma amostra de 110 indivíduos não pacientes que participaram do estudo.

Esperava-se que as cores principais que definissem esse grupo fossem as cores escuras, como o preto, roxo ou violeta, que transmitem sensações mais pesadas, como tristeza e luto, porém, os resultados apresentados mostraram o aumento significativo da cor verde, contrariando essa hipótese inicial de que “a mesma poderia estar rebaixada entre os pacientes deprimidos devido a sua significação de bom contato interpessoal” (p. 174). Os dados apresentados pelos autores mostraram que somente valores na média correspondem a um bom contato com o ambiente e boa capacidade de relacionamento. O aumento deste valor indica “estados propícios à elevação da ansiedade devido ao acúmulo ou sobrecarga de estimulação interna impregnada de emoções que sufocam o indivíduo, enfraquecendo e rompendo o controle homeostático” (p. 174).

A cor violeta teve uma presença constante no grupo de pacientes que, embora não tendo sua frequência significativamente aumentada, revelou-se como cor de constância absoluta, aparecendo nas três pirâmides feitas pelos pacientes, mesmo que sua frequência estivesse dentro dos valores médios esperados. O violeta, em sua simbologia, é uma cor que revela tensão e ansiedade, além da excitação, da introversão e retenção dessa excitação.

Em síntese, como resultado, obteve-se a constância absoluta de violeta associada ao aumento da cor verde pode ser significativa para a caracterização da depressão no Pfister, bem como a maior incidência de pirâmides cortadas e de formações tendendo a estruturas (a combinação desses indicadores aponta para uma probabilidade de 84,2%). Porém, embora esses indicadores possam ser úteis para identificar verdadeiros pacientes com depressão (verdadeiros positivos), tem-se o risco alto de classificá-los como sendo indivíduos deprimidos (falsos positivos) já que a especificidade é baixa, sendo necessários outros recursos para maior segurança no diagnóstico.

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