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SEMINÁRIOS INTEGRADOS EM PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

Por:   •  29/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.738 Palavras (11 Páginas)  •  252 Visualizações

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As Praticas Audiovisuais na Região Metropolitana de São Paulo

Democracia Cultural

Primeiramente é preciso ter em conta que a Cultura é um direito e, nesse sentido, é muito mais que uma atividade econômica, embora a economia da cultura tenha hoje um papel importante na geração de empregos (SIMIS, Anita: Politica Cultural o audiovisual).

A política cultural é parte das políticas públicas. É verdade que a expressão política pública possui diversas conotações, mas aqui genericamente significa que se trata da escolha de diretrizes gerais, que tem uma ação, e estão direcionadas para o futuro, cuja responsabilidade é predominantemente de órgãos governamentais, os quais agem almejando o alcance do interesse público pelos melhores meios possíveis, que no nosso campo é a difusão e o acesso à cultura pelo cidadão.

Os resultados de pesquisas realizadas no Brasil e no mundo são parecidos quando temos como foco as práticas culturais, as consideradas "Clássicas" como Teatro, Cinema, concertos, espetáculos de dança, ainda estão sendo apreciadas apenas por uma fatia mínima da sociedade, as classes de maior recursos financeiros, e maior escolaridade.

Essa afirmação tem como base o que se tornou uma diretriz obrigatória de políticas culturais em países ocidentais como o Brasil, a "democratização da cultura". Tem-se hoje uma evolução porém as politicas de democratização do acesso a cultura estão ligadas a dois aspectos, o de que a cultura erudita deve ser difundida e o segundo que basta o encontro entre o publico e a cultura erudita, para que esta o envolva.

As iniciativas tem ignorado o contexto social, níveis de educação, localização familiar, condições financeiras, para driblar esses problemas e difundir a cultura para todos a politica mais usada é a de redução do preço dos ingressos "temporada popular" tendo a chance da população carente assistir um espetáculo de teatro por exemplo. Os Cinemas estão concentrados nos shopping centers e com ingressos caros também dificulta a cultura pra sociedade menos favorecida.

No entanto, essas politicas de subvenção só reforçam as desigualdades sociais, uma vez que a parcela da população que detém a informação será beneficiada. A questão não é obrigar a todos um tipo de cultura, é incentivar pra que todos estejam presentes em todas elas e escolha as que mais gosta. Essa junção é a Democracia Cultural.

Vídeo ou DVD?

As praticas culturais das pessoas foram divididas entre aquelas realizadas em casa e aquelas que exigem deslocamento, sendo que as praticas externas dependem de investimento de tempo e dinheiro, o que acaba dificultando essa pratica.

O predomínio das praticas domiciliares estão cada vez maior, sendo chamado de “cultura de apartamento” ou “cultura em domicilio”, permitindo assim uma diversidade ainda maior de pratica de cultura e lazer em domicilio sem gastar tempo e dinheiro.

Por mais que o cinema esteja em primeiro lugar nas praticas culturais, a cultura domiciliar prejudica intensamente a cultura externa, pois o cinema vem sendo substituído pelo DVD, vídeos e ate mesmo a TV.

É importante observar, a relação entre ir ao cinema e assistir a vídeo ou DVD, equipamentos que mais da metade da população possui em sua residência, incluindo as classes D e E.

O fato de ir ao cinema, ainda continua sedo uma pratica cultural bastante popularizada, mas mesmo assim ainda existe uma porcentagem alta de pessoas que nunca frequentaram uma sala de cinema. Isso acontece em muitos lugares que não possuem salas de cinema, ou então possui a sala, mas existem as dificuldades de deslocamento, certa insegurança nas cidades metropolitanas e ate mesmo o custo do ingresso, e com isso as pessoas se sentem satisfeitas por assistir seus vídeos ou DVDs, ou ate mesmo filmes na tv no conforto da sua casa.

Cultura Familiar

Desde o primeiro momento da pesquisa, os resultados apontavam a enorme desigualdade de acesso à cultura tradicional e o peso respectivo das variáveis sócio demográficas, como níveis de escolaridade, de renda, faixa etária e localização domiciliar.

As politicas de democratização cultural não consideram fatores decisivos como a bagagem cultural herdada do ambiente familiar.

O hábito de ir ao cinema e a vontade de repetir são, na verdade, muito mais condicionado por fatores de ordem social e estrutural do que por aqueles de caráter conjuntural. Os diversos empregos do tempo livre depende enormemente do modo de vida (vida em família, vida de estudante, e das profissões).

Os dados apontam que um grande obstáculo para ter diversas práticas culturais fora de casa é não estar vinculado a uma atividade profissional ou formação. E aqui não se considera apenas o desemprego, mas também a aposentadoria e as atividades domesticas. São casos em que a insuficiência de recursos financeiros assumem peso importante. Mas também o isolamento, o baixo nível de informação – propiciado pela falta de convívio com a própria cidade – podem ser consideradas condições que interferem negativamente na relação com o mundo exterior ao espaço domestico. Quem se relaciona fora do ambiente doméstico, quem se informa (pela leitura de jornais e revistas) e quem circula pela cidade terá maior tendência a buscar mais informação sob outras formas, tanto em práticas domiciliares – como fazer novas leituras, ouvir novos discos – quanto em práticas externas.

Outro fator de grande importância é que hoje também temos o predomínio das práticas domiciliares. Uma das razões da generalização desse tipo de pratica é a disseminação e o barateamento dos equipamentos eletrônicos.

Mudança nos hábitos e interesses

Os cinemas sabem quantos ingressos foram vendidos a cada filme exibido e em que praças, mas não mede com precisão os potenciais envolvidos. Ainda se trabalha muito com a intuição.

Por isso, é muito bem-vinda a pesquisa sobre os hábitos culturais dos paulistas, que procurou – na capital e no interior – obter respostas sobre as práticas cotidianas dos cidadãos relacionadas à cultura ou, em outras palavras, sobre o que esse cidadão faz ou gostaria de fazer em seu tempo livre. Cuidou de investigar o grau de aderência às diversas ofertas culturais – leitura, música, teatro, cinema, circo, entre outras – que essas populações praticam ou gostariam de praticar. Ao fatiar esses achados por idade, sexo e classe econômica, a pesquisa estabelece condições de leitura que confirmam algumas teorias populares

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