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STANLEY KUBRICK

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Por:   •  17/11/2013  •  8.999 Palavras (36 Páginas)  •  271 Visualizações

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Introdução

Abordaremos aqui uma breve passagem sobre a vida de um grande diretor: Stanley Kubrick.

Kubrick, com certeza, é considerado um dos maiores cineastas já conhecidos, um diretor em que podemos confiar na qualidade ao assistir um de seus filmes, já que era um homem extremamente perfeccionista e curioso. Suas obras primas estão divididas em diversos gêneros como a ficção científica, filme de época, guerra, romance, thriller, etc., e todas são adaptações de obras literárias.

Um homem que muitas vezes foi aplaudido e outras amaldiçoado, mas sempre em silêncio. Não era do tipo de pessoa que gostava de publicidade.

Foi um visionário que trouxe para o cinema muitas inovações sendo um grande contribuidor, por exemplo, para o cinema de ficção científica com 2001: Uma Odisséia no Espaço e seus efeitos especiais.

Além de falar sobre o diretor, faremos também uma análise mais aprofundada sobre seu filme lançado em 1971, A Laranja Mecânica.

O motivo de ter sido escolhido é que é um filme intrigante onde podemos ver claramente cada detalhe de uma obra bem elaborada, uma obra que guarda toda uma filosofia, levando o espectador a uma reflexão acerca da condição humana diante das situações, um filme carregado de simbologias e enigmas onde seus personagens nos levam a questionar as relações humanas e o mundo em que vivemos.

Outro motivo também foi o fato de que este foi o único filme em que Kubrick roteirizou sozinho, adaptando o livro de Anthony Burgess. O filme é extremamente fiel ao livro a não ser pelo final, onde Kubrick retira o último capítulo deixando o filme mais pessimista.

Temos como objetivo fazer com que as pessoas percebam o porquê da grande importância do diretor e entrar em uma análise mais profunda do filme A Laranja mecânica, onde seus enigmas nos deixam com a curiosidade aguçada e o desejo de querer saber muito mais.

1. Biografia

Stanley Kubrick nasceu no Bronx (Nova York), em 26 de julho de 1928.

De acordo com a irmã de Kubrick, Barbara, ele era brincalhão, lia muito e sempre estava com um livro na mão, não era um menino comum. Mas recebia muito apoio da mãe, e ela costumava lhe dizer: “Não há nada que você não possa fazer”.

Não obteve bons resultados nas notas da escola, não tinha muito interesse pelos estudos, mais ainda assim era muito criativo. Seu pai então o encorajou a aprender xadrez, onde Kubrick acaba tornando-se um exímio jogador.

Aos 13 anos o pai ofereceu-lhe uma câmara fotográfica, pois ele se interessava muito por fotografia, e acabou encorajando Kubrick a usar o laboratório e se tornar fotógrafo, e esta acaba se tornando a nova paixão do jovem.

A captura da foto de um jornaleiro lamentando a morte de Roosevelt abriu as portas para Kubrick, parecia que o mundo ia acabar e ele captou isso. Apenas com 16 anos vendeu a fotografia à “Look” - uma das grandes revistas ilustradas dos EUA. É contratado pela revista e aos 18 anos já era fotógrafo profissional.

Era um amante do esporte, encontrando assim o tema para seu 1° filme Day of the fight (1950). Depois Kubrick se despediu da Look e se dedicou ao cinema.

Fazia documentários e jogava xadrez para ganhar dinheiro, mas isso não era suficiente para pagar um filme.

O pai de Kubrick teve um papel fundamental em sua carreira. Além de dar-lhe a primeira câmera, ele também acreditava de tal forma no seu talento que, quando o filho tinha vinte e cinco anos, resgatou seu seguro de vida para ajudar o filho a fazer Fear and Desire. Realizado em 1953, este filme acabou saindo de circulação devido ao desgosto de Kubrick por esse trabalho. Kubrick não sabia nada sobre interpretação, este filme acabou sendo um exercício, mas graças a ele conseguiu financiar o próximo filme.

Seu longa-metragem seguinte, o policial A Morte Passou por Perto (1955), revelou a incrível habilidade de Kubrick no uso da iluminação. Também sofreu pela escassez de dinheiro. Mas por ser ambicioso, sabia que o filme o ajudaria.

Este chamou atenção do produtor James B. Harris, um produtor em ascensão que tinha acessos financeiros, tornando-se parceiro de Kubrick e formando a empresa Harris-Kubrick Pictures, cujo projeto de estréia foi O Grande Golpe (1956). O filme não fez muito sucesso, mas foi por sua engenhosa trama que, com menos de 30 anos, Kubrick torna-se um nome conhecido e é a partir daí que sua carreira começa a funcionar.

Kirk Douglas o contrata para dirigir o filme Gloria Feita de Sangue (1957), e com este Kubrick recebe elogios da crítica, mas também recebe sua primeira polêmica, pois o filme foi considerado ofensivo aos militares e até proibido em alguns lugares (ficou fora da França por 20 anos). Mas foi este que mudou tudo, por ser um filme honesto e diferente dos outros filmes sobre guerra, tornando de vez Kubrick um diretor notado, com apenas 28 anos.

Kubrick foi chamado novamente por Kirk Douglas para dirigir Spartacus (1960), que obteve grande sucesso, recebeu quatro Oscars, mas há um conflito entre Kubrick e Kirk Douglas, por Kubrick não aceitar a interferência dos estúdios em seu trabalho. Ele se incomodava com o filme pelo fato de que não tinha direito sobre o roteiro, nem nada do que costumava ter, não tinha voz, as coisas eram feitas como Kirk queria, então Kubrick decidiu que dali por diante só iria aceitar projetos em que pudesse ter total liberdade criativa, e por isso muda-se para a Inglaterra em 1962.

Lolita era um livro incendiário, Nabokov não conseguiu publicá-lo nos EUA nem no Reino Unido, e foi publicado como um livro pornográfico em Paris. O livro decolou no “Sunday Times” de Londres, que o indicou como romance do ano. “Kubrick achava este um livro fantástico porque ele esclarecia a sensação que todos temos de que o bem e o mal não vêm no formato mais esperado”, diz Christiane Kubrick (sua esposa). Então seu trabalho seguinte foi Lolita (1962), o filme não se parecia com o livro, mas houve também a colaboração do autor e juntos trabalharam em uma versão diferente, mas que recebeu uma feroz ofensiva da censura. A Igreja Católica censurou o filme e mandava avisar todas as igrejas e paróquias que era pecado ver aquele filme. O diretor acaba admitindo: “Se eu soubesse que as limitações seriam tão severas, nem teria feito o filme”.

Deve-se lembrar que na época, o cinema americano estava em decadência.

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