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Saúde E Doença No Início Do século XXI: Entre A Experiência Privada E A Esfera pública

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Por:   •  22/3/2015  •  1.934 Palavras (8 Páginas)  •  919 Visualizações

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Saúde e doença no início do século XXI: entre a experiência privada e a esfera pública

Introdução

Trata-se de um estudo que busca refletir quanto ao movimento da sociedade frente as mudanças realizadas no contexto sociopolítico e cultural no que se refere a saúde e a doença numa perspectiva entre o público e ao privado.

As mudanças aqui referidas trazem questões quanto a forma de enfrentamento individuais e coletivas frente a determinadas doenças, especificamente a AIDS, que propicia uma nova visão a representações sobre doença na nossa sociedade, com desdobramentos significativos para vários campos sociais, a exemplo da política, da economia e da educação, colocando em xeque os direitos sociais e civis.

Objetivo

A presente pesquisa buscou conhecer a idéia de representação social ou coletiva, apartir da história social da AIDS.

Compreender as transformações nas relações sociais dos portadores da doença, através dos espaços sociais (públicos ou privados) que estes sujeitos ocupam na sociedade ou são coagidos a ocupar.

Referencial Teórico

O presente trabalho traz a luz pensadores como: August Comt com sua analogia entre a sociedade e o organismo vivo; Weber com a idéia de que todo individuo age motivado segundo seus valores bem como buscava a organização através da burocracia (ordem , disciplina) e Durkheim que amplia a visão de sociedade como um organismo vivo, buscando compreender e identificar quais mecanismos presentes na sociedade garantem normalidade, equilíbrio e a regularidade da vida social (consciência coletiva, divisão do trabalho, solidariedade social, fatos sociais).

Traz também a visão de Nieberk, Talcott Parsons, Ariès,

Jaime Pierret que apontam a família como parte fundamental na preservação da saúde e em seus cuidados, e que a questão do “privado” está relacionada não apenas a espaços de saúde como a questões pessoais e familiares. O privado é pode ser compreendido neste estudo como a família e o lar.

Resultados da Pesquisa

Sujeito inicialmente tido como anormal, relacionados a estereótipos, como promiscuidade e marginalidade, ser ou estar com uma doença significava ter falhado no cuidado e nas responsabilidades sobre si mesmo, com conseqüente culpabilização social.

Idéia de doença “...Com efeito, tanto para as sociedades como para os indivíduos, a saúde é boa e desejável, enquanto a doença é algo ruim e que deve ser evitado...” (Durkheim, 2003, p. 51).

Daí a importância da sociologia, que propiciou o estudo do chamado “modelo biomédico”, perpassando o senso comum da história social da AIDS, com considerações acerca da importância das representações sociais do fenômeno, através da observação das funções sociais da doença.

Mais tarde com o avanço das terapias retrovirais, somados ao desejo de integração desses portadores e a incorporação de respostas sociais, por meio de leis e movimentos coletivos e individuais ocorre uma reorganização das percepções sobre a AIDS.

Para Herzlich (2004) a déc.90 marca o inicio do movimento de organização e conscientização quanto a desmistificação do contagio do HIV. O sujeito portador de HIV antes tido como doente devido o perigo da doença, passa ser visto como sujeito saudável, frente avanço do tratamento e prevenção.

Segundo Durkheim “...essas categorizações são mais do que uma pura consciência dos papéis socais, e demonstram os espaços sociais que os sujeitos ocupam na sociedade ou são coagidos a ocupar...” A idéia de grupo de risco muda para comportamento de risco. Portador já é considerado sujeito normal.

A saúde e a doença pertencem ao domínio publico e privado, esses processos sofreram varias alterações, com o passar dos anos.

A evolução da saúde se da pelas historias de países, viajantes, e pelas grandes guerras.

Doentes e familiares, narraram suas experiências, usando as como argumentos, na elaboração da política de saúde, mostrando uma tendência na sociedade fazendo com que a participação e a conquista de um espaço no domínio publico.

A medicina expandiu em grandes proporções, trazendo campo, para as pesquisas sociais, onde foi criado modelo biomédico, com explicações e abordagem das doenças, verificando se que a medicina não era apenas técnicas, mas meio de controle e regulação social.

O cuidado com o corpo vem sendo discutido ha muito tempo,pela sociedade a começar pelo tratamento e o direito a saúde.A experiência privada da doença levou a sociedade buscar revindicações para a melhoria no que diz a respeito as mudanças,pacientes leigos, excluídos, eram negligenciados o que levou a uma evolução nos planos da patologia e tratamento, principalmente pela doença do HIV, considerada um “ TABU”, para época.

Com o crescimento da mortalidade, ocasionada pelo HIV, levou a classe medica a procurar, melhorias para atendimento e possível cura da doença.

As experiências privadas dos pacientes, considerada a base da existência individual, levou a necessidade de reorganização da reconstrução da identidade , onde o HIV tornou se um fenômeno publico e coletivo, dando inicio a luta contra o estigma negativo da doença.

Por mais que num passado tão distante era considerado um assunto sigiloso, nos dias atuais, não deixou ainda de existir esse tipo de constrangimento, mas com a chegada dessa epidemia fez com que houvesse uma revolução, descrevendo assim as principais fases em saúde coletiva.

A sociologia contribuiu para consciência da expansão da medicina, como antes nunca vista, como podemos citar Parson, sociólogo americano de grande influencia nas décadas de 1950 e 1960, conhecido como defensor da “ Grande Teoria”, abrindo um leque para outros sociólogos analisarem saúde e doença como realidades privadas ou publicas, concluíram na primeira fase que os pacientes, são vistos como consumidores de cuidados de saúde e a doença como como um papel social.

No período de 1970 surgiu uma visão mais critica, onde cientistas sociais, critica a crescente “ medicalização” e o “ controle social”, afirmando que por detrás da medicina estava o Estado.

Esse sentimento critico que ficou bem acentuada neste período dos anos 70, permeou todas as esferas de atividades sociais, começaram a atentar para a questão corpo e emoção. As pesquisas foram uma contribuição

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