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Serviso Social

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Por:   •  5/6/2014  •  1.649 Palavras (7 Páginas)  •  319 Visualizações

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ETAPA 1:

A Humilhação Social vem sendo discutida simultaneamente por diferentes pesquisadores brasileiros em diferentes contextos, normalmente está associado a população socialmente excluídas, vítimas de violência e da misera crônica, para Gonçalves Filho(1998), que alinhava marxismo e psicanálise em um estudo incisivo sobre a condição subjetiva e social de populações excluídas, este é o caso da Humilhação Social, associada basicamente a pobreza e a opressão que a instala nos corpos e na subjetividade dos cidadãos impedidos. A experiência da desigualdade social é decorrente das condições sociais estabelecidas pelos próprios sujeitos porem vivenciados internamente de forma única pelo indivíduo. Fazer parte de uma sociedade é mais do que estar presente, significa ter o direito de falar e principalmente de ser ouvido, ou seja, o direito de ser percebido.

‘’a visão de outro homem pelo homem é acontecimento originário, ainda mais originário do que as forças que se impõe entre nós e os outros e tendem a cegar-nos todos. Se outro se torna invisível não é porque a visão do outro seja acontecimento secundário, mas é porque a maquina social e a maquina inconsciente interpõe-se entre nós e impedem a irrupção do que vem por si mesmo. (GONÇALVES FILHO, 1998 p. 49).

A Humilhação social é produto da historia da desigualdade de classes, que segundo Marx resulta do capitalismo burocrático que separa o homem do trabalho. A Humilhação social caminha para desigualdade social que parece ter o poder de controle, como se cada ser nascesse predispostoa um ‘cargo’ na sociedade como se o sujeito estivesse condenado a agir de acordo com o que a comunidade determina, essa é uma forma inconsciente como afirma Gonçalves Filho:

‘’A humilhação age destrutivamente pelos dois extremos do psiquismo. Comparece pelo lado dos enigmas que nos vem ferir, que infestam a subjetividade e nela se inscrevem como fonte de processos inconscientes, processos primários, pulsão e angustia. ’

A humilhação social conhece, em seu mecanismo, determinações econômicas e inconscientes. Devemos propô-las como uma modalidade de angustia disparada pelo enigma da desigualdade de classes. Como tal, trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político. O humilhado atravessa uma situação de impedimento para humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo – em seu corpo e gestos, em sua imaginação e em sua voz – e também reconhecível em seu mundo- em seu trabalho e bairro.

ETAPA 2

Esta é uma interlocução entre dois autores, o sociólogo Jesse Souza, e o psicólogo Fernando Braga da Costa. O debate sobre a desigualdade brasileira tem sido travado sob o signo fragmentação do conhecimento e da recepção da realidade. Violência, marginalidade, segurança pública, políticas sociais, segurança pública, direitos humanos, sistema prisional, ação voluntaria, são praticas sociais e temas de discussão que, apesar de sua obvia espontânea imediata, para o efeito da desigualdade social. ‘O psicólogo Fernando Braga da Costa aborda no livro dos homens invisíveis relatos de uma humilhação social de 2004, o tema da invisibilidade e da humilhação social a partir de casos empíricos registrados em uma pesquisa realizada por ele. O autor recorre a textos clássicos da sociologia, da antropologia e da filosofia para explicar a invisibilidade social enfrentada no dia a dia pelos garis, alias os garis fazem parte de uma categoria de profissionais que desenvolvem um trabalho considerado rebaixado de gente bruta.

A invisibilidade da desigualdade brasileira também critica trabalhos mais recentes como a tese do cientista social Luis Eduardo Soares. O autor parece poupar apenas Gilberto Freyre ao enaltecer Casa Grande e Senzala, Sobrados e Mocambos, quando ele fala da modernização seletiva. A sociologia de Jesse Souza parece traçar uma crítica muito dura e seu trabalho rema contra maré de idéias retificadas no senso comum e no ambiente acadêmico na tentativa de mostrar qual a verdadeira origem dessa sociedade brasileira. Mas o que ele quer não é causar desconforto no que diz e sim mostrar uma nova ordem, apresentar teorias solidas que possam explicar o Brasil e sua Gente.

ETAPA 3

O livro ‘Homens Invisíveis’ fala sobre a humilhação social e a invisibilidade publica, ele cita relatos de homens que são socialmente excluídos pela sociedade, como garis, pedreiros e outros, por ser uma profissão braçal bruta.

A racionalização ideológica abranda a intensidade do que sem trava seria uma angustia. Vai parecer sem força, debilitado, o impacto de uma experiência, o impacto de uma realidade efetiva, intersubjetiva e interna. A racionalização ideológica pode esmorecer impulso por atinar com o caráter de um fato social e psicossocial. O processo todo se constitui como função abafadora e afrouxadora de tensão. Racionalização ideológica atenua, abafam, enfraquecem a realidade e experiências do antagonismo de classes.

O cego e o apagado, os atores sociais amarrados em situações que configuram invisibilidade pública, não podem relaxar. O cego precisa sustentar sua cegueira, precisa continuamente abreviar a atenção ao subalterno, limitando que é indispensável para algum comando. O apagado por sua vez precisa reagir a escassa disposição do comandante se não quiser simplesmente entregar-se a um desanimo e perda.

A sociedade de classes desloca-se para o lado dos oprimidos é o que possibilita enxergar o mundo de um lugar diferente do meu, um lugar o mais próximo possível do ponto a partir a vida se abre para meu interlocutor. É aqui finalmente que podemos conversar conversa livre, tensa ou não, não importa. Conversar é o que pode mudar meus sentimentos e imprimir marcas em minhas ações, pode me fazer recuar. Pode me fazer contestar o que antes eu considerava obvio, pode me deixar inseguro sobre minhas convicções, maspode, sobretudo, inspirar simpatia entre eu e o outro.

ETAPA 4

INVISIBILIDADE SOCIAL DOS TRABALHADORES

Os novos paradigmas existentes no mundo do trabalho de hoje instauraram, como principal característica, o termo “trabalho invisível”, que passou a ser recorrente para caracterizar tipos de ocupação, em geral com baixa qualificação, com pouco ou nenhum vínculo empregatício, em sua grande maioria temporária e que se encontra fora dos sistemas de proteção social. Esse tipo de ocupação, muito presente na informalidade, gera uma invisibilidade social pois não existem vínculos nem com o Estado nem com as instituições civis. Para Leonardo Mello e Silva, sociólogo da

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