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Socialismo

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Por:   •  18/3/2015  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  151 Visualizações

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Socialismo: Filósofos criticam o capitalismo e imaginam transformação

O socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século 18 e na primeira metade do século 19. Depois, no século 20, houve várias tentativas de colocá-la em prática, em diversos países. Através de movimentos revolucionários, regimes comunistas foram implantados em nações tão diferentes quanto a Rússia, a China, Cuba, o Vietnã e a Coreia do Norte.

Diferença entre socialismo e comunismo

É muito comum a confusão existente acerca da diferença entre socialismo e comunismo. Será que as duas as expressões representam as mesmas ideias? Será que um é continuação do outro? Ou se trata de movimentos divergentes entre si?

Vamos simplificar as ideias, a fim de evitar complicações. Em primeiro lugar, enquanto teoria, o socialismo não difere do comunismo. Essa diferença só apareceu quando o socialismo ou comunismo começou a ser colocado em prática.

Teoria e prática

Segundo Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, o socialismo é um regime político e econômico em que não existe a propriedade privada nem as classes sociais. Todos os bens seriam de todas as pessoas e não poderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos. O próprio Marx chama esse modelo de comunismo, numa tentativa de se contrapor aos outros autores, que também defendiam o socialismo, mas propondo outros modelos de sociedade. No entanto, o próprio Marx usa tanto socialismo quanto comunismo para se referir à mesma ideia.

No século 20, a ideia de socialismo proposta por Marx ganhou força política. Contudo, em vários países do mundo onde isso ocorreu, houve divergências sobre a melhor forma de transformar o socialismo em realidade. Lênin, um dos líderes socialistas russos, propôs, a partir de 1917, uma revolução radical, que estabeleceria a "ditadura do proletariado". Por outro lado, houve socialistas que discordavam de Lênin, pois queriam mudanças menos tumultuadas e defendiam outros modelos socialistas, como a social-democracia e até o nacional-socialismo, isto é, o nazismo.

Assim, desde a Revolução Russa, em 1917, socialismo e comunismo passaram a designar duas coisas bem diferentes. O socialismo constituiu-se numa doutrina menos radical do que o comunismo, propondo uma reforma gradual da sociedade capitalista, de modo a chegar a um modelo em que exista equilíbrio entre o valor do capital e o do trabalho, para diminuir a distância entre ricos e pobres. O comunismo, ao contrário, defende o fim da ordem capitalista, através de uma revolução armada, objetivando fim da burguesia.

Uma resposta ao capitalismo industrial

Apresentadas as semelhanças e diferenças, vamos olhar agora as teorias socialistas, que são a base para qualquer uma dessas práticas políticas.

Se voltarmos nossa atenção especialmente para a origem das teorias socialistas, constataremos que elas surgiram ao mesmo tempo em que ocorria a Revolução Industrial e o capitalismo atingia um momento de desenvolvimento pleno. Dessa forma, não se pode achar que seja mera coincidência o surgimento de tais ideias nesse momento. Na verdade, elas são uma resposta que os intelectuais da época deram ao que eles consideravam agressões do capitalismo industrial recém surgido.

Ora, se socialismo e capitalismo mantêm entre si uma relação de oposição, para compreender aquele, é necessário, antes de mais nada, entender este último. Foi esse o percurso trilhado por Marx. Segundo ele e outros teóricos adeptos de suas ideias, o capitalismo é um modelo econômico que surgiu na transição do período medieval para a Idade Moderna, pela superação do feudalismo.

Assim, o capitalismo primeiro aparece como mercantilismo ou capitalismo comercial no século 15. Depois, a partir do século 18, com o surgimento das máquinas a vapor, dos teares mecânicos e das fábricas, o sistema entrou em uma nova fase, chamada de capitalismo industrial.

A luta de classes

No capitalismo industrial, como o próprio nome diz, a maior fonte de riqueza está nas indústrias. Mas como se gera essa riqueza? De acordo com Marx, através da propriedade privada dos meios de produção. É a propriedade que permite gerar capital, dinheiro, renda, lucro. Os bens que existem na sociedade, tais como fábricas, equipamentos, etc. não pertencem a todas as pessoas que vivem nessa sociedade.

Assim, algumas pessoas possuem esses bens - e foram chamadas de capitalistas, ou burguesas. Outras pessoas, as que nada têm, além de sua capacidade ou força de trabalho, veem-se obrigados a trabalhar para os donos das fábricas. Esses despossuídos, portanto, tornam-se operários nas indústrias e são chamadas de proletários. Vale notar que essas duas classes constituem, respectivamente, o topo e a base da pirâmide social.

Como Marx vê a relação entre burgueses e proletários? No sistema

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